Era Uma Vez na America (Once Upon a Time in America, Itália / EUA, 1984) – Nota 9
Direção – Sergio Leone
Elenco – Robert De Niro, James Woods, Elizabeth McGovern, Tuesday Weld, Treat Williams, William Forsythe, Joe Pesci, Burt Young, Danny Aiello, James Hayden, Darlanne Fluegel, Richard Bright, Larry Rap, Richard Foronjy, Robert Harper, James Russo, Jennifer Connelly, Scott Tiler, Rusty Jacobs, Brian Bloom.
Esta grande obra é o ultimo filme da carreira de Sergio Leone, que depois do fracasso do ótimo “Quando Explode a Revolução” ficou treze anos sem filmar. O longa conta a história de quatro amigos de infância que crescem juntos no mundo do crime durante os anos vinte e trinta.
O filme começa com David “Noodles” Aaronson (Robert DeNiro) já idoso no final dos anos sessenta, voltando para Nova Iorque para rever os lugares em que viveu e as pessoas que conheceu. Ao mesmo tempo somos apresentados ao passado através das lembranças de Noodles, começando desde criança quando ele conheceu Max Bercovicz (James Woods) e junto com Cockeye Sam (William Forsythe) e Patsy Goldberg (James Hayden) se envolveram em pequenos crimes que resultaram numa tragédia que levou Noodles para cadeia, passando pela sua saída da prisão quando os amigos se transformaram em gângsters, até a queda causada por mulheres, brigas e inimigos em comum. Durante as lembranças descobriremos a relação de Noodles com a bela Deborah (Elizabeth McGovern), por quem sempre foi apaixonado mas nunca fora aceito em virtude de ser um bandido.
As ótimas intepretações, principalmente de DeNiro e Woods, a belíssima reconstituição de época e a sempre ótima trilha sonora de Ennio Morricone, são os pontos altos do filme, por sinal Morricone homenageia o clássico “Era Uma Vez no Oeste” (já homenageado no título) com a gaita que o personagem de William Forsythe toca em boa parte do filme, assim como Charles Bronson fez no original. O elenco de garotos também dá conta do recado, com a curiosidade de ver Jennifer Connelly ainda bem menina fazendo o papel da pequena Deborah.
Novamente temos um ótimo roteiro, que condensa a história cheia de personagens e fatos em mais de três horas e meia de duração, mesmo assim deixando a impressão de que alguns fatos poderiam ter sido ainda mais explorados, por isso que a primeira versão lançada no cinemas e que tinha apenas pouco mais de duas horas e deixava a história completamente truncada, levou o filme ao fracasso de público e crítica. O filme foi aclamado quando a versão completa de Leone foi lançada em vídeo, anos depois. Um detalhe, antes de morrer em 1989, Leone planejava um filme sobre a Segunda Guerra e o cerco a Leningrado, infelizmente ele não teve tempo de levar o projeto adiante.
5 comentários:
Estou em falta com Leone. Só vi "Três Homens em Conflito" dele.
Minha nota é DEZ para este filmaço. O último do mestre Leone.
Abs,
Rodrigo
Wally - Eu recomendo, procure assistir os outro também.
Dan - É uma bela reconstituição de época.
Rodrigo - Foi um grande encerramento de carreira,
Abraço
Obra-prima daquelas sublimes e geniais. Leone, um dos meus realizadores preferidos!
5*
Cumps.
Roberto Simões
» CINEROAD - A Estrada do Cinema «
Roberto - Leone deixou uma bela carreira.
Abraço
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