Nesta postagem, comento quatro versões sobre a vida do personagem.
Robin Hood –
O Príncipe dos Ladrões (Robin Hood: Prince of Thieves, EUA, 1991) – Nota 7,5
Direção – Kevin Reynolds
Elenco –
Kevin Costner, Morgan Freeman, Mary Elizabeth Mastrantonio, Christian Slater,
Alan Rickman, Brian Blessed, Michael Wincott, Geraldine McEwan, Michael
McShane, Nick Brimble, Sean Connery.
Após voltar das Cruzadas, Robin de Locksley (Kevin Costner)
descobre que seu pai foi assassinado e suas terras roubadas. Perseguido pelo
xerife de Nothingham (Alan Rickman), Robin e seu amigo Azeem (Morgan Freeman),
um mouro que lhe deve a vida, fogem para a floresta onde se unem a um bando de
ladrões que lutam contra o exército e o xerife. Em meio à luta, Robin se casa
com a bela Marian (Mary Elizabeth Mastrantonio).
Depois do clássico “As
Aventuras de Robin Hood” de Michael Curtiz, esta é a melhor versão da história
do personagem para o cinema. Filmado quase como uma obra pop, repleto de cenas
de ação competentes, um bom elenco e um roteiro bem amarrado, além de uma
gigantesca campanha publicitária, o longa foi um grande sucesso de bilheteria.
O grande investimento rendeu exageros, como a famosa cena da flecha cortando
uma árvore, que foi filmada apenas para o trailer e a participação de um minuto
de Sean Connery, que dizem ter cobrado um cachê de um milhão de dólares.
A
presença do astro Kevin Costner no auge da carreira foi outro ponto que ajudou
no sucesso do longa. Costner vinha de uma incrível sequência de grandes bilheterias:
“Os Intocáveis”, “Sem Saída”, “Sorte no Amor”, “O Campo dos Sonhos” e o
premiado “Dança com Lobos” o transformaram no grande astro da época.
Robin Hood – O Herói dos Ladrões (Robin Hood, EUA, 1991) – Nota 7
Direção – John Irvin
Elenco – Patrick Bergin, Uma Thurman, Jurgen Prochnow, Jeroen Krabbé,
Edward Fox, David Morrissey.
O saxão Robert Hode (Patrick Bergin) é um dono de terras que ao defender
um pobre camponês, entra em conflito com dois normandos, Sir Folcanet (Jurgen
Prochnow) e o Barão Daguerre (Jeroen Krabbé), que confisca suas terras e manda
seus soldados prendê-lo. Robert foge para a floresta e se une a outros
excluídos, que juntos começam a roubar os ricos par ajudar os pobres, se tornando
um lenda entre o povo que o batiza de Robin Hood.
Sua fama se transforma em
ameaça para o Príncipe John (Edward Fox), que comanda o reino enquanto o Rei Ricardo
Coração de Leão está lutando nas Cruzadas. Robin Hood ainda rouba o coração de
Lady Marian (Uma Thurman), que é noiva de Folcanet e sobrinha de Daguerre.
Produzido em paralelo com o Robin Hood de Kevin Costner, este bom filme
naufragou nas bilheterias, sendo um exemplo de falta de timing dos produtores.
Enquanto o filme de Costner era um blockbuster, este longa apresentava um enfoque mais forte sobre vida de Robin Hood, criando um herói um pouco mais bruto e
uma Lady Marian muito mais forte do que as versões puritanas da personagem em
outros filmes.
O protagonista Patrick Bergin sempre foi um grande canastrão,
mas na época estava no auge da carreira e seu desempenho chega a ser
interessante, assim como as atuações do restante do elenco internacional.
Robin e Marian (Robin and Marian, EUA, 1976) – Nota 6
Direção – Richard Lester
Elenco – Sean Connery, Audrey Hepburn, Robert Shaw, Nicol Williamson,
Richard Harris, Denholm Elliott, Ian Holm.
Muitos anos após os acontecimentos da história original, Robin Hood (Sean
Connery) e seu amigo Little John (Nicol Williamson) retornam para a floresta de
Sherwood e reencontram Lady Marian (Audrey Hepburn), agora vivendo como freira
em um convento. O retorno de Robin faz renascer o ódio do xerife de Nothingham
(Robert Shaw), que para tentar capturar o inimigo, decide prender Lady Marian e
utilizá-la como isca.
Esta releitura da história de Robin Hood tem como pontos
positivos a originalidade do enfoque e o elenco repleto de grandes atores
britânicos, além da bela Audrey Hepburn, que na época estava há nove anos longe
do cinema. Audrey ainda faria mais quatro filmes antes de falecer em 1993.
O
filme tem um ritmo irregular e algumas cenas de ação que não empolgam. Vale
apenas como curiosidade.
O Filho de Robin Hood (The Bandit of Sherwood Forest, EUA, 1946) – Nota 6,5
Direção – George Sherman & Henry Levin
Elenco – Cornel Wilde, Anita Louise, Jill Esmond, Edgar Buchanan, Henry
Daniell.
Quando William de Pembroke (Henry Daniell), príncipe regente da
Inglaterra, decreta a prisão da família real, a rainha (Jill Esmond) e sua
filha, a princesa Catherine (Anita Louise), conseguem fugir para a floresta de
Sherwood, onde procuram ajuda com Robert de Nothingham (Cornel Wilde), filho do
lendário Robin Hood, para tentar salvar o rei que está preso na masmorra do castelo.
Esta produção B modifica a história de Robin Hood, criando um filho do personagem para combater as injustiças no reino. As cenas
de ação são interessantes, com as tradicionais brigas de capa e espada e muito
correria.
O canastrão Cornel Wilde protagonizou vários filmes B de ação até os
anos sessenta, tendo seu papel mais importante no clássico “O Maior Espetáculo
da Terra” dirigido por Cecil B. De Mille.
3 comentários:
eu vi algumas dessas versões e gostei muito. é sempre uma história que empolga. beijos, pedrita
Pedrita - Geralmente são filmes cheios de ação.
Bjos
Só vi a de Scott e, francamente, essas outras não despertam interesse, salvo a dos anos 30 com Flynn...
Cumps.
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