Mauá – O Imperador e o Rei (Brasil, 1999) – Nota 7,5
Direção – Sergio Rezende
Elenco – Paulo Betti, Malu Mader, Othon Bastos, Michael
Byrne, Antonio Pitanga, Rodrigo Penna, Roberto Bomtempo, Jorge Neves, Richard
Durden, Murilo Grossi, Elias Mendonça, Cláudio Corrêa e Castro, Edwin Luisi,
Rogério Fróes, Carlos Gregório, Hugo Carvana, José de Abreu, Ernani Moraes,
Denise Weinberg.
A parceria entre o diretor Sergio Rezende e o ator Paulo
Betti rendeu cinco filmes, sendo que dois deles foram grandes produções com
temas históricos. O quase épico “Guerra de Canudos” de 1997 conta a história da
famosa revolta ocorrida no interior da Bahia no final do século XIX, enquanto
“Mauá – O Imperador e o Rei” tinha o objetivo de mostrar ao grande público a
história pouco conhecida do grande empreendedor Irineu Evangelista de Souza, o
Visconde de Mauá.
A narrativa começa em 1820, quando Irineu ainda criança tem o
pai assassinado no interior do Rio Grande do Sul e sua mãe ao se casar
novamente decide enviá-lo com o tio (Ernani de Moraes) para o Rio de Janeiro. O
tio era uma traficante de escravos que por te contatos na então capital do
país, consegue emprego para o garoto no empório de Pereira (Elias Mendonça).
Já
adolescente (interpretado por Jorge Neves), Irineu se torna o contador de
Pereira, dando início a sua vida como negociante e empreendedor, não demorando
para aflorar seu dom para os negócios e principalmente não ter medo de investir
em seus sonhos.
Anos depois (interpretado por Paulo Betti), Irineu se torna uma
das pessoas mais ricas e influentes do Brasil Império, fato que desperta a
inveja no Visconde de Feitosa (Othon Bastos), sujeito a favor da escravidão e
conselheiro de Dom Pedro II (Rodrigo Penna), que influencia o rei para dificultar
os negócios de Irineu.
O grande destaque do filme é a riqueza da história de
vida do Visconde de Mauá, que é mostrado como uma mente a frente do seu tempo e
por isso se tornou uma espécie de inimigo do império, também por ser contra a
escravidão, acreditar na livre escolha de trabalho e principalmente por realizar
obras que fizeram o país avançar em direção ao fim da monarquia.
Muitos não
sabem, mas entre as obras do Visconde estão a reabertura do Banco do Brasil que
havia falido nas mãos do império, a colocação de cabos submarinos telegráficos
que ligaram o Brasil a Europa, a criação da empresa de iluminação do Rio de
Janeiro, além de ter sido o homem que bancou a construção da ferrovia no país,
negócio que o fez perder muito dinheiro por ter sido enganado pelo Barão de
Rothschild (Richard Durden), seu sócio inglês no empreendimento.
O roteiro
mostra ainda seu casamento com a própria sobrinha (Malu Mader), sua amizade com
o ex-escravo Valentim (Antonio Pitanga) e com outro banqueiro inglês, Mr.
Carruthers (Michael Byrne) que foi seu mentor nos negócios, além do envolvimento com a Maçonaria, fato que o ajudou nos empreendimentos, mas também
foi determinante para o ódio do Visconde de Feitosa.
Mesmo com algumas falhas e
as passagens do tempo que não ficam muito claras, o filme é extremamente
interessante para quem gosta de história.
2 comentários:
eu tb achei o filme meio confuso. o livro é maravilhoso e o autor teve uma briga grande pelos direitos da adaptação do roteiro. diziam q não era do livro, mas o filme é o livro escarrado, vi o filme depois de ler. fica difícil acreditar que não se basearam no livro. o autor chegou a mencionar diálogos inteiros e em q página estava, muito chato não darem os créditos e os direitos autorais ao biógrafo. beijos, pedrita
Pedrita - Não sabia desta briga por causa dos direitos autorais.
É um fato lamentável se aproveitar do trabalho de alguém e não querer pagar pelos direitos de autoria.
Bjos
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