sábado, 14 de fevereiro de 2015

CBGB

CBGB (CBGB, EUA, 2013) – Nota 7,5
Direção – Randall Miller
Elenco – Alan Rickman, Donal Logue, Ashley Greene, Freddy Rodriguez, Justin Bartha, Malin Akerman, Richard de Klerk, Estelle Harris, Rupert Grint, Taylor Hawkins, Ryan Hurst, Ahna O’Reilly, Joel David Moore, Stana Katic, Mickey Summer, Bradley Whitford, Josh Zuckerman.

Em 1973, Hilly Kristal (Alan Rickman) tinha quarenta e dois anos, um divórcio, dois filhos e já havia levado dois bares à falência. Sujeito teimoso, Hilly decidiu abrir um novo bar utilizando dinheiro emprestado pela mãe (a impagável Estelle Harris). 

Ao lado do amigo Merv (Donal Logue), Hilly aluga um espaço em um decadente bairro de Nova York e abre o “CBGB”, que a princípio seria um local para apresentações de bandas de “Country, Bluegrass e Blues”. O que tinha tudo para ser outro fracasso, tem seu destino modificado quando a então desconhecida banda “Television” toca no local e logo em seguida é elogiada por um famoso crítico musical. A partir daí, o CBGB é procurado por bandas inciantes que sonham em fazer sucesso, transformando o local em um verdadeiro “Templo do Punk Rock”. 

Apesar de ter sido massacrado pela crítica americana, este longa mistura a história real do CBGB com fatos ficcionais de uma forma extremamente leve e divertida. Os pontos altos são a ótima triha sonora, os engraçados diálogos e principalmente as caracterizações dos personagens. 

Quem gosta de rock vai ser divertir ao ver retratado na tela figuras como os malucos dos “Dead Boys”, os “Ramones”, “The Police”, “Talking Heads”, “Blondie”, Lou Reed e Iggy Pop. A caracterização mais impressionante é a da atriz Mickey Summer, filha do roqueiro Sting, que ficou muito parecida com a cantora Patty Smith. O próprio Hilly Kristal interpretado por Alan Rickman é impagável, com seu jeito estranho, teimoso e sempre com o cachorro Jonathan ao seu lado. 

O roteiro brinca ainda com diversas referências ligadas ao Punk Rock, como a piada sobre as botas, a história do banheiro nojento do CBGB, a criação da revista “Punk”, entre outras situações e personagens ligados ao mundo do rock. 

Outro ponto positivo são as várias sequências destacadas como se fossem quadrinhos, utilizando desenhos famosos que foram publicados na revista “Punk”. 

O CBGB funcionou de 1973 até 2006, tendo contabilizado em torno de cinquenta mil bandas que se apresentaram no local. 

O verdadeiro Hilly Kristal faleceu em 2007, mas antes disso em 2002, foi homenageado pela banda Talking Heads quando esta foi incluída no Rock and Roll Hall of Fame.  

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