Laços de Sangue (Blood Ties, França / EUA, 2013) – Nota 6,5
Direção – Guillaume Canet
Elenco – Clive Owen, Billy Crudup, Marion Cotillard, Mila
Kunis, Zoe Saldana, Matthias Schoenaerts, James Caan, Noah Emmerich, Lili
Taylor, Domenick Lombardozzi, John Ventimiglia, Griffin Dunne, Jamie Hector,
Yul Vazquez.
Brooklyn, 1974, após cumprir uma pena de doze anos por
assassinato, Chris (Clive Owen) ganha a liberdade, sendo recebido pela irmã
Marie (Lili Taylor) e o irmão Frank (Billy Crudup). Mesmo sendo detetive, Frank
abre as portas de sua casa para Chris, que aparentemente deseja mudar de vida.
Ele consegue um emprego em uma loja de carros usados e tenta se aproximar do
casal de filhos que teve com a prostituta Monica (Marion Cotillard). Enquanto
isso, Frank lida ainda com a paixão por Vanessa (Zoe Saldana), uma jovem com
quem ele teve um caso e que hoje tem um filho com um bandido que o próprio
Frank prendeu.
Este longa é uma refilmagem de uma produção francesa de 2008 dirigida por Jacques Maillot e protagonizada por Guillaume Canet e François
Cuzet. A curiosidade desta refilmagem é ter na direção o ator Canet (“A Praia”,
“Amor ou Consequência”), que fez uma espécie de parceria com o diretor
americano James Gray (“Os Donos da Noite”, “Caminho sem Volta”), que assina o
roteiro aqui.
Não conheço a carreira de Canet como diretor, mas fica claro que
este longa tem todo o estilo de James Gray. Os elementos aqui são semelhantes
as outras obras do diretor. Temos a disputa entre policial e bandido envolvendo
família e lealdade, as relações amorosas complicadas e a vida no submundo de
Nova York. Esta boa premissa acaba sendo mais interessante que o filme, que
resulta em uma trama previsível, principalmente em relação ao destino dos
personagens principais.
Um dos pontos positivos é o ótimo elenco, que tem como
destaque a dupla principal e entre os coadjuvantes a bela e sempre competente
Marion Cotillard e o veterano James Caan como o patriarca da complicada
família.
Vale destacar ainda a reconstituição de época baseada principalmente
nas roupas, nos carros e nos penteados, além da trilha sonora em boa parte
incidental, inclusive na sequência inicial da batida policial.
No final, fica o
sentimento de que poderia ter resultado um filme melhor.
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