quinta-feira, 2 de abril de 2015

Filmes Brasileiros Antigos - Resenhas Rápidas

Ed Mort (Brasil, 1997) – Nota 4
Direção – Alain Fresnot
Elenco – Paulo Betti, Cláudia Abreu, Otávio Augusto, Ari Fontoura, José Rubens Chachá, Luiza Thomé, Irene Ravache.

Produzido quando o cinema brasileiro estava tentando se reerguer após os trágicos anos noventa, esta adaptação do personagem criado por Luis Fernando Verisssimo, que também foi protagonista nos quadrinhos, resultou numa comédia totalmente sem graça. 

Ed Mort (Paulo Betti) é um decadente detetive particular que é contratado para encontrar um sujeito especialista em disfarces conhecido como Silva, ao mesmo tempo em que procura um garoto desaparecido que trabalhava em uma pastelaria. Um dos pontos negativos é a patética escolha do diretor utilizar várias pessoas para se passarem pelo tal de Silva, entre elas Marília Gabriela e Chico Buarque. 

Se dependesse deste longa, o cinema brasileiro jamais sairia do fundo do poço.

Sua Excelência o Candidato (Brasil, 1992) – Nota 5,5
Direção – Renato Pinto e Silva
Elenco – Renato Borghi, Lucinha Lins, Eurico Martins, Iara Jamra, Claudio Mamberti, Renato Consorte, Ken Kaneko, Supla, Giovanna Gold, Marcelo Mansfield.

Baseado numa peça teatral de sucesso, está comédia tenta fazer rir através das trapalhadas de um político corrupto que tenta emplacar sua candidatura para presidente. O político é Orlando (Renato Borghi), sujeito mulherengo que tem um caso com Laura (Lucinha Lins), mulher do líder de seu partido (Renato Consorte), ao mesmo tempo em que foge de assumir a paternidade do filho que tem com a espevitada Marli (Iara Jamra). Orlando ainda precisa lidar com um sindicalista (Ken Kaneko), que o acusa de ter desviado verba do sindicato. Junte outros personagens estranhos e está armada uma confusão no estilo de encontros e desencontros. 

O resultado é uma comédia rasteira e nada mais do que isso.

As Três Marias (Brasil, 2002) – Nota 5
Direção – Aluízio Abranches
Elenco – Marieta Severo, Júlia Lemmertz, Maria Luisa Mendonça, Luiza Mariani, Carlos Vereza, Enrique Diaz, Tuca Andrada, Wagner Moura, Lázaro Ramos, Cassiano Carneiro, Alexandre Moraes.

No interior da Bahia, quando o marido e dois filhos de Filomena (Marieta Severo) são assassinados, ao invés de chorar a morte dos entes queridos, ela decide obrigar as três filhas batizadas como Maria (Júlia Lemmertz, Maria Luiza Mendonça e Luiza Mariani) a contratarem assassinos para vingarem a morte do pai e dos irmãos. 

Repleto de simbolismos e com atuações teatrais exageradas, este é o tipo de filme em que o espectador precisa comprar a ideia do diretor. Eu não gostei, ao meu ver resultou em uma obra estranha, com pouca história para muita experimentação.

Eu Tu Eles (Brasil, 2000) – Nota 6,5
Direção – Andrucha Waddington
Elenco – Regina Casé, Lima Duarte, Stênio Garcia, Luiz Carlos Vasconcelos, Nilda Spencer.

Baseado numa reportagem que contava a história de um mulher que vivia com três maridos no nordeste brasileiro, este longa fez grande sucesso nos cinemas, muito pela inusitada história. A protagonista é Darlene (Regina Casé), que volta para uma pequena cidade do sertão trazendo seu filho e logo aceita casar com o velho Osias (Lima Duarte). Pouco tempo depois, o primo de Osias, Zezinho (Stênio Garcia), vai morar na mesma casa e engravida Darlene. Ozias faz de conta que está tudo normal, até que entra na vida do trio o desconhecido Ciro (Luiz Carlos Vasconcelos), que também se transforma em amante de Darlene, que novamente fica grávida. 

Mesmo sendo complicado ver na tela a intragável Regina Casé, o filme não deixa de ser um drama interessante e original.

Através da Janela (Brasil, 2000) – Nota 5,5
Direção – Tata Amaral 
Elenco – Laura Cardoso, Fransérgio Araújo, Leona Cavalli, Ana Lucia Torres, Antonio Petrim, João Acaiabe, José Rubens Chachá.

Selma (Laura Cardoso) é uma enfermeira aposentada e viúva, que mora em uma casa num bairro de classe média com o filho Raimundo (Fransérgio Araújo). Como uma ligação forte e estranha que beira o erotismo, mãe e filho passam a se desentender quando ela acredita que Raimundo esteja escondendo que está namorando. 

É um filme pesado, com uma narrativa lenta e uma história que incomoda. Apesar de muitos críticos elogiarem o filme, vejo como único destaque a ótima interpretação da veterana Laura Cardoso como a mãe possessiva.

2 comentários:

Pedrita disse...

ed mort é muito divertido. vivo revendo trechos. eu sou apaixonada por três marias, filme maravilhoso. gosto bastante de através da janela. beijos, pedrita

Hugo disse...

Pedrita - Achei "Ed Mort" um filme sem graça.

Bjos