Katyn (Katyn, Polônia, 2007) – Nota 8
Direção – Andrzej Wajda
Elenco – Andrzej Chyra, Maja Ostaszewska, Artur Zmijewski, Danuta Stenka, Jan Englert, Magdalena Cielecka.
O veterano diretor polonês Andrzej Wajda comandou aos oitenta e um anos este drama que retrata o chamado “Massacre de Katyn” (que concorreu ao Oscar de Filme Estrangeiro), onde mais de vinte mil oficiais poloneses foram friamente executados pelo exército soviético em 1940 durante a Segunda Guerra Mundial.
Wajda tem uma longa carreira iniciada ainda nos anos cinqüenta, sempre com filmes fortes que tocam em temas como política e história. Seu trabalho mais conhecido pelo público mundial é o drama histórico “Danton – O Processo da Revolução”.
O longa “Katyn” começa em 1939 quando a Polônia tomada pelos nazistas é invadida ao leste pelo soviéticos, o que mundo não sabia é que o fato era uma conseqüência do pacto entre Hitler e Stalin para dominar e dividir a Europa. Logo os soldados poloneses são levados pelos nazistas, enquanto isso os oficiais se tornam prisioneiros dos soviéticos e levados para um campo de concentração onde após alguns meses são transportados em grupos para a Floresta de Katyn e assassinados um a um, tendo seus corpos jogados em valas coletivas.
Wajda cria a fictícia história de três mulheres que sofrem pelos maridos e irmãos terem sido levados pelos soviéticos. A bela Anna (Maja Ostaszewska) acredita sempre que o marido, o oficial Andrzey (Artur Zmijewski) está vivo, a jovem Agnieszka (Magdalena Cielecka) entra na luta contra a opressão soviética após saber da morte do irmão e Roza (Danuta Stenka) tenta aceitar a morte do marido, um general.
O filme segue de 1939 a 1945, mostrando além do drama da guerra, também a forma como o governo soviético dominou o país em seguida e criou a mentirosa versão de que os nazistas foram os assassinos em Katyn, situação que os poloneses foram obrigados a aceitar e quem tentou lutar contra acabou perseguido, sendo preso ou assassinado.
Consta que o diretor Wajda também perdeu seu pai durante o massacre e mesmo durante a opressão soviética tentou mostrar a verdade, o que só foi possível em 1990 após o fim do regime comunista, traduzindo, foram quarenta e cinco de tortura para quem perdeu algum parente no massacre.
Como coincidência trágica ou maldição, em 2010 um avião com o presidente polonês e grande parte dos políticos do alto escalão do pais morreram num acidente de avião quando se dirigiam a Katyn, onde haveria uma cerimônia que lembraria os setenta anos do massacre.
Finalizando, não é um filme para todo público, sua narrativa é seca e não explica didaticamente a história, a intenção do diretor era mostrar que a ocupação soviética foi tão cruel quanto a invasão nazista, isso fica claro logo na primeira cena e posteriormente na realista sequência final, que deixa no espectador um misto de nó na garganta com perplexidade.
3 comentários:
Tem tanto tempo que esse filme está aqui para assistir que tenho até vergonha de dizer que ainda não vi...
bjs
Belíssimo filme, um dos mais interessantes quando o tema é Segunda Guerra. Também fiz um post sobre ele faz um tempo. Boa dica.
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http://algunsfilmes.blogspot.com/
Amanda - É um ótimo filme para que gosta de drama histórico.
Marcos - Acredito que seja o único filme que explora a história deste massacre.
Abraço
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