CBGB (CBGB, EUA, 2013) – Nota 7,5
Direção – Randall Miller
Elenco – Alan Rickman, Donal Logue, Ashley Greene, Freddy
Rodriguez, Justin Bartha, Malin Akerman, Richard de Klerk, Estelle Harris,
Rupert Grint, Taylor Hawkins, Ryan Hurst, Ahna O’Reilly, Joel David Moore,
Stana Katic, Mickey Summer, Bradley Whitford, Josh Zuckerman.
Em 1973, Hilly Kristal (Alan Rickman) tinha quarenta e dois
anos, um divórcio, dois filhos e já havia levado dois bares à falência. Sujeito
teimoso, Hilly decidiu abrir um novo bar utilizando dinheiro emprestado pela
mãe (a impagável Estelle Harris).
Ao lado do amigo Merv (Donal Logue), Hilly
aluga um espaço em um decadente bairro de Nova York e abre o “CBGB”, que a
princípio seria um local para apresentações de bandas de “Country, Bluegrass e
Blues”. O que tinha tudo para ser outro fracasso, tem seu destino
modificado quando a então desconhecida banda “Television” toca no local e logo
em seguida é elogiada por um famoso crítico musical. A partir daí, o CBGB é procurado
por bandas inciantes que sonham em fazer sucesso, transformando o local em um
verdadeiro “Templo do Punk Rock”.
Apesar de ter sido massacrado pela crítica
americana, este longa mistura a história real do CBGB com fatos ficcionais de
uma forma extremamente leve e divertida. Os pontos altos são a ótima triha
sonora, os engraçados diálogos e principalmente as caracterizações dos personagens.
Quem gosta de rock vai ser divertir ao ver retratado na tela figuras como os
malucos dos “Dead Boys”, os “Ramones”, “The Police”, “Talking Heads”, “Blondie”,
Lou Reed e Iggy Pop. A caracterização mais impressionante é a da atriz Mickey
Summer, filha do roqueiro Sting, que ficou muito parecida com a cantora Patty
Smith. O próprio Hilly Kristal interpretado por Alan Rickman é impagável, com
seu jeito estranho, teimoso e sempre com o cachorro Jonathan ao seu lado.
O roteiro
brinca ainda com diversas referências ligadas ao Punk Rock, como a piada sobre
as botas, a história do banheiro nojento do CBGB, a criação da revista “Punk”,
entre outras situações e personagens ligados ao mundo do rock.
Outro ponto
positivo são as várias sequências destacadas como se fossem quadrinhos,
utilizando desenhos famosos que foram publicados na revista “Punk”.
O CBGB
funcionou de 1973 até 2006, tendo contabilizado em torno de cinquenta mil
bandas que se apresentaram no local.
O verdadeiro Hilly Kristal faleceu em
2007, mas antes disso em 2002, foi homenageado pela banda Talking Heads quando
esta foi incluída no Rock and Roll Hall of Fame.
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