terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Filmes com Jean Claude Van Damme


Kickboxer: O Desafio do Dragão (Kickboxer, EUA, 1989) – Nota 6
Direção – Mark DiSalle & David Worth
Elenco – Jean Claude Van Damme, Dennis Alexio, Dennis Chan, Rochelle Ashana.

Após seu irmão (Dennis Alexio) ser brutalmente derrotado em um campeonato de kickboxing e terminar em uma cadeira de rodas, Kurt Sloane (Jean Claude Van Damme) fica obcecado em se vingar. Com o claro intuito de seguir o mesmo estilo do sucesso de “O Grande Dragão Branco” produzido dois anos antes, este longa também explora as cenas de lutas e ainda insere pitadas de “Karatê Kid” ao colocar o protagonista para treinar com um mestre. 

Cyborg: O Dragão do Futuro (Cyborg, EUA, 1989) – Nota 4
Direção – Albert Pyun
Elenco – Jean Claude Van Damme, Deborah Richter, Vincent Klein.

Em um futuro apocalíptico, Gibson Rickenbacker (Jean Claude Van Damme) descobre ser um ciborgue que carrega informações importantes para um grupo de cientistas. Quando uma cientista é sequestrada, Gibson precisa enfrentar uma gangue liderada por Fender (Vincent Klein). Filmado antes de Van Damme ficar famoso com “O Grande Dragão Branco”, este péssimo longa foi desengavetado pelos produtores em busca de lucro. É com certeza um dos piores filmes com o ator. A única curiosidade são os nomes do protagonistas que remetem a duas marcas famosas de guitarras.

Garantia de Morte (Death Warrant, Canadá / EUA, 1990) – Nota 6
Direção – Deran Sarafian
Elenco – Jean Claude Van Damme, Cynthia Gibb, Robert Guillaume, Art LaFleur, Patrick Kilpatrick.

Para investigar uma série de assassinatos dentro de um presídio, o policial Louis Burke (Jean Claude Van Damme) entra no local disfarçado de prisioneiro. O roteiro explora todos os clichês dos filmes de prisão, mas mesmo assim agrada aos fãs da porradaria por ter Van Damme no auge da forma distribuindo pancadas nos coadjuvantes.

Leão Branco, o Lutador sem Lei (Lionheart, EUA, 1990) – Nota 6
Direção – Sheldon Lettich
Elenco – Jean  Claude Van Damme, Harrison Page, Deborah Renhard, Ashley Johnson, Lisa Pelikan, Brian Thompson.

Lyon (Jean Claude Van Damme) é um soldado que deserta da Legião Estrangeira e segue para os Estados Unidos com o objetivo de descobrir quem assassinou seu irmão. As pistas o levam a um circuito de lutas clandestinas. Apesar de não ser cult como “O Grande Dragão Branco”, este longa tem uma produção mais caprichada e boas sequências de luta. A carreira de Van Damme estava decolando.

Duplo Impacto (Double Impact, EUA, 1991) – Nota 5,5
Direção – Sheldon Lettich
Elenco – Jean Claude Van Damme, Geoffrey Lewis, Janet Julian, Alan Scarfe, Bolo Young.

Quando crianças, os gêmeos Alex e Chad (Jean Claude Van Damme em papel duplo) viram os pais serem assassinados pela Máfia Chinesa. Criados em países diferentes, vinte e cinco anos depois eles se reencontram em busca de vingança. O roteiro recheado de clichês é apenas uma desculpa para aproveitar o talento de Van Damme para as cenas de ação em dose dupla. Vale citar uma estranha disputa amorosa entre os dois personagens e a namorada de um deles.

Vencer ou Morrer (Nowhere to Run, EUA, 1993) – Nota 6,5
Direção – Robert Harmon
Elenco – Jean Claude Van Damme, Rosanna Arquette, Kieran Culkin, Tiffany Taubman, Ted Levine, Joss Ackland.

Sam Gillen (Jean Claude Van Damme) escapa do prisão e consegue abrigo na fazenda de uma viúva (Rosana Arquette) e seu casal de filhos pequenos. Não demora para ele se envolver com a mulher e se apegar as crianças, além de ter de enfrentar os capangas de um sujeito que deseja tomar as terras da viúva. Este razoável longa foca mais no drama do que na ação. Ele foi produzido em uma época em que o astro tentava consolidar sua carreira também pela atuação, algo que jamais se concretizou.

Street Fighter: A Última Batalha (Street Fighter, EUA, 1994) – Nota 3
Direção – Steven E. de Souza
Elenco – Jean Claude Van Damme, Raul Julia, Min Ken Wen, Damian Chapa, Kylie Minogue, Roshan Seth, Simon Callow, Wes Studi, Byron Mann.

O game “Street Fighter” era um grande sucesso no início dos anos noventa. Os produtores tiveram a ideia de transportar o game para a telona e escalar o astro Van Damme, o que acreditavam ser um sucesso garantido. O resultado é horroroso. Criaram uma história política sem pé nem cabeça sobre um golpe de Estado em um país fictício e transformaram os personagens em caricaturas. Até mesmo as cenas de ação são ruins. O filme será eternamente lembrado por ter sido o último trabalho do grande ator Raul Julia, que estava doente e faleceu pouco depois das filmagens e que dizem ter aceitado o papel para agradar seu filho que era fã do game. 

Desafio Mortal (The Quest, EUA / Canadá, 1996) – Nota 6
Direção – Jean Claude Van Damme
Elenco – Jean  Claude Van Damme, Roger Moore, James Remar, Janet Gunn, Jack McGee, Aki Aleong, Louis Mandylor.

Christopher Dubois (Jean Claude Van Damme) é um artista de rua em Nova York que após ajudar um grupo de crianças delinquentes que roubaram um valioso artefato, termina obrigado a fugir para o oriente, iniciando uma verdadeira saga até disputar um famoso torneio de Muay Thay. A carreira de Van Damme ainda não havia afundado quando ele resolveu dirigir esta mistura de filmes de aventura com seus antigos sucessos como “O Grande Dragão Branco” e “Kickboxer”. A curiosidade é ver o eterno 007 Roger Moore no papel de um golpista. 

Risco Máximo (Maximum Risk, EUA, 1996) – Nota 6
Direção – Ringo Lam
Elenco – Jean Claude Van Damme, Natasha Henstridge, Jean Hughes Anglade, Zach Grenier, Stephane Audran

Um policial francês (Jean Claude Van Damme) descobre que tinha um irmão gêmeo que foi assassinado nos EUA. Ele viaja para a América para investigar o caso e se torna alvo da Máfia Russa, além de se envolver com a namorada do irmão (Natasha Henstridge). Este foi o primeiro e o melhor dos três filmes da parceria entre o astro Van Damme e o falecido diretor chinês Ringo Lam.

A Colônia (Double Team, EUA / Hong King, 1997) – Nota 4
Direção – Tsui Hark
Elenco – Jean Claude Van Damme, Dennis Rodman, Mickey Rourke, Natacha Lindinger, Paul Freeman.

Ao falhar na perseguição a um terrorista (Mickey Rourke na pior fase da carreira), o espião Jack Quinn (Jean Claude Van Damme) é sequestrado pela organização que trabalha e enviado para a Colônia, uma prisão para espiões e mercenários, onde entre os detentos está o jogador de basquete Dennis Rodman. Mesmo com a direção do chinês Tsui Hark, especialista em obras de ação, o fracasso deste péssimo longa marcou o início da decadência da carreira de Van Damme. 

Golpe Fulminante (Knock Off, Aruba / Hong Kong / EUA, 1998) – Nota 3
Direção – Tsui Hark
Elenco – Jean Claude Van Damme, Rob Schneider, Lela Rochon, Michael Fitzgerald Wong, Paul Sorvino.

Em Hong Kong, Marcus Ray (Jean Claude Van Damme) é um falsificador de roupas e calçados de marcas famosas que inicia uma sociedade com Tommy (Rob Schneider), sem saber que o novo amigo é um agente da CIA. Não contentes com o péssimo “A Colônia”, o astro Van Damme e o diretor Tsui Hark conseguiram entregar um filme ainda pior aqui. Além da trama policial sem sentido, o filme ainda resvala para a comédia com a presença do irritante Rob Schneider. 

O Legionário (Legionnaire, EUA, 1998) – Nota 6
Direção – Peter MacDonald
Elenco – Jean Claude Van Damme, Adewale Akinnuoye Agbaje, Steven Berkoff, Nicholas Farrell, Ana Sofrenovic.

Marselha, França, anos 20. Alain Lefreve (Jean Claude Van Damme) é um lutador de boxe amador que não aceita entregar uma luta. Para sobreviver, ele foge e se alista na Legião Estrangeira, sendo enviado para lutar no Marrocos, então colônia francesa. Este longa foge um pouco do estilo da pancadaria para focar numa história de amizade e lealdade entre soldados lutando no deserto. Está longe de ser um grande filme e o roteiro até se perde na metade final, mas é curioso ver Van Damme em um longa com uma história razoável.

Inferno (Inferno ou Coyote Moon, EUA / França, 1999) – Nota 5
Direção – John G. Avildsen
Elenco – Jean Claude Van Damme, Pat Morita, Danny Trejo, Gabrielle Fitzpatrick, Larry Drake, Bill Erwin, Vincent Schiavelli, Shark Fralick, Silas Weir Mitchell, Jonathan Avildsen, Jeff Kober, Jaime Pressly.

Eddie Lomax (Jean Claude Van Damme) é um ex-soldado atormentado pelos horrores que viveu na guerra. Com sua moto, Eddie decide visitar um companheiro que vive numa pequena cidade. Ao chegar no local, ele entre em conflito com o grupo que comanda a região. O longa é ruim, mas tem algumas curiosidades. A história é uma cópia de “Rambo – Programado Para Matar” transportada para uma cidade no meio do deserto. O elenco tem rostos conhecidos de atores B como Pat Morita, Danny Trejo e Vincent Schiavelli. Este longa também foi o último trabalho do diretor John G. Avildsen, que por algum motivo utilizou um pseudônimo. Avildsen teve uma carreira irregular, mas deixou algumas obras marcantes como “Rocky, um Lutador” e “Karatê Kid”.

Soldado Universal: O Retorno (Universal Soldier: The Return, EUA, 1999) – Nota 4,5
Direção – Mic Rodgers
Elenco – Jean Claude Van Damme, Michael Jai White, Heidi Schanz, Bill Goldberg, Xander Berkeley, Daniel Von Bargen, Kiana Tom.

Sete anos depois dos acontecimentos do primeiro filme, Luc (Jean Claude Van Damme) está casado e trabalhando em um novo projeto do “Soldado Universal”. Uma falha no supercomputador do projeto acorda os novos soldados que se revoltam. Luc é obrigado a enfrentá-los após sua filha ser sequestrada. Este longa deixa lado o que ocorreu com o protagonista no final do original de 1992 para seguir um roteiro absurdo recheado de cenas de ação ruins. Van Damme ainda voltaria ao personagem nas partes III e IV de 2009 e 2012 respectivamente.

Replicante (Replicant, EUA, 2001) – Nota 6
Direção – Ringo Lam
Elenco – Jean Claude Van Damme, Michael Rooker, Catherine Dent.

Um serial killer (Jean Claude Van Damme) está agindo em Seattle. Um policial (Michael Rooker) está obcecado em prendê-lo. A chance de enfrentar o psicopata surge quando uma experiência genética consegue utilizar o DNA do assassino para criar uma cópia, um replicante (Van Damme). O policial treinará o replicante para caçar o original. É um filme curioso por causa da premissa bizarra. As sequências em que o policial ensina coisas básicas ao replicante são até ingênuas. As cenas de ação são razoáveis. Este foi o segundo filme da parceira entre Van Damme e o hoje falecido diretor Ringo Lam.

A Irmandade (The Order, Aruba / EUA, 2001) – Nota 4,5
Direção – Sheldon Lettich
Elenco – Jean Claude Van Damme, Sofia Miles, Brian Thompson, Ben Cross, Charlton Heston, Vernon Dobtcheff.

Rudy Cafmeyer (Jean Claude Van Damme) é um contrabandista de artefatos antigos que precisa resgatar o pai que foi sequestrado por inimigos. A ideia foi criar um roteiro focando numa aventura ao estilo clássico passando por locais como Jerusalém e Aruba, porém o resultado parece mais com um vídeo turístico do que um filme de ação. Poucas sequências de ação se salvam. A curiosidade é a presença de Charlton Heston em seu penúltimo trabalho no cinema.

3 comentários:

José Gomes disse...

Sou muito fã do Van Damme, cresci vendo seus filmes. Assisti a todos estes que vc citou, e aproveitando para indicar, pois não vi na lista, outros bons filmes mais antigos dele, caso vc não tenha visto ainda:

O Alvo (1993)
Agente Biológico (2002)
Hell (2003)
Morte Súbita (1995)

Outros mais recentes, que são bons também:

Jogos Letais (2011)
6 Balas (2012)

Abraço!! Feliz Ano-Novo!!!

Liliane de Paula disse...

Parece que todo filme dele tem muita luta, muita briga.
Sempre filme de ação.
Devo ter assistido no máximo uns 2 e nem lembro quais, no momento.

Já assistiu "A lavanderia" com Meryl Streep?
Comecei e parei.
Vou passar uns 3 dias para vê "O irlandês".
Bjs,

Hugo disse...

José - Eu vi alguns outros filmes de Van Damme que estão em postagens anteriores, como o "Morte Súbita" por exemplo. Postarei em breve sobre "O Alvo" e "Soldado Universal" que são filmes melhores.

Liliane - Vou postar em seguida um texto sobre "A Lavanderia".

Abraço