segunda-feira, 6 de junho de 2011

Bellini e a Esfinge & Bellini e o Demônio


Bellini e a Esfinge (Brasil, 2001) – Nota 7,5
Direção – Roberto Santucci
Elenco – Fábio Assunção, Malu Mader, Maristane Dresch, Eliane Guttman, Paulo Hesse, Marcos Damigo, Rosaly Papadopol, Cláudio Gabriel, Carlos Meceni, Maximiliano Ferrantz.

O investigador Remo Bellini (Fábio Assunção) trabalha para Dora Lobo (Eliana Guttman) e recebe a missão de encontrar um jovem prostituta que desapareceu e era amante de um famoso médico (Paulo Hesse). Dora ainda coloca no caso para trabalhar em parceria com Bellini, a jovem Beatriz (Maristane Dresch). Para descobrir o que aconteceu com a prostituta desaparecida, Bellini visitará o submundo paulistano e aos poucos descobrirá que a história é bem mais complicada do que imaginava e muitos segredos virão à tona. Bellini se envolverá ainda com outra prostituta, a bela Fátima (Malu Mader).

Esta adaptação do livro de Tony Bellotto da banda “Titãs” é competente ao criar um clima de filme noir e usar a cidade de São Paulo e seus inferninhos noturnos como locação. A trama tem todos os ingredientes do gênero, mostrando os segredos de pessoas da classe alta, mulheres sensuais e perigosas, além de personagens típicos como o delegado durão, o traficante e outros pequenos delinqüentes.

É um bom exemplar de um gênero que o cinema brasileiro poderia explorar mais. 

Bellini e o Demônio (Brasil, 2008) – Nota 5
Direção – Marcelo Galvão
Elenco – Fábio Assunção, Rosane Mulholland, Caroline Abras, Nill Marcondes, Christiano Cochrane, Marília Gabriela.

O detetive Remo Bellini (Fábio Assunção) está em depressão profunda, vivendo a base de remédios, cheio de dívidas e sem caso algum para resolver, até que ele recebe uma ligação para localizar um certo “Livro da Lei”, dando início a uma estranha investigação em que Remo parece totalmente perdido, além dele começar a ter pesadelos e delírios. Ao mesmo tempo a jornalista Gala (Rosane Mulholland), ex-amante de Remo, se envolve na investigação do brutal assassinato de uma jovem (Caroline Abras) dentro de um colégio. Além disso, dois policiais (Nill Marcondes e Christiano Cochrane) seguem as pistas do crime para tentar localizar o assassino. 

O filme original funcionou seguindo com qualidade o estilo noir, focando na investigação e em bons personagens coajudantes misteriosos, já esta sequência segue um caminho bem diferente e erra feio. O diretor Marcelo Galvão até cria um interessante clima de suspense/terror, mas exagera nas cenas de alucinações do personagem de Fábio Assunção, que parece estar realmente dopado durante todo o filme, além do confuso roteiro escrito pelo próprio diretor, que mistura Aleister Crowley, magia negra com direito a pentagrama desenhado no chão e até uma sessão de macumba.

Para completar as falha ainda temos a péssima Marília Gabriela num papel pequeno mas importante e seu filho canastrão Christiano Cochrane com um dos policiais que pouco tem a fazer na história. É uma pena ver uma premissa interessante ser despediçada num filme equivocado.


3 comentários:

Unknown disse...

Achei o primeiro legal, o segundo ainda não vi, mas depois da sua resenha nem sei se vou ver...hehehe...Marilia Gabriela não dá. Vlw.

Amanda Aouad disse...

Não vi o segundo ainda, foi lançado meio que de forma tímida, na época da críse de Fábio Assunção. E achei o trailer fraco.

Mas, gostei do primeiro e concordo com você que conseguiu traduzir bem o clima noir. Poderia mesmo ter outros do gênero no Brasil.

bjs

Hugo disse...

Celo e Amanda - O segundo filme deixa de lado tudo de interessante que o primeiro apresentou. Uma pena.

Abraço