Ação Entre Amigos (Brasil, 1998) – Nota 7,5
Direção – Beto Brant
Elenco – Leonardo Villar, Zé Carlos Machado, Cacá Amaral,
Genésio de Barros, Carlos Meceni.
Quatro amigos na faixa dos quarenta anos partem para
uma viagem de final de semana para o interior de São Paulo no que seria uma
simples pescaria. A princípio contando piadas e brincando, três deles não
imaginam que na realidade Miguel (Zé Carlos Machado), que armou a viagem, tem o
objetivo de encontrar um sujeito (Leonardo Villar), a quem ele viu em uma foto
atual e que durante a ditadura teria sido um policial que os torturou e também
foi responsável pela morte de sua namorada. Quando o fato vem à tona, o grupo
passa a discutir o que fazer, se vale a pena remexer o passado em busca de vingança
e assim arriscar suas vidas atuais ou esquecer o que aconteceu.
Este interessante drama sobre traumas do passado e vingança foi o segundo filme de
Beto Brant, que havia estreado como diretor um ano antes com o ainda melhor “Os
Matadores” e que faria em 2002 o competente “O Invasor”.
Aqui Brant entrega um
filme curto (em torno de uma hora e quinze minutos) com uma trama concisa que
vai direto ao ponto principal, discutir se a vingança pode curar as feridas do
passado, principalmente quando segredos que podem mudar a percepção dos fatos são
revelados.
O talento de Brant para o drama policial tinha tudo para render
outros bons filmes, porém ele preferiu dar uma guinada na carreira para tramas
quase experimentais como o fraco “Crime Delicado” e na minha opinião errou feio.
Além do roteiro, aqui vale destacar o elenco que conta com atores
pouco conhecidos do público, mas com grande experiência em teatro, além do veterano Leonardo Villar no papel do torturador,
ele que está na história do cinema brasileiro por ter sido o protagonista do
clássico “O Pagador de Promessas”.
2 comentários:
esse do beto brant eu não vi. beijos, pedrita
Pedrita - É um competente drama.
Bjos
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