quinta-feira, 23 de julho de 2015

Até a Eternidade

Até a Eternidade (Les Petits Mouchoirs, França, 2010) – Nota 7,5
Direção – Guillaume Canet
Elenco – François Cluzet, Marion Cotillard, Benoit Magimel, Gilles Lellouche, Jean Dujardin, Laurent Lafitte, Valérie Bonneton, Pascale Arbillot, Anne Marivin, Louise Monot.

Na sequência inicial, a câmera segue Ludo (Jean Dujardin) dentro de uma casa noturna. O sujeito mexe com algumas garotas, conversa com um amigo e se mostra extremamente agitado por causa das drogas e da bebida. De repente ele fica quieto, se despede do amigo e sai do local. Vemos que é início da manhã. Ele acende um cigarro, sobe em sua moto e poucos metros depois é violentamente atropelado. 

A câmera corta para o hospital, onde várias pessoas se encontram na sala de espera. Rapidamente descobrimos que é um grupo de amigos de Ludo. Eles entram na UTI e se assustam com a aparência do amigo. Mesmo assim, ao sair do hospital, eles decidem manter a viagem de férias para o litoral francês, sem o amigo ferido, é claro. A partir daí, aos poucos o espectador conhecerá cada um dos personagens, suas virtudes, seus defeitos e as várias mentiras que contam para manter as aparências de uma vida normal. 

O roteiro escrito pelo ator e diretor Guillaume Canet lembra em parte “O Reencontro” que Lawrence Kasdan dirigiu nos anos oitenta. Naquele filme, um grupo de amigos da universidade se reencontravam após alguns anos para o funeral de um colega, sendo que aqui, as férias na praia são um encontro anual que se torna mais complicado por causa do acidente. 

O desenvolvimento dos personagens é um dos pontos altos. François Cluzet faz o líder do grupo, sujeito com boa vida financeira, mas que sofre por ser exigente e mal humorado. Benoit Magimel faz o jovem casado, pai de três filhos, que ao contar um segredo para o personagem de Cluzet, dá início a um conflito silencioso. Marion Cotillard é a ex-esposa do acidentado, que não consegue manter os relacionamentos. Temos ainda o solteirão irresponsável de Gilles Lellouche e o apaixonado que sofre por ter sido abandonado interpretado por Laurent Lafitte. 

É uma boa opção para quem gosta de dramas sobre amizade e relacionamento. 

Como curiosidade, a tradução literal do título original seria “Mentirinhas”. 

4 comentários:

Amanda Aouad disse...

Acho que poderia ser mais curto, mas é um bom drama mesmo. Um belo tratado sobre amizade.

bjs

Hugo disse...

Amanda - A amizade e os relacionamentos são tratados com grande sensibilidade.

Bjos

Marília Tasso disse...

Gosto bastante desse filme e o elenco é divino <3

Hugo disse...

Marília - O elenco é um dos pontos altos do filme.