O 5º Passo (Levity, EUA / França, 2003) – Nota 6,5
Direção – Ed Solomon
Elenco – Billy Bob Thornton, Morgan Freeman, Holly Hunter,
Kirsten Dunst, Manuel Aranguiz, Geoffrey Wigdor.
Após cumprir pena de vinte e um anos pelo assassinato de um
jovem balconista de uma loja de conveniência, Manuel Jordan (Billy Bob
Thornton) é solto por bom comportamento. Sem saber o que fazer da vida em
liberdade, Manuel vaga pela cidade, até que uma situação inusitada o faz
conhecer Miles Evans (Morgan Freeman), um pastor que cuida de um estacionamento
ao lado de uma casa noturna. Ao invés de cobrar pelo estacionamento, Miles
obriga os jovens que vão para balada a ouvir quinze minutos do seu culto antes
da diversão. Manuel passa a trabalhar com Miles, que também distribui comida
para moradores de rua e deixa os jovens pobres do bairro utilizarem o local
para ficarem longe de problemas.
Arrependido do crime que cometeu, Manuel
deseja cumprir cinco passos como uma espécie de penitência, sendo o quinto
passo o mais complicado, que seria se desculpar com alguém que sofreu pela sua
atitude. Ele se aproxima de Adele (Holly Hunter), irmã do rapaz que assassinou,
mas não tem coragem de contar a verdade.
O tema principal é a redenção, tanto
do personagem de Billy Bob Thornton, quanto dos coadjuvantes. Todos carregam
traumas e cada um enfrenta seus problemas de uma forma diferente. Morgan
Freeman tenta ajudar os abandonados, Holly Hunter sofre para educar sozinha o
filho adolescente e Kirsten Dunst foge da realidade nas baladas regadas a
drogas e bebidas.
É um típico filme independente, com uma narrativa lenta, que
foca em personagens problemáticos e que não se aprofunda nas discussões
propostas.
No Limite do Silêncio (The Unsaid, EUA / Canadá, 2001) –
Nota 7
Direção – Tom McLoughlin
Elenco – Andy Garcia, Vincent Kartheiser, Linda Cardellini,
Teri Polo, Chelsea Field, Brendan Fletcher, Sam Bottoms.
Após do suicídio do filho adolescente, o psiquiatra Michael
Hunter (Andy Garcia) sente o mundo desabar sobre sua cabeça. Ele se culpa pela
ocorrido, fato que faz acabar seu casamento com Penny (Chelsea Field), que
também acredita que o suicídio do filho esteja ligado ao relacionamento do
garoto com o pai.
Três anos depois, Michael abandonou o atendimento clínico, se
tornou escritor e palestrante. Quando uma ex-aluna (Teri Polo) o procura
pedindo para analisar o caso de um jovem (Vincent Katheiser), que vive em um
orfanato e que mostra sinais de distúrbio psicológico, Michael aceita atender o
jovem ao saber que anos atrás ele testemunhou o próprio pai assassinando sua
mãe. O caso despertará em Michael e em sua filha (Linda Cardellini) sentimentos
confusos pela semelhança do garoto com o filho suicida.
O roteiro foca nas consequências de uma tragédia na vida das pessoas envolvidas
e na questão do limite no relacionamento entre psiquiatra e paciente. No
primeiro quesito vemos que cada pessoa reage de uma forma, algumas se culpam e
outros se fecham tentando esquecer. No segundo ponto, a questão emocional vem à
tona. O personagem de Andy Garcia deixa seus sentimentos em relação ao
filho morto influenciarem na relação com o jovem traumatizado.
É um filme
indicado para quem gosta de drama familiar com toques de psicologia.
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