Entre Nós (Brasil, 2013) – Nota 7,5
Direção – Paulo Morelli & Pedro Morelli
Elenco – Caio Blat, Carolina Dieckmann, Maria Ribeiro, Júlio
Andrade, Martha Nowill, Paulo Vilhena, Lee Taylor.
Em 1992, sete jovens amigos se encontram em uma casa de
campo em um local isolado. Todos ligados a literatura, alguns com sonhos de se
tornarem escritores, festejam a vida e decidem escrever recados para eles
mesmos abrirem dez anos depois, numa espécie de “cápsula do tempo” que ficará
enterrada no local. A festa é marcada por uma tragédia. Dez anos depois, eles
se reencontram na mesma casa de campo para abrirem a cápsula, porém o tempo
passou e muita coisa mudou na vida de cada um.
O roteiro escrito por Paulo
Morelli e seu filho Pedro lembra muito “O Reencontro” de Lawrence Kasdan, filme
de 1983 que mostrava amigos de universidade se reunindo dez anos depois da
formatura para o enterro de um deles.
Aqui o roteiro tem como ponto principal o segredo guardado por um dos personagens, fato que os cinéfilos experientes descobrirão
rapidamente, porém o filme ganha pontos pelo bom desenvolvimento dos
personagens. Todos carregam as marcas do que passaram naqueles dez anos, situações que virão à tona junto com as lembranças e as consequentes frustrações em
relação aos sonhos da juventude e a realidade da vida atual.
É muito
interessante acompanhar a mesma música cantada com alegria pelos personagens
quando jovens e depois em um ritmo triste e quase angustiante dez anos depois.
Vale destacar a coragem dos Morelli em terminar a história sem apelar para o
final feliz, deixando tudo bem próximo da realidade.
7 comentários:
eu gostei muito de como o roteiro é desvendado. e gostei muito do debate sobre direitos autorais e ética. vi tb recentemente e falei dele aqui http://mataharie007.blogspot.com.br/2014/12/entre-nos.html
Eu vi uma entrevista da Carolina Dieckmann no Jô Soares sobre dois filmes que estavam sendo lançados e ela estava participando. Ela foi lá justamente para divulga-los. Um era aquela comédia "Julio Sumiu", e o outro era esse longa-metragem aí. Eu ainda não assisti a comédia em questão, mas esse é muito interessante.
É uma pena que ela não divulgou esse filme com o devido valor, dando mais destaque a comédia apenas por ser um filme mais acessível.
Na época assisti com um pé atras, já que nem ela acreditava na força da história, porque eu deveria? Né? Mas o filme é muito bom.
Abraço
Pedrita - O interessante é que o roteiro não apela para as soluções fáceis, seguindo um caminho mais realista.
Marcelo - Não vi a entrevista que você citou e também o filho "Júlio Sumiu", que por sinal teve críticas ruins.
É difícil saber se a Carolina Dieckmann acreditava no filme, mas como certeza estava seguindo ordens para divulgar o filme mais comercial, aquele em que a Globo Filmes teria lucro.
Abraço
Particularmente, me decepcionei com o filme. Mas, esperava muito ou vi quando estava num dia chato.
Renato - Não é uma história feliz, alguns momentos são até angustiantes. É o tipo de filme que precisamos estar afim de encarar, diferente de uma diversão leve e passageira.
Abraço
É, o mistério fica óbvio, mas acho que não é mesmo o principal, a forma como o roteiro vai nos revelando os personagens é muito boa.
bjs
Amanda - Isso mesmo, o ponto principal é o desenvolvimento dos personagens.
Bjos
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