Do Outro Lado da Lei (El Bonaerense, Argentina / Chile /
França / Holanda, 2002) – Nota 7,5
Direção – Pablo Trapero
Elenco – Jorge Roman, Mimi Ardú, Dario Levy, Victor Hugo
Carrizo, Hugo Anganuzzi.
Zapa (Jorge Roman) é um serralheiro/chaveiro que vive numa
pequena cidade do interior da Argentina. Pessoa extremamente simples e levando
uma vida sem perspectivas, Zapa é obrigado por seu chefe a abrir de forma
ilegal o cofre de uma farmácia. No dia seguinte, seu chefe foge e Zapa acaba
preso, porém por interferência de seu tio, ele é libertado e enviado para
Buenos Aires onde terá emprego garantido na polícia.
Mesmo com uma enorme
dificuldade para tarefas como manejar uma arma ou entender as patentes
policiais, Zapa é aceito e se torna protegido do delegado Gallo (Dario Levy),
que vê no pobre coitado alguém para seguir ordens sem questionar. Logo, Zapa se
envolve no esquema de corrupção do local, cobrando propinas e fazendo vistas
grossas aos abusos cometidos pelos colegas, ao mesmo tempo em que tenta se
acertar com uma nova namorada (Mimi Ardú).
Produzido numa época em que a
Argentina passava por uma terrível crise econômica, que por consequência
resultou num aumento do desemprego, da pobreza e da corrupção, este longa de
Pablo Trapero é um retrato da situação caótica que vivia o país.
A câmera de
Trapero mostra uma Buenos Aires suja, com moradores de rua, serviços públicos
que não funcionam e uma polícia corrupta e abandonada. As viaturas não
funcionam, as armas são compradas de forma ilegal e os policiais se mostram
inaptos e despreparados.
Em algumas sequências o personagem principal se torna
um espectador do absurdo, como na cena em que ele vê de dentro da delegacia uma
dupla de policiais abordando dois sujeitos bêbados em uma moto, numa situação
que termina em tragédia.
É um filme cru, daqueles que nos faz perder a
esperança de viver em um mundo mais justo e honesto.
2 comentários:
Oi!
Passando pra dar os parabéns pelo aniversário do blog!
Até!
Léo - Valeu pela lembrança, são sete anos do blog.
Abraço
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