quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Calígula


Calígula (Caligula, Itália / EUA, 1979) – Nota 5
Direção – Tinto Brass
Elenco – Malcom McDowell, Teresa Ann Savoy, Helen Mirren, Peter O'Toole, John Gielgud, John Steiner, Paolo Bonacelli.

Este é um dos filmes mais polêmicos da história do cinema. O longa conta a história do imperador romano Caligula (Malcolm McDowell), um tirano sanguinário que criou um reinado de sexo e violência. Ele se casa com uma prostituta (Helen Mirren) e ao mesmo tempo mantém um caso com sua irmã (Teresa Ann Savoy). A loucura do imperador cria situações absurdas, como quando nomeia seu cavalo como ministro e em um banquete quando obriga as mulheres e filhas do senadores de Roma a se prostituirem. 

Além das polêmicas cenas de sexo e violência, a história em torno da filmagem do longa é tão complicada quanto o resultado final. Tudo começou quando Bob Guccione, dono da revista Penthouse, teve a idéia de produzir o longa baseado num roteiro do famoso escritor Gore Vidal e contratou o diretor italiano Tinto Brass, sujeito especialista em filmes eróticos que exploravam nudez e sexo encenado, na maioria das vezes com personagens estranhos que não agradariam os fãs do cinema pornô. 

Guccione soltou vinte milhões de dólares para a produção e contratou astros ingleses como Malcolm McDowell, Helen Mirren, Peter O’Toole (que faz Tiberius) e John Gielgud (o Senador Nerva) para os papéis principais, tendo em mente um longa que chamasse a atenção do mesmo público que comprava sua revista, misturando atores talentosos com pornografia. Porém assim que Tinto Brass montou o filme, Guccione odiou o resultado porque não haviam cenas de sexo explícito e as modelos contratadas por ele para serem figurantes praticamente não eram notadas. Enfurecido, ele despediu Tinto e Gore Vidal e resolveu montar sozinho o longa, filmando e incluindo diversas cenas de sexo explícito com suas modelos.  O resultado é a versão de duas horas e meia que a crítica odiou e que deixa o filme longo, confuso e cansativo. 

Existem diversas versões do filme que foram lançadas em alguns países, mas a que chegou ao Brasil foi esta montagem de Guccione. Corre um boato de que Tinto Brass pretende editar uma nova versão do longa para lançar em 3D, se for verdade, quem sabe não apareça uma versão mais enxuta e talvez melhor do que esta.

3 comentários:

LuEs disse...

Eu nem achei o filme longo ou cansativo, gostei do resultado final do filme e até o assistiria de novo. Acho que a nota 5,0 é muito baixa - eu daria um pouco mais.

Hugo disse...

Luís - A nota pode ser um pouco baixa, mas com certeza o longa poderia ter sido bem melhor.

Dan - Este e muitos outros filmes, livros, peças teatro foram proibidas. Um absurdo.

Abraço

Silvia Freitas disse...

Assisti a esse filme há alguns anos atrás. Fiquei mais chocada com as cenas de violência, onde o cara mata e faz daquilo um circo. O ser humano já foi bem pior...