quarta-feira, 29 de junho de 2011

Filmes - Tema "Casamento"

Apesar de não estarmos no mês de maio, resolvi escrever sobre alguns filmes em que o casamento é o tema principal.

São comédias com pequenos dramas que mostram as alegrias e dificuldades de uma relação a dois. Desde os confusos preparativos para o grande dia até a complicada rotina diária.


Vestida Para Casar (27 Dresses, EUA, 2008) – Nota 6,5
Direção – Anne Fletcher
Elenco – Katherine Heigl, James Marsden, Edward Burns, Malin Akerman, Brian Kerwin, Melora Hardin, Judy Greer.

Jane (Katherine Heigl) já foi madrinha de casamento 27 vezes e guardou como lembrança todos os seus vestidos. Praticamente uma especialista em casamentos, ela espera o príncipe encantado em sua vida, que poderia ser seu chefe George (Edward Burns), porém ele tem olhos apenas para irmã de Katherine, Tess (Malin Akerman). Enquanto isso, em uma nova festa de casamento, Katherine conhece o jornalista Kevin (James Marsden), que escreve no jornal um coluna sobre casamentos. Katherine adora os textos de Kevin, que assina com pseudônimo, mas quando conhece o rapaz vê que ele pensa completamento diferente do que escreve. Esta comédia de amores complicados utiliza todos os clichês do gênero, mas diverte pela simpatia da bela Katherine Heigl e por algumas boas piadas sobre o tema e os relacionamentos em geral.

Licença para Casar (License to Wed, EUA / Austrália, 2007) – Nota 5
Direção – Ken Kwapis
Elenco – Robin Williams, Mandy Moore, John Krasinski, Eric Christian Olsen, Christine Taylor, Josh Flitter, Deray Davis, Peter Strauss, Grace Zabriskie, Roxanne Hart, Bob Balaban

Os noivos Ben (John Krasinski) e Sadie (Mandy Moore) estão prestes a se casar e como a família da noiva frequenta uma determinada igreja, o casal aceita participar de um curso preparatório ministrado pelo Reverendo Frank (Robin Williams). O problema é que Frank utiliza provas estranhas que deixam o casal em situações constrangedoras gerando em conflito entre eles pela excentricidade do sujeito e os questionamentos que ele coloca na cabeça dos jovens. A premissa que poderia ser engraçada se torna extremamente chata pelo antipático personagem de Robin Williams e as situações irritantes que ele cria. Para completar, os fracos Mandy Moore e John Krasinski não ajudam a melhorar qualidade do filme.  

O Casamento de Romeu e Julieta (Brasil, 2005) – Nota 6
Direção – Bruno Barreto
Elenco – Luana Piovani, Luís Gustavo, Marco Ricca, Martha Mellinger, Berta Zemel, Leonardo Miggiorin, Mel Lisboa, Renato Consorte, José Vasconcelos.

Romeu (Marco Ricca) e Julieta (Luana Piovani) se conhecem, rapidamente se apaixonam e pensam em casar. O problema é que Romeu é corintiano doente, enquanto toda a família de Julieta é palmeirense, principalmente seu fanático pai Alfredo Baragatti (Luís Gustavo). Para não criar conflito, Romeu se passa por palmeirense para enganar o sogro, mas a mentira causará uma tremenda confusão, inclusive com sua avó (Berta Zemel), corintiana fanática. O longa baseado no livro de Mário Prata faz piada com o fanatismo e a rivalidade entre palmeirenses e corintianos, tendo o diretor Bruno Barreto criado uma comédia que beira o pastelão em muitas situações, mostrando personagens exagerados. É um tipo de comédia que agrada ao público que gosta de novelas, mas com cinema deixa a desejar.

Particularidades de um Casamento (Married to It, EUA, 1991) – Nota 6,5
Direção – Arthur Hiller
Elenco – Beau Bridges, Stockard Channing, Robert Sean Leonard, Mary Stuart Masterson, Ron Silver, Cybill Shepherd.

Os preparativos para uma festa num colégio em Nova York reúne três casais bem diferentes entre si. Os simples John e Iris (Beau Bridges e Stockard Channing), os jovens Chuck e Nina (Robert Sean Leonard e Mary Stuart Masterson) e os ricos Leo e Claire (Ron Silver e Cybill Shepherd). O que começa timidamente como uma reunião formal, aos poucos se torna uma espécie de terapia onde todos acabam se conhecendo, inclusive os problemas porque cada casal está passando. O longa é um interessante estudo sobre o funcionamento dos relacionamentos entre homem e mulher, mostrando que não importa idade ou condição social, em todos os níveis ocorrem situações boas e ruins, ficando sempre a continuidade da relação à prova de diversos fatores. Mesmo não se aprofundando muito no tema, vale como uma análise deste tipo de relação. 

O Casamento de Betsy (Betsy’s Wedding, EUA, 1990) – Nota 7
Direção – Alan Alda
Elenco – Alan Alda, Madeline Kahn, Joe Pesci, Molly Ringwald, Joey Bishop, Ally Sheedy, Anthony LaPaglia, Catherine O'Hara, Burt Young, Nicolas Coster. Bibi Besch, Dylan Walsh, Allan Rich.

A jovem Betsy (Molly Ringwald) fica noiva de Jake (Dylan Walsh), um rapaz de família rica que logo se dispõe a pagar uma lua-de-mel em um local paradisíaco. Querendo igualar o presente, o pai de Betsy, Eddie (Alan Alda) resolve bancar uma grande festa, porém o problema é que ele passa por dificuldades financeiras. Seguindo o conselho do cunhado (Joe Pesci), Eddie faz um empréstimo com o mafioso Georgie (Burt Young), dando início a uma grande confusão, tanto pela dívida assumida, quanto pela dificuldade em realizar o evento. Esta simpática comédia de costumes foi a última aventura do ator Alan Alda (astro da série “Mash”) na direção e como em seus outro trabalhos, ele filma um roteiro onde o ponto principal são as relações humanas e todas as suas dificuldades e recompensas. Aqui temos a disputa das famílias, a pressão em cima dos noivos, o ciúme da irmã solteirona vivida por Ally Sheedy e toda a confusão que cerca um casamento. É uma comédia sincera que vale uma espiada.

Até Que a Vida Nos Separe (A New Life, EUA, 1988) – Nota 7
Direção – Alan Alda
Elenco – Alan Alda, Ann Margret, Hal Linden, Veronica Hamel, John Shea, Mary Kay Place, Beatrice Alda.

Após vinte anos de casamento, Jackie (Ann Margret) resolve se divorciar de Steve (Alan Alda), que não entende o porquê da decisão mas acaba aceitando. Novamente solteiros, os dois procuram novos parceiros em encontros arranjados por amigos e cada um mergulha numa nova relação. Jackie se envolve com um homem mais jovem, o possessivo Doc (John Shea) e Steve se encanta pela bela Kay (Veronica Hamel). Lógico que nem tudo serão flores nestes novos relacionamentos. Assim como em seu filme anterior “Doce Liberdade”, novamente Alan Alda mostra a vida dos descasados de meia idade, que a princípio querem aproveitar novamente a liberdade, mas aos poucos percebem que isso pode não ser o bastante para completar uma vida. Em seus trabalhos como diretor, Alan Alda mostra que tem sensibilidade e bom humor para focar os relacionamentos.  




7 comentários:

Leonardo Alexander disse...

Olá Hugo! Parabéns pela postagem e pelo seu blog. Obrigado por indicar o Clube do Filme. http://clubedofilmeleleo.blogspot.com/
Já coloquei o seu blog na minha lista de favoritos. Abraço, Leo

Alan Raspante disse...

Só não assisti os três últimos. "Licensa pra Casar" é bem fraquinho! rs

Gosto de "Vestida pra Casar", acho bem simpático xD

Amanda Aouad disse...

hehe, gostei da idéia do post. E dos que vi, tudo bem, além de cinéfila eu gosto de novela, kkk, mas achei O Casamento de Romeu e Julieta divertido, apesar dos exageros e clichês. Uma coisa que pensei é que talvez você não tenha gostado porque me parece uma rixa vista pela ótica de corinthianos. Como Marco Ricca é o protagonista, acaba ridicularizando em vários momentos os palmeirenses, como na ida a Tóquio.

bjs

Hugo disse...

Leonardo - Valeu pela visita, sempre que puder passarei pelo seu blog.

Alan - O filme com Robin Williams é bem fraco e o papel dele muito chato.

Amanda - Vc tem razão, este é um dos motivos por não gostar do filme. Agora o problema começa com o livro.

Ele faz parte de uma coleção de livros que falam sobre os grandes clubes do Brasil, sendo que os demais citam fatos e personagens históricos dos clubes e no caso do Palmeiras escolheram o Mário Prata para escrever, que além de não ser palmeirense, fugiu totalmente do tema ao criar uma fictícia história de amor.

Há alguns anos o Palmeiras tb foi prejudicado num CD com os hinos dos clubes, que foram gravados por músicas torcedores e para o Palmeiras escolheram o João Gordo para cantar o hino...uma piada de mal gosto.

Escrevi demais...rs

Abraço a todos

Amanda Aouad disse...

Entendi, Hugo, é chato mesmo ver o time para quem torcemos ser esculhambado.

bjs

Silvia Freitas disse...

Bem legal lembrar sobre esses filme que têm o casamento como ponto principal. Vc já reparou que na maioria dos filmes a profissão do ator (a) principal é jornalista? É incrível, parece até que não existem outras profissões naquele país! Repare pra ver. Gde abraço!

Hugo disse...

Silvia - Você tem razão, a profissão é muito explorada no cinema, principalmente neste tipo de comédia.

Abraço