quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Crimes Imaginários & Zebrahead



Crimes Imaginários (Imaginary Crimes, EUA, 1994) – Nota 7
Direção – Anthony Drazan
Elenco – Harvey Keitel, Fairuza Balk, Kelly Lynch, Vincent D’Onofrio, Diane Baker, Chris Penn, Elizabeth Moss, Seymour Cassel, Amber Benson.

Oregon, anos cinquenta, após a morte da esposa (Kelly Lynch), Ray Weiler (Harvei Keitel) ficou sozinho para cuidar das duas filhas. A adolescente Sonya (Fairuza Balk) e a pré-adolescente Greta (Elizabeth Moss) sofrem com a irresponsabilidade do pai. Ray é um sujeito sonhador que sempre investiu em fórmulas mirabolantes para ganhar dinheiro e sempre se deu mal. 

Num determinado momento, pressionado pela falta de dinheiro, Ray se envolve em um esquema fraudulento, ao mesmo tempo em que sofre para lidar com as filhas e principalmente com questionamentos de Sonya. 

Baseado num livro autobiográfico de Sheila Ballantyne, este triste drama narrado pela personagem de Fairuza Balk, deixa o espectador angustiado com o sofrimento enfrentado pelas garotas, consequências dos erros do pai. 

Vale destacar as interpretações de Harvey Keitel, que encarna um personagem complexo e da pequena Elizabeth Moss como a sensível Greta.

Zebrahead (Zebrahead, EUA, 1992) – Nota 6,5
Direção – Anthony Drazan
Elenco – Michael Rapaport, N’Bushe Wright, Ray Sharkey, Deshonn Castle, Ron Johnson, Jon Seda, Kevin Corrigan.

Em Detroit, Zack (Michael Rapaport) é um jovem branco que segue o estilo de vida do hip-hop e tem como melhor amigo o negro Dee (Deshonn Castle). Quando Zack conhece Nikki (N’Bushe Wright), que é prima de Dee, fica atraído pela garota e logo começam a namorar. O relacionamento interracial é visto pelo amigos brancos de Zack como uma forma de aventura sexual, enquanto os negros próximos a Nikki não se conformam com a jovem namorando um branco. A situação se torna perigosa quando o traficante Nut (Ron Johnson), deseja ficar com Nikki a qualquer custo, fato que cria uma forte tensão racial na vizinhança e no colégio onde os jovens estudam. 

Até hoje os Estados Unidos sofre com a tensão racial, qualquer situação mais forte entre negros e brancos resulta em protestos e até mesmo violência. No início dos anos noventa a situação era ainda mais pesada, principalmente após o “Caso Rodney King” em 1991, um ano antes deste filme. 

Na época, outros filmes como “Faça a Coisa Certa” de Spike Lee, “Boyz'n the Hood - Os Donos da Rua” de John Singleton e “Perigo Para a Sociedade “ dos irmãos Albert e Allen Hughes, exploraram o tema com talento e polêmica. 

Este “Zebrahead” não tem a mesma qualidade dos filmes citados e tenta seguir um caminho diferente, criando uma espécie de “Romeu e Julieta” moderno, que desencadeia o ódio nas pessoas ao redor. 

É um produção em que a história é melhor do que o filme.

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