A Vida do Livreiro A.J. Fikry

 

A Vida do Livreiro A.J. Fikry (The Storied Life of A.J. Fikry, EUA, 2022) – Nota 6,5
Direção – Hans Canosa
Elenco – Kunal Nayyar, Lucy Hale, David Arquette, Christina Hendricks, Scott Foley, Lauren Stamille.

A.J. Fikry (Kunal Nayyar) é o dono de uma livraria em uma ilha em Massachusetts que sofre pela morte da esposa. A esperança de uma vida melhor renasce quando uma bebê é abandonada em seu estabelecimento. Em paralelo, ele se sente atraído por Amelia (Lucy Hale), uma representante de vendas de livros que visita a ilha algumas vezes a ano. 

Baseado em um best seller, este drama segue o formato dos filmes gênero ao focar nos altos e baixos da vida do protagonista. É uma fórmula simples com um estilo da narrativa agradável que lembra os filmes para tv, com situações criadas para emocionar quem procura drama e romance.

Krakatoa, O Inferno de Java

 

Krakatoa, O Inferno de Java (Krakatoa: East of Java, EUA, 1968) – Nota 5,5
Direção – Bernard L. Kowalski
Elenco – Maximilian Schell, Diane Baker, Brian Keith, Barbara Werle, Sal Mineo, Rossano Brazzi, John Leyton, J.D. Cannon.

Em 1883, um navio comandado pelo capitão Hanson (Maximilian Schell) parte da região das antigas Índias Orientais Holandesas com destino a região de Java na Indonésia onde outro navio que naufragou estaria carregando pedras preciosas. Na mesma região, o vulcão Krakatoa está prestes a entrar em erupção. 

Este longa que passou dezenas de vezes na tv aberta brasileira é basicamente um filme pré-cinema catástrofe que renderia diversos sucessos nos anos setenta. O formato é o mesmo que seria explorado no gênero, com um parte inicial apresentando os vários personagens que fazem parte da viagem através de uma narrativa arrastada, deixando a ação para a hora final com explosões e tragédias. 

Mesmo sendo o ponto alto do filme, esta parte final deixa a desejar por causa dos efeitos especiais ruins. A sequência mais bem trabalhada neste quesito é a do tsunami. No geral é um filme que envelheceu mal e vale apenas como curiosidade para o cinéfilo que gosta de garimpar obras antigas.

Sequestro no Ar

 

Sequestro no Ar (Hijack, Inglaterra / EUA, 2023) – Nota 7,5
Direção – Jim Field Smith & Mo Ali
Elenco – Idris Elba, Neil Maskell, Max Beesley, Archie Panjabi, Ben Miles, Simon McBurney, Kaisa Hammarlund

Um avião saindo de Dubai com destino a Londres é sequestrado por cinco pessoas. Mesmo sem saber o que os criminosos desejam, o especialista em negociações Sam Nelson (Idris Elba), que é um dos reféns, utiliza sua experiência para analisar a situação projetando cenários para tentar resolver o problema. 

Esta minissérie em sete episódios com uma ótima produção tem uma história clichê, porém que funciona por causa da narrativa tensa que prende a atenção. 

O roteiro deixa um pouco a desejar no final e em algumas tramas paralelas em terra que parecem desconectadas com o tema principal, como as questões envolvendo o filho e a ex-esposa do protagonista. 

A minissérie tem boas sequências de ação, violência e algumas reviravoltas bem pensadas. Mesmo com algumas falhas, ela entrega o que promete.

Movimento de Jesus

 

Movimento de Jesus (Jesus Revolution, EUA, 2023) – Nota 7
Direção – Jon Erwin & Brent McCorkle
Elenco – Joel Courtney, Jonathan Roumie, Kelsey Grammer, Kimberlyu Williams Paisley, Anna Grace Barlow, Nic Bishop, Julia Campbell, Mina Sundwall, DeVon Franklin.

Califórnia, 1968. O destino coloca no mesmo caminho um jovem em busca de respostas sobre a vida (Joel Courtney), um hippie que abandonou a movimento e abraçou a religião (Jonathan Roumie) e o pastor de uma decadente congregação cristã (Kelsey Grammer). 

Estes três sujeitos muito diferentes entre si dão o início a um revolução espiritual que mudará o modo de milhares de jovens se relacionarem com a religião.

Baseado em uma história real, em um primeiro olhar ligado ao título original e a ambientação, o espectador terá a impressão de ser um filme sobre alguma seita entre as tantas que surgiram na Califórnia no período. 

Puro engano, a história na verdade é sobre como estes três personagens ajudaram a abrir as portas da fé para jovens que estavam perdidos entre a liberdade total do movimento hippie e as mudanças de comportamento que abalavam suas relações com os pais e as pessoas da geração anterior. 

Não é um filme sobre doutrinação ou algo similar, a proposta é mostrar o lado oposto ao movimento hippie, em que a liberdade na estava na drogas e no sexo, mas em algo mais complexo em que cada pessoa precisava descobrir dentro de si mesmo.

O Massacre de Chicago & Nitti: O Executor

 

O Massacre de Chicago (The St. Valentine's Day Massacre, EUA, 1967) – Nota 6,5
Direção – Roger Corman
Elenco – Jason Robards, George Segal, Ralph Meeker, Jean Hale, Frank Silvera, Joseph Campanella, Bruce Dern

Em 14 de fevereiro de 1929, no dia de São Valentino, capangas de Al Capone (Jason Robards) assassinaram vários membros da gangue de Bugs Moran (Ralph Meeker), seu grande inimigo no negócio de venda de bebidas ilegais em Chicago durante a chamada Lei Seca. 

Este bom filme detalha os acontecimentos que levaram até o fatídico dia, mostrando as disputas e traições entres os vários envolvidos que tinham o objetivo de dominar a cidade. 

A grande curiosidade é a direção de Roger Corman, que desde o final dos anos cinquenta produzia filmes de baixo orçamento e que aqui teve um dos poucos trabalhos em parceria com um grande estúdio e protagonizado por atores famosos como Jason Robards e George Segal. 

Consta que mesmo com a boa reconstituição de época e as diversas sequências de tiroteios, Corman gastou um valor menor do que o previsto no orçamento, situação habitual por toda sua carreira. Vale destacar ainda a narração em off que explica situações e características de cada personagem.

Nitti: O Executor (Frank Nitti: The Enforcer, EUA, 1988) – Nota 5,5
Direção – Michael Switzer
Elenco – Anthony LaPaglia, Vincent Guastaferro, Trini Alvarado, Michael Moriarty, Mike Starr, Michael Russo, Hank Azaria.

Frank Nitti (Anthony LaPaglia) é um imigrante italiano que ao fazer amizade com o notório gângster Al Capone (Vincent Guastaferro) se torna seu braço direito no mundo do crime da Chicago dos anos trinta. 

Este longa produzido para a tv claramente foi inspirado no sucesso que o clássico “Os Intocáveis” dirigido por Brian DePalma no ano anterior. Por incrível que pareça, aqui a história de Nitti é contada bem mais próxima da realidade, porém de uma forma rasa. É quase impossível detalhar mais profundamente os diversos acontecimentos marcantes da vida do criminoso em uma hora e meia de duração. 

O elenco também é fraco, principalmente o canastrão Vincent Guastaferro interpretando Al Capone, enquanto Anthony LaPaglia sempre foi um ator de expressão única, ou seja, longe do ideal para interpretar um personagem complexo.

A Garota Artificial

 

A Garota Artificial (The Artifice Girl, EUA, 2023) – Nota 7
Direção – Franklin Ritch
Elenco – Tatum Matthews, Lance Henriksen, Franklin Ritch, Sinda Nichols, David Girard.

Dividido em três atos em épocas distintas, esta ficção com cara de teatro filmado coloca em discussão o polêmico tema dos limites da inteligência artificial. A proposta do roteiro foge do lugar comum do gênero ao focar principalmente no drama e nos conflitos pessoais e profissionais que podem surgir com o avanço desta tecnologia. 

É bastante interessante o futuro deste avanço imaginado pelo diretor, roteirista e também ator Franklin Ritch, que coloca em discussão temas sobre liberdade de escolha e desejos pessoais. Não espere ação ou suspense, o ponto principal são os diálogos que podem não agradar quem busca um filme mais convencional. 

Vale a sessão para quem deseja entender um pouco sobre o tema e pensar como isso pode impactar nossa vidas em um futuro bem próximo.

O Valor da Vida, Tensão & Uma Vida Quase a Dois

 

O Valor da Vida (My Name Is Bill W., EUA, 1989) – Nota 7,5
Direção – Daniel Petrie
Elenco – James Woods, James Garner, Jobeth Williams, Fritz Weaver, Robert Harper, Gary Sinise, George Coe.

Nova York, anos vinte. Bill Wilson (James Woods) trabalha como corretor na Bolsa de Valores e também abusa da bebida. Quando acontece a chamada “Crise de 1929”, ele perde todo seu dinheiro e se entrega de vez a bebida. O destino o faz cruzar o caminho do médico Robert Holbrook Smith (James Garner), que também é alcoólatra. A vida leva a dupla a criar um grupo de apoio, que mais tarde se tornaria o famoso “Alcoólicos Anônimos”, o AA. 

Este sensível e doloroso filme produzido para a tv foca em sua maior parte na vida de Bill Wilson antes do AA, detalhando como sua carreira e seus relacionamentos pessoais foram abalados pelo vício na bebida. Destaque para a grande atuação de James Woods que rendeu um Prêmio Emmy.

Tensão (The Boost, EUA, 1988) – Nota 6,5
Direção – Harold Becker
Elenco – James Woods, Sean Young, John Kapelos, Steven Hill, Grace Zabriskie, John Rothman,

Lenny Brown (James Woods) é um ganancioso corretor de imóveis que se muda para a Califórnia com o objetivo de fazer fortuna. Junto com o sócio Joel (John Kapelos), Lenny começa a usar cocaína e aproveitar a vida ao lado da esposa Linda (Sean Young). Quando o negócio entra em crise, a vida de Lenny também começa a afundar. 

O roteiro deste longa segue o formato de ascensão e queda comum aos viciados que por algum momento conseguem ganhar muito dinheiro e gastam como se não houvesse amanhã. James Woods consegue transmitir com talento os altos e baixos do personagem, diferente da fraca atuação da bela Sean Young como sua esposa.

Uma Vida Quase a Dois (The Boys, EUA, 1991) – Nota 6,5
Direção – Glenn Jordan
Elenco – James Woods, John Lithgow, Joanne Gleason, Eve Gordon, Alan Rosenberg.

Walter (James Woods) e Artie (John Lithgow) são roteiristas que trabalham juntos há muito tempo. Quando Walter descobre ter um tumor no pulmão, o fato abala Artie, principalmente por ele ser fumante e muito provavelmente o causador da doença no amigo. Walter tentará colocar sua vida em ordem antes de partir. 

Este doloroso drama é inspirado em uma história real de dois roteiristas que eram parceiros. O roteiro tem como ponto principal a força da amizade, quando ela é posta à prova em momento de profunda crise. Destaque para as atuações de James Woods e John Lithgow.

O Pastor

 

O Pastor (The Shepherd, EUA / Inglaterra, 2023) – Nota 5,5
Direção – Iain Softley
Elenco – Ben Radcliffe, John Travolta, Steve Mackintosh, Simon Wilson.

Em uma base aérea inglesa na Alemanha na véspera do Natal de 1957, o jovem piloto Freddie (Ben Radcliffe) tem a chance de voltar para casa. O que ele não esperava são os problemas que terá de enfrentar durante o voo e o que o destino lhe reserva. 

Fica difícil até comentar este curta metragem de trinta e nove minutos baseado em uma história do escritor Frederick Forsyth. O título já entrega parte da história, que em pouco menos da metade o espectador acostumado as surpresas do cinema descobrirá facilmente o que aconteceu. 

A produção é muito bem cuidada e o simbolismo da história com o milagre de Natal é um acerto, porém o pouco tempo de duração e o roteiro previsível resultam em uma obra totalmente esquecível.

Natal em 8 Bits

 

Natal em 8 Bits (8-Bit Christmas, EUA, 2021) – Nota 7
Direção – Michael Dowse
Elenco – Neil Patrick Harris, Winslow Fegley, Steve Zahn, June Diane Raphael, Bellaluna Resnick, Sophia Reid Gantzert, David Cross.

Para convencer sua filha pré-adolescente de que não lhe dará um celular de presente de Natal, Jake (Neil Patrick Harris) decide contar uma história de sua infância nos anos oitenta, quando ao lado de seus amigos criou uma série de confusões para tentar comprar um videogame, que era seu sonho de Natal. 

Em flahsbacks, vemos a vida de Jake (Winslow Fegley) numa típica infância dos anos oitenta ao lado dos pais (Steve Zahn e June Diane Raphael), da irmã menor (Sophia Reid Gantzert) e dos amigos da escola. 

Este simpático longa de Natal faz uma paralelo entre a vida das crianças atuais com as dos anos oitenta, dando ênfase à época em que tudo era mais simples. As sequências com as crianças seguem o estilo de obras de sucesso como “Stranger Things”, repleta de aventuras, correria e um pouco drama, deixando ainda a lição da importância da família na vida de toda criança.

Dinheiro Fácil

 

Dinheiro Fácil (Dumb Money, EUA, 2023) – Nota 7
Direção – Craig Gillespie
Elenco – Paul Dano, Pete Davidson, Seth Rogen, Shaylene Woodley, Vincent D’Onofrio, America Ferrera, Myha’la Herrold, Nick Offerman, Anthony Ramos, Talia Ryder, Sebastian Stan, Kate Burton, Clancy Brown, Rushi Kota, Larry Owens, Dane DeHaan, Olivia Thirlby.

Em 2001, Keith Gill (Paul Dano) utiliza suas horas vagas para postar vídeos sobre investimentos, inclusive mostrando para os seguidores sua carteira de ações. Quando ele decide apostar cinquenta mil dólares em ações de uma empresa decadente chamada GameStop, o fato chama a atenção de vários pequenos investidores que seguem o mesmo caminho, elevando o valor das ações e transformando em desespero a vida dos administradores do fundo que terão de bancar uma enorme quantia quando as ações forem vendidas. 

Este longa baseado em uma história real que tomou proporções enormes é detalhada de forma divertida e também com uma simplicidade nos detalhes que até mesmo quem não conhece o mercado de ações vai entender a situação. 

Muitas pessoas olham para o filme como uma luta de pobres contra milionários, quando na verdade o que vemos é a busca pela fortuna que se casa perfeitamente com o famoso meme em que um sujeito pergunta para várias pessoas quem odeia os ricos e todos levantam as mãos. Ao perguntar quem deseja ficar rico, também todos levantam as mãos também. 

Destaque para a narrativa, a montagem criativa e o elenco, principalmente o protagonista de Paul Dano, seu irmão rebelde vivido por Pete Davidson e a enfermeira apostadora de America Ferrera.

Ninguém Vai Te Salvar

 

Ninguém Vai Te Salvar (No One Will Save You, EUA, 2023) – Nota 6
Direção – Brian Duffield
Elenco – Kaitlyn Dever.

Brynn (Kaitlyn Dever) é um jovem solitária que vive em uma bela casa isolada nos arredores de uma típica cidade do interior americano. Em uma noite qualquer, ela acorda com barulhos e encontra um alienígena dentro de sua casa. É o início da luta pela sobrevivência. 

Este curioso longa escrito e dirigido pelo quase desconhecido Brian Duffield começa de forma intrigante ao criar algumas boas sequências de suspense entre a protagonista e o alienígena. A escolha de não utilizar diálogos, deixando a narrativa fluir com imagens, sons e luzes é ao mesmo tempo criativa e cansativa. 

Os problemas surgem quando o roteiro coloca em cena o porquê do isolamento da garota e seus traumas, mudando o foco de uma ficção com suspense para criar quase um drama que leva até um final que deixa bastante a desejar. 

A ótima premissa tinha tudo para render um filme muito melhor.

Os Mercenários 4

 

Os Mercenários 4 (Expend4bles, EUA, 2023) – Nota 6
Direção – Scott Waugh
Elenco – Sylvester Stallone, Jason Statham, Curtis “50 Cent” Jackson, Megan Fox, Andy Garcia, Dolph Lundgren, Tony Jaa, Iko Uwais, Randy Couture, Jacob Scipio, Levy Tran.

Um grupo terrorista liderado por Rahmat (Iko Uwais) rouba artefatos para construção de uma bomba nuclear que estavam escondidos em um antigo laboratório na Libia. Para evitar a 3º Guerra Mundial, a equipe de mercenários comandada por Barney Ross (Sylvester Stallone) entra em ação. 

Este quarto longa da franquia é com certeza o mais fraco, apesar das ótimas sequências de ação. A habitual trama absurda semelhante aos filmes anteriores se mostra pior pela decisão de não utilizar Stallone nas cenas de ação. Talvez pela idade do ator que está com setenta e sete anos, o protagonismo na porradaria foi repassado para Jason Statham. 

O elenco de apoio também é o mais fraco da franquia, com as participações de Andy Garcia e Megan Fox valendo apenas pelo nome e com algum destaque para o desempenho nas lutas dos astros orientais do gênero Iko Uwais e Tony Jaa. 

Não sei se a franquia terá fôlego e ideias para seguir,

Os Últimos Foras da Lei & A Vida Por um Dólar

 

Os Últimos Foras da Lei (The Last Outlaw, EUA, 1993) – Nota 6,5
Direção – Geoff Murphy
Elenco – Mickey Rourke, Dermot Mulroney, Ted Levine, John C. McGinley, Steve Buscemi, Keith David, Daniel Quinn, Gavan O’Herlihy, Richard Fancy, Paul Ben Victor.

Uma quadrilha invade uma cidade para assaltar um banco, porém entra em confronto com o xerife e seus assistentes. O líder da quadrilha (Mickey Rourke) é ferido e termina abandonado por seus comparsas que fogem com o dinheiro. O sujeito sobrevive e segue o rastro dos seus novos inimigos em busca de vingança. 

Esta faroeste dirigido pelo neozelandês Geoff Murphy explora uma típica história de vingança comum ao gênero, porém aumentando a dose de violência nas sequências de ação. O ritmo agitado, estas sequências de violência e o elenco recheado de coadjuvantes conhecidos resultam em um bom western.

A Vida Por um Dólar (Dollar for the Dead, EUA, 1998) – Nota 5,5
Direção – Gene Quintano
Elenco – Emilio Estevez, William Forsythe, Jonathan Banks, Howie Long, Jordi Molla, Joaquim de Almeida, Ed Lauter.

Um pistoleiro (Emilio Estevez) mata o filho de um fazendeiro durante um conflito. Perseguido pelo sujeito e seus capangas, o pistoleiro se une a um ex-soldado que tem um mapa do tesouro, que também é algo que soldados da União e um batalhão de soldados espanhóis desejam. 

Esta produção para tv tem uma narrativa que lembra os antigos westerns spaghetti ao colocar um protagonista sem nome em busca de ouro e sendo perseguido por diversos personagens, resultando em uma obra previsível e irregular. 

Prisioneiro da Madrugada

 

Prisioneiro da Madrugada (La Noche Más Larga, Espanha, 2022) – Nota 6
Direção – Óscar Pedraza & Moisés Ramos
Elenco – Alberto Ammann, Luis Callejo, Bárbara Goneaga, José Luís Garcia Pérez, Roberto Álamo, Daniel Albaladejo, Cecilia Freire, Laia Manzanares, Alejandro Tous.

Uma serial killer (Luis Callejo) é preso pela polícia e ao invés da delegacia, o sujeito é levado para passar a noite em um local que é uma mistura de prisão e instituição psiquiátrica. O objetivo verdadeiro manipulado por um poderoso é enviar um grupo de mercenários para invadir o local e matar o assassino. É o início de uma noite de terror em que também os detentos percebem que o caos é uma chance de fuga. 

Vendida como uma minissérie em seis episódios, esta obra que começa de forma bastante promissora na verdade não tem um final, deixando a trama pela metade e com o espectador sem saber se haverá uma sequência. 

Outro problema é que mesmo com personagens marcantes, principalmente entre os detentos e fortes sequências de violência, a minissérie perde tempo com algumas situações desinteressantes e escolhas sem sentido como a presença dos filhos do diretor dentro da prisão. 

Claramente faltou um roteiro um pouco melhor e a clareza de divulgar o produto como uma provável série com outras temporadas.

Fubar

 

Fubar (FUBAR, EUA, 2023)
Criador – Nick Santora
Elenco – Arnold Schwarzenegger, Monica Barbaro, Milan Carter, Gabriel Luna, Fortune Feimster, Travis van Winkle, Fabiana Udenio, Jay Baruchel, Barbara Eve Harris, Aparna Brielle, Scott Thompson, Devon Bostick, Tom Arnold.

Luke Brunner (Arnold Schwarzenegger) é um veterano agente da CIA prestes a se aposentar. Seu objetivo no momento é reconquistar a ex-esposa para quem nunca contou a verdade sobre sua profissão. O desejo de Luke é adiado ao descobrir que sua filha Emma (Monica Barbaro) também é uma agente da CIA. Juntos na mesma equipe, eles precisam deter um terrorista (Gabriel Luna) que pretende fabricar uma bomba nuclear. 

Esta série misturando ação e comédia tem a cara dos anos noventa. São sequências de ação explosivas, diálogos engraçadinhos, drama familiar e situações absurdas com personagens que são puro clichê. 

O interessante é que isso funciona e vai agradar quem gosta de ação despretensiosa. É aquele tipo de passatempo que diverte sem precisar fazer o espectador pensar. A sequência final deixa um enorme gancho para uma segunda temporada, com as portas abertas para criar uma trama ainda mais divertida.

BlackBerry

 

BlackBerry (BlackBerry, Canadá. 2023) – Nota 7
Direção – Matt Johnson
Elenco – Jay Baruchel, Glenn Howerton, Matt Johnson, Cary Elwes, Michael Ironside, Rich Sommer, Martin Donovan, Saul Rubinek, SungWon Cho,

Canadá, 2002. Mike Lazaridis (Jay Baruchel) e seu amigo Doug Fregin (Matt Johnson) são nerds que criaram um protótipo de telefone celular com teclado acoplado que consegue enviar e-mails. Mesmo sem talento para apresentar o projeto, eles terminam chamando a atenção do executivo canalha Jim (Glenn Howerton), que não entende de tecnologia, mas é expert em negócios. Juntos eles tentam produzir e alavancar a venda dos celular batizado como BlackBerry. 

Este longa é baseado em uma história real, porém através de situações e diálogos fictícios criados pela imaginação do diretor e roteirista Matt Johnston. A ideia é mostrar Lazaridis e Fregin como adultos que agem como adolescentes, com o primeiro sendo extremamente inseguro e manipulável, enquanto o segundo é o típico moleque rebelde que adora games. O terceiro elo da empresa foi mostrar Jim como um obcecado por sucesso e dinheiro a qualquer preço. Estes personagens exagerados se casam bem com a narrativa que beira a comédia em vários momentos. 

A história real é mais uma daquelas que deixam claro que o sucesso de algo novo muitas vezes tem data de validade, quando concorrentes buscam inovações e atropelam quem acreditava dominar o mercado.

Vingança Fatal & Treinamento Brutal

 

Vingança Fatal ou Favela (Falcon Rising, EUA, 2014) – Nota 6
Direção – Ernie Barbarash
Elenco – Michael Jai White, Neal McDonough, Jimmy Navarro, Millie Ruperto, Lateef Crowder, Masashi Odate, Hazuki Kato, Laila Ali.

Chapman (Michael Jai White) é um fuzileiro naval aposentado que está sem rumo na vida. Quando sua irmã (Laila Ali), que vive no Brasil, é espancada e deixada em coma, ele viaja para o país em busca de vingança contra os responsáveis pelo crime. 

Este agitado filme de ação com um roteiro que coloca a trama no Brasil, na verdade foi filmado em Porto Rico com vários atores latinos falando um falso português com sotaque. Isso e nem o roteiro repleto de clichês atrapalham a diversão para quem gosta de filmes de ação B com ênfase na porradaria. O astro do gênero Michael Jai White mostra seu talento nas lutas em várias sequências. Como curiosidade, a irmã do protagonista é interpretada por Laila Ali, filho do mítico boxeador Muhammad Ali.

Treinamento Brutal (As Good as Dead, México, 2022) – Nota 5
Direção – R. Ellis Frazier
Elenco – Michael Jai White, Luca Oriel, Guillermo Ivan, Gabriela Quezada, Tom Berenger, Louis Mandylor, Michael Copon, Roberto Sanchez.

Bryant (Michael Jai White) vive em uma casa isolada no interior do México. Quando um jovem (Luca Oriel) se aproxima para aprender a lutar e se torna seu pupilo, não demora para o passado de Bryant vir à tona. 

O roteiro mistura a premissa de “Karatê Kid” com os filmes B sobre cartéis mexicanos. O treinamento do jovem em versão expressa não convence, principalmente pelas lutas em que ele entra em ação. Os destaques ficam para as demais sequências de ação com Michael Jai White descendo a porrada nos bandidos e no curioso diálogo sobre filmes de ação entre ele e o personagem de um traficante.

Retorno a Seul

 

Retorno a Seul (Retour à Séoul, França / Alemanha / Bélgica / Coreia do Sul / Romênia / Camboja / Catar, 2022) – Nota 7
Direção – Davy Chou
Elenco – Park Ji Min, Oh Kwang Rok, Guka Han, Kim Sun Young, Yoann Zimmer, Louis-Do de Lencquesiang.

Aos vinte e cinco anos de idade, a francesa Freddie (Park Ji Min), que foi adotada por um casal francês quando criança, viaja para sua terra natal, a Coreia do Sul. Ao fazer amizade com a dona de uma pousada (Guka Han), ela decide procurar seus pais biológicos, dando início a uma complexa jornada de vida. 

Este drama tem uma primeira hora bastante interessante ao mostrar aos poucos a personalidade da protagonista e sua dificuldade em entender os costumes locais. Na segunda parte o roteiro explora alguns pulos no tempo e cria uma complexidade ainda maior nas atitudes de Freddie. E também entrega uma certa irregularidade na narrativa. 

A história é uma versão da vida da autora do roteiro Laure Badlufe, que deixa claro como a situação de ter sido abandonada e adotada moldou sua personalidade e seu caráter. É um filme diferente, quase uma sessão de terapia da escritora.

Clube de Assassinos

 

Clube de Assassinos (Assassin Club, EUA / Itália, 2023) – Nota 5
Direção – Camille Delamarre
Elenco – Henry Golding, Noomi Rapace, Sam Neill, Daniele Melchior, Jimmy Jean Louis, Anastasia Doaga, Claudio Del Falco, Gabriele Rossi, Sheena Hao.

Morgan Ganes (Henry Golding) é um assassino profissional que pretende abandonar a carreira para viver com sua namorada Sophie (Daniele Melchior). Seu desejo é adiado quando recebe a missão de matar seis outros assassinos, que também tem ele como alvo. 

Este longa de ação claramente tenta surfar no sucesso da franquia “John Wick”, porém com um nível de qualidade muito abaixo. A premissa é até interessante ao criar uma caçada entre assassinos e usar como locações cidades da Europa, principalmente em Roma. 

O maior problema é o roteiro que desenvolve a premissa de uma forma bastante confusa, com soluções fáceis e um final péssimo. O elenco também não convence, com atuações canastronas de Noomi Rapace e Sam Neill, além do inexpressivo Henry Golding como protagonista.

Frank e Jesse: Fora da Lei & Jovens Justiceiros

 

Frank e Jesse: Fora da Lei (Frank & Jesse, EUA, 1994) – Nota 6
Direção – Robert Boris
Elenco – Rob Lowe, Bill Paxton, Randy Travis, Dana Wheeler Nicholson, Maria Pitillo, Luke Askew, Sean Patrick Flanery, Todd Field, William Atherton, Alexis Arquette.

Ao retornarem para cara após o final da Guerra Civil Americana, os irmãos Jesse James (Rob Lowe) e Frank (Bill Paxton) descobrem que seu pai e seu irmão foram assassinados. Eles se juntam aos irmãos Younger e formam uma quadrilha para assaltar bancos e trens. 

Esta foi mais uma versão da vida de Jesse James que foi levada às telas em um época em que o western voltou à cena após os sucessos de “Dança com Lobos” e “Os Imperdoáveis”. O filme segue a fórmula clássica do gênero com sequências de tiroteios competentes, violência e algumas pitadas de romance.

Jovens Justiceiros (American Outlaws, EUA, 2001) – Nota 6
Direção – Les Mayfield
Elenco – Colin Farrell, Scott Caan, Ali Larter, Gabriel Macht, Will McCormack, Gregory Smith, Harris Yulin, Timothy Dalton, Terry O’Quinn, Ronny Cox, Kathy Bates.

Após a Guerra Civil Americana, com a estrada de ferro avançando sobre uma pequena cidade, um grupo de jovens liderados por Jesse James (Colin Farrell) formam uma bando para enfrentar os poderosos e roubar bancos. 

Este longa é quase uma versão adolescente da lenda de Jesse James e sua quadrilha. São algumas boas sequências de ação, diálogos ágeis e até romance para agradar um público mais amplo. É basicamente uma sessão da tarde divertida e totalmente esquecível.

Vingança Pelo Passado

 

Vingança Pelo Passado (Rimembeo, Coreia do Sul, 2022) – Nota 7,5
Direção – Il Hyeong Lee
Elenco – Lee Sung Min, Nam Joo Hyuk, Man Sik Jeong, Je Mun Yun, Moon Chang Gil, Kim Hong Pa.

Pil Ju (Lee Sung Min) é um senhor de oitenta anos que sofre de Alzheimer e que após a morte da esposa decide colocar em prática seu plano de vingança que está adormecido, tendo ajuda involuntária de um jovem colega de trabalho (Nam Joo Hyuk). Ele perdeu toda sua família durante a invasão japonesa (1910 a 1945) e alguns dos culpados ainda estão vivos. 

Este competente filme sul-coreano utiliza a premissa que deu certo em outros bons longas como “Memórias Secretas” com Christopher Plummer e o belga “O Caso Alzheimer” de Erik Van Looy. 

O protagonista vivido por Lee Sung Min utiliza de lembretes em papel, tatuagens nos dedos e gatilhos que o fazem seguir em frente em sua busca por vingança. As sequências de violência são criativas e o final entrega uma pequena surpresa. 

É mais um bom filme policial sul-coreano.

Círculo Fechado

 

Círculo Fechado (Full Circle, EUA, 2023) – Nota 6
Direção – Steven Soderbergh
Elenco – Claire Danes, Zazie Beetz, Timothy Olyphant, Jim Gaffigan, CCH Pounder, Dennis Quaid, Phaldut Sharma, Adia, Sheyi Cole, Gerald Jones, Suzanne Savoy, Kareem Savinon, Lucian Zanes, Happy Anderson, William Sadler, Danny Hoch.

O sequestro de um adolescente de uma rica família de Nova York encomendado pela chefe de uma quadrilha de lavagem de dinheiro não termina como o esperando, dando início a uma complexa investigação do FBI junto com agentes do serviço postal. 

Esta minissérie em seis episódios começa de forma intrigante principalmente por causa da inusitada motivação do sequestro, porém o desenvolvimento da história é confuso, com diversos personagens escondendo segredos e buscando vingança. 

Alguns personagens irritantes como a investigadora vivida por Zazie Beetz e o chef celebridade interpretado por Dennis Quaid também não ajudam. Os melhores do elenco são Claire Danes vivendo a mãe do adolescente e Jim Gaffigan como o canalha chefe da investigação. 

É uma minissérie que desperdiça a ótima premissa.

O Protetor: Capítulo Final

 

O Protetor: Capítulo Final (The Equalizer 3, EUA / Itália, 2023) – Nota 7
Direção – Antoine Fuqua
Elenco – Denzel Washington, Dakota Fanning, Eugenio Mastrandrea, David Denman, Gaia Scodellaro, Remo Girone, Andrea Scarduzio, Andrea Dodero.

Após eliminar uma quadrilha de traficantes na Sicília, no sul da Itália, o ex-agente da CIA Robert McCall (Denzel Washington) sai ferido e termina recebendo a inesperada ajuda de um policial e de um médico em uma pequena cidade da região. Enquanto se recupera, Robert percebe que os moradores do local sofrem com a extorsão cometida por membros da Camorra, a Máfia Napolitana, situação que o fará repensar sua aposentadoria. 

Este longa que muito provavelmente fecha uma trilogia mantém a qualidade dos filmes anteriores, tanto na história que apesar de não ter surpresas é bem amarrada, quanto nas sequências de violência e no carisma do sempre ótimo Denzel Washington. As locações no sul da Itália são outro destaque. 

Vale citar que Denzel Washington e Dakota Fanning que aqui interpreta uma agente novata da CIA trabalharam juntos em 2004 no bom filme “Chamas da Vingança”, em que o ator também interpretava um ex-agente da CIA que era contratado para ser segurança da então garotinha vivida pela atriz.

Busca Mortal & Chantagem Fatal

 

Busca Mortal (Shattered, EUA, 1991) – Nota 7
Direção – Wolfgang Petersen
Elenco – Tom Berenger, Bob Hoskins, Greta Scacchi, Joanne Whalley Kilmer, Corbin Bernsen.

Após sofrer um acidente de carro, Dan (Tom Berenger) sofre vários traumas físicos e também psicológicos ao perder a memória. Tentando retomar a vida com a esposa (Greta Scacchi), ele começa a desconfiar que foi a enganado de alguma forma. Ao contratar um detetive particular (Bob Hoskins), aos poucos Dan começará a descobrir a verdade. 

Este esquecido suspense é um dos vários bons filmes dirigidos pelo alemão Wolfgang Petersen. Os segredos que os personagens ao redor do protagonista escondem, o clima de traição e a reviravolta final resultam numa competente obra indicada para os fãs do gênero.

Chantagem Fatal (Blind Side, EUA / México, 1993) – Nota 6
Direção – Geoff Murphy
Elenco – Rutger Hauer, Rebecca DeMornay, Ron Silver, Jonathan Banks, Mariska Hargitay.

Um casal (Ron Silver e Rebecca DeMornay) que viaja pelas estradas do México atropela um sujeito. Ao confirmar que o homem está morto e que ele deve ser um policial, o casal decide fugir e voltar para os EUA. Tempos depois, um desconhecido (Rutger Hauer) procura o casal e diz saber que algo aconteceu no México. É o início do inferno na vida de marido e esposa. 

Este suspense produzido para a tv e dirigido pelo neozelandês Geoff Murphy tem um ponto de partida intrigante e um desenvolvimento que segue o estilo dos filmes do gênero dos anos oitenta e noventa, inclusive com vários furos no roteiro. O destaque fica para Rutger Hauer interpretando um psicopata charmoso, papel que repetiu várias vezes na carreira.

A Chamada

 

A Chamada (Retribution, França / Alemanha / Espanha / EUA, 2023) – Nota 5,5
Direção – Nimród Antal
Elenco – Liam Neeson, Noma Dumezweni, Embeth Davidtz, Matthew Modine, Jack Champion, Lilly Aspell, Arian Moayed.

Em Berlim, o executivo de investimentos Matt Turner (Liam Neeson) ao levar os filhos para a escola recebe uma ligação de um estranho que diz ter colocado uma bomba em seu carro. Desesperado, Matt é obrigado a seguir as instruções do sujeito enquanto pensa em como poderá salvar sua vida e a dos filhos. 

Este longa é uma refilmagem da produção espanhola “El Desconocido” de 2015 que tinha Luís Tosar como protagonista. A trama é praticamente a mesma, porém as sequências de perseguição do original são melhores, assim como o clima de suspense. 

Os dois filmes tem vários furos no roteiro, a diferença é que o primeiro é mais agitado e também original, mesmo utilizando elementos de longas famosos como “Velocidade Máxima” e “Por Um Fio”. 

Se você viu o original espanhol, não perca tempo com esta refilmagem.

Tiozões

 

Tiozões (Old Dads, EUA, 2023) – Nota 6,5
Direção – Bill Burr
Elenco – Bill Burr, Bobby Cannavale, Bokeem Woodbine, Katie Aselton, Reign Edwards, Jackie Tohn, Miles Robbins, Rachael Harris, Justin Miles, C. Thomas Howell, Bruce Dern.

Três amigos na faixa dos cinquenta anos (Bill Burr, Bobby Cannavale e Bokeem Woodbine) enfrentam o desafio de ser pai tardiamente. Eles também vendem a empresa que são sócios para uma startup, continuam trabalhando, porém entram em conflito com os pensamentos e atitudes completamente diferentes da nova geração. 

Esta comédia dirigida por Bill Burr, famoso por trabalhar também com stand-up, brinca com o atual conflito de gerações de uma forma bastante crítica. O roteiro bate forte na hipocrisia generalizada que dominou o mundo, em que as aparências são mais valorizadas do que as atitudes e a verdade não pode ser dita porque ofende. 

Está longe de ser um grande filme, mas vale como uma pequena análise do mundo atual.

Dragão Verde

 

Dragão Verde (Green Dragon, EUA, 2001) – Nota 6
Direção – Timothy Linh Bui
Elenco – Patrick Swayze, Forest Whitaker, Duong Don, Hieo Thi Le.

Em 1975, um grande número de refugiados do Vietnã migram para os EUA fugindo da guerra e são acolhidos em um campo na Califórnia. Enquanto acompanham as notícias do final da guerra e esperam conseguir a liberação para viver no país, eles tentam levar uma vida mais próximo possível do normal. 

Este drama foca na complicada situação de pessoas que precisam recomeçar do zero em um novo país, enfrentando enormes obstáculos que começam com a diferença da língua. 

O roteiro coloca como personagens principais um garotinho de seis anos que junta com a irmãzinha espera a chegada da mãe que ficou no Vietnã e no tio destas crianças que se torna uma espécie de líder informal do campo. 

As participações de Patrick Swayze como um sargento e de Forest Whitaker interpretando um cozinheiro são pequenas e com o objetivo de mostrar a solidariedade em momentos difíceis. 

Mesmo com estes pontos interessantes, o filme jamais decola. A narrativa é morna até mesmo nas sequências que deveriam ser mais emocionantes.

A Freira 2

 

A Freira 2 (The Nun II, EUA, 2023) – Nota 5
Direção – Michael Chaves
Elenco – Taissa Farmiga, Jonas Bloquet, Storm Reid, Anna Popplewell, Bonnie Arons, Katelyn Rose Downey, Suzanne Bertish.

Nesta sequência, a história se passa quatro anos depois do original na França em 1956, em um internato feminino onde o espírito da freira assassina reaparece. Sobrevivente da luta contra o mesmo demônio, a irmã Irene (Taissa Farmiga) é enviada pelo Vaticano para enfrentá-lo novamente. 

Esta sequência tem mais ação e violência do que original que era mais sinistro, porém a qualidade do roteiro continua ruim. A história é confusa, parecendo ser apenas uma desculpa para as aparições da freira assassina. 

A boa atriz Taissa Farmiga não compromete, mas claramente não tem força para segurar a trama sem o clássico padre exorcista comum neste tipo de filme, papel que foi de Demian Bichir no original. Os coadjuvantes também são fracos, inclusive a personagem de Storm Reid que se mostra totalmente sem importância na trama.

Perigo na Noite, Seduzido Pelo Perigo & Ritual de Sangue

 

Perigo na Noite (Someone to Watch Over Me, EUA, 1988) – Nota 6,5
Direção – Ridley Scott
Elenco – Tom Berenger, Mimi Rogers, Lorraine Bracco, Jerry Orbach, John Rubinstein, Andreas Katsulas, Mark Moses, Daniel Hugh Kelly, Harley Cross.

Mike (Tom Berenger) é um policial respeitado casado com Ellie (Lorraine Bracco) e pai de um garoto. Quando ele recebe a missão de proteger a socialite Claire (Mimi Rogers), que está ameaçada por ter testemunhado um mafioso (Andreas Katsulas) cometendo um assassinato, as diferenças de classe social e de estilo de vida não impedem que aos poucos os dois iniciem um relacionamento proibido. 

Na época, este filme foi lançado com uma grande expectativa de sucesso, muito por ser o primeiro trabalho com uma temática adulta após Ridley Scott ter dirigido “Blade Runner” seis anos antes. Entre os dois ele comandou a fantasia infanto-juvenil “A Lenda” que fracassou. 

Este “Perigo na Noite” teve uma recepção morna, muito por ser um filme que mesmo com uma bela produção e uma ótima fotografia, o roteiro explora uma história básica de traição e praticamente não entrega ação alguma. 

Existia também a curiosidade por ser o primeiro papel de destaque da atriz Mimi Rogers, que estava na mira da imprensa por ter se casado com Tom Cruise no ano anterior. Mesmo na ativa até hoje, a atriz seguiu uma carreira apenas mediana. 

Vale citar a participação de Jerry Orbach como o tenente de polícia, lembrando que pouco tempo depois o ator seria escalado para o papel do detetive Lennie Briscoe na série “Law & Order” em que trabalhou por quatorze anos até falecer em 2004.

Seduzido Pelo Perigo (Body Language, EUA, 1995) – Nota 5,5
Direção – George Case
Elenco – Tom Berenger, Nancy Travis, Heidi Schanz, Dayton Callie, Robert Patrick.

Gavin (Tom Berenger) é um advogado que defende um chefão da máfia (Dayton Callie), porém termina se envolvendo com a bela esposa do criminoso (Heidi Schanz), que o convence a participar de um plano para matar o marido. 

Suspense com toques de erotismo com trama noir requentada que remete a dezenas de filmes semelhantes dos anos noventa. Esta foi uma das várias escolhas ruins do ator Tom Berenger. Destaque para a beleza das atrizes Nancy Travis e Heidi Schanz.

Ritual de Sangue (Last Rites, EUA / México, 1988) – Nota 5,5
Direção – Donald P. Bellisario
Elenco – Tom Berenger, Daphne Zuniga, Chick Vennera, Anne Twomey, Paul Dooley, Adrian Paul.

Quando a esposa de um mafioso mata seu marido adúltero, a jovem amante Angela (Daphne Zuniga) foge e procura abrigo na igreja do padre Michael (Tom Berenger). A princípio ingênuo, o padre acredita na jovem e aos poucos não consegue controlar sua atração. 

Escrito e dirigido por Donald P. Bellisario, famoso produtor e roteirista de séries clássicas como “Magnum” e “Kojak”, este longa tem uma premissa que tenta ser polêmica ao explorar a luta do padre contra suas tentações, além da relação com os criminosos que convivem ao seu redor, porém o desenvolvimento da história e as poucas sequências de violência deixam bastante a desejar.

Jogos Mortais X

 

Jogos Mortais X (Saw X, EUA / México / Canadá, 2023) – Nota 6,5
Direção – Kevin Greutert
Elenco – Tobin Bell, Shawnee Smith, Sinnove Macody Lund, Steven Brand, Renata Vaca, Joshua Okumoto, Octavio Hinojosa, Paulette Hernandez, Michael Beach, Costas Mandylor.

Diagnosticado com um tumor no cérebro que não pode ser operado, John Kramer (Tobin Bell), que na verdade é o assassino Jigsaw, descobre que uma médica oferece um tratamento inovador para estes casos, porém em uma região isolada no México. Ele busca a ajuda, mas terá uma surpresa que o fará novamente seu talento como psicopata entrar em ação. 

Este novo longa da franquia cria uma história que se passa entre as tramas do filmes um e dois. Claramente foi uma forma de manter o protagonista vivido por Tobin Bell na franquia. Lógico que o filme tem absurdos e falhas no roteiro, mas por outro lado vai agradar aos fãs da franquia por causa das armadilhas extremamente sangrentas. 

Um dos pontos altos de todos os filmes da série é a rápida sequência final em que a trama é explicada em poucas imagens ao som da marcante trilha sonora. 

Tirando o ótimo original e o segundo longa, os demais filmes da série podem ser considerados guilty pleasures para os fãs de terror.

Steeltown Murders

 

Steeltown Murders (Steeltown Murders, Inglaterra, 2023) – Nota 7
Direção – Marc Evans
Elenco – Philip Glenister, Steffan Rhodri, Scott Arthur, Keith Allen, Aneurin Barnard, Richard Harrington, Sion Alun Davies, Nia Roberts, Karen Paullada.

País de Gales, 1973. Duas adolescentes são encontradas mortas em um bosque com sinais de abuso. Uma equipe é formada para investigar o crime. O então detetive novato Paul Bethell (Scott Arthur) acredita que o assassinato de uma terceira jovem em uma região próxima tenha sido cometido pelo mesmo sujeito, porém sua tese é ignorada. 

Quase trinta anos depois, com o advento dos exames de DNA, o caso é reaberto e Paul (agora vivido por Philip Glenister) tem uma nova chance de descobrir quem é o assassino. 

Este minissérie em quatro episódios detalha um caso real que se tornou pioneiro na forma como a então novidade dos exames de DNA passaram a ser utilizados neste tipo de investigação. Não espere ação ou violência, o foco da série é a investigação e o drama envolvendo policiais, suspeitos e familiares das vítimas. 

O protagonista vivido por Philip Glenister é o típico investigador que faz tudo o que é possível para tentar solucionar o caso que o assombrou por toda a carreira.

A Nona Configuração

 

A Nona Configuração (The Ninth Configuration, EUA, 1980) – Nota 6,5
Direção – William Peter Blatty
Elenco – Stacy Keach, Scott Wilson, Jason Miller, Ed Flanders, Neville Brand, George DiCenzo, Moses Gunn, Robert Loggia, Joe Spinell, Alejandro Rey, Tom Atkins, Steve Sandor, Richard Lynch, William Lucking.

Em um castelo isolado na região de New England, o coronel Kane (Stacy Keach) é um psiquiatra que assume o tratamento de vários militares que sofrem de distúrbios psicológicos diversos, Usando técnicas pouco ortodoxas, aos poucos Kane consegue passar confiança para alguns pacientes, ao mesmo tempo em que ele mesmo começa a sofrer por causa de traumas passados e da convivência diária com a situação. 

Este esquecido longa dirigido por William Peter Blatty, autor do clássico “O Exorcista”, também é baseado em um livro de sua autoria. A trama segue um caminho diferente e bem mais complexo. Blatty utiliza a questão dos soldados que voltaram do Vietnã feridos física e psicologicamente para criar uma estranha trama repleta de discussões sobra loucura, vida e a existência de Deus. 

Os diálogos rápidos saídos dos personagens perturbados atropelam vários assuntos, com destaque para as divagações do astronauta Cutshaw vivido por Scott Wilson, que é um espécie de líder informal dos pacientes e que teve uma visão minutos antes de embarcar em um foguete. 

Blatty pressionou para dirigir este filme e em 1990 comandaria ainda “O Exorcista III” baseados em seus livros após demonstrar grande descontentamento com a produção de “O Exorcista II – O Herege” em 1977. 

Este “A Nona Configuração” é interessante, mas também cansativo. Diferente do que parece, o longa é drama filosófico que passa longe de qualquer ideia de terror e suspense.

Torrentes de Paixão, Por Quem os Sinos Dobram & As Neves do Kilimanjaro

 

Torrentes de Paixão (Niagara, EUA, 1953) – Nota 7
Direção – Henry Hathaway
Elenco – Joseph Cotten, Marilyn Monroe, Jean Peters, Max Showalter, Dennis O’Dea, Richard Allan.

Um jovem casal (Max Showalter e Jean Peters) em lua de mel nas Cataratas do Niagara cruza o caminho de outro casal que está em crise (Joseph Cotten e Marilyn Monroe). Quando a jovem esposa vê a outra mulher beijando um estranho, ela fica indecisa sobre o que fazer. O pior que é a adúltera planeja matar o marido com a ajuda do amante. 

Apesar da trama simples de traição, o filme tem destaques como as belíssimas locações nas Cataratas do Niágara e o elenco, principalmente o trio principal. Para muitos, este é um dos melhores papéis de Marilyn Monroe, que demonstra ao mesmo tempo frieza e paixão para tentar colocar seu plano em ação.

Por Quem os Sinos Dobram (For Whom the Bell Tolls, EUA, 1943) – Nota 6,5
Direção – Sam Wood
Elenco – Gary Cooper, Ingrid Bergman, Katina Paxinou, Akim Tamiroff, Arturo de Córdova, Vladimir Sokoloff.

Durante a Guerra Civil Espanhola (1936 a 1939), o aventureiro americano Robert Jordan (Gary Cooper) se a une aos revolucionários que lutam contra o exército do ditador Franco. Enquanto preparam o ataque a uma ponte, Robert se envolve com a jovem Maria (Ingrid Bergman) que teve seus pais assassinados. 

Baseado em uma obra autobiográfica de Ernest Hemingway, que lutou como voluntário no conflito citado, este drama produzido durante a Segunda Guerra Mundial faz uma espécie de paralelo com a luta dos aliados contra os nazistas. 

O filme segue o estilo clássico dos dramas de guerra da época, com uma cansativa longa duração que perde muito tempo no romance. As duas horas e quarenta e cinco minutos são exageradas. As sequências de ação são bem produzidas e destaque para o elenco. 

Além do casal de astros Gary Cooper e Ingrid Bergman, vale citar a explosiva revolucionária vivida pela grega Katina Paxinou e o líder do grupo interpretado pelo russo Akim Tamiroff.

As Neves do Kilimanjaro (The Snows of Kilimanjaro, EUA, 1952) – Nota 6
Direção – Henry King & Roy Ward Baker
Elenco – Gregory Peck, Susan Hayward, Ava Gardner, Hildegard Knef, Leo G. Carroll.

Ferido na perna durante um safári na África, o escritor Harry Street (Gregory Peck) está com sua esposa Helen (Susan Hayward) esperando ajuda em uma tenda ao lado do Monte Kilimanjaro. Enquanto espera, ele relembra sua vida de aventuras e romances que o levaram até aquele momento. 

Baseado em um livro de Ernest Hemingway, que utilizou referências autobiográficas para escrever a história, este longa ao mesmo tempo em que segue o estilo de narrativa clássica das obras dos anos cinquenta, deixa a desejar na irregularidade do ritmo e nas várias mudanças de situações e locais que jamais se aprofundam em algo. 

Até mesmo as poucas sequências de batalha durante a Revolução Espanhola em que o escritor participou são fracas. Vale citar que algumas sequências foram dirigidas pelo inglês Roy Ward Baker, que não foi creditado. 

É um filme razoável, indicado apenas para os fãs inveterados de obras antigas.

Maggie Moore(s)

 

Maggie Moore(s) (Maggie Moore(s), EUA, 2023) – Nota 6,5
Direção – John Slattery
Elenco – Jon Hamm, Tina Fey, Micah Stock, Nick Mohammed, Happy Anderson, Allison Dunbar, Louisa Krause, Christopher Denham, Oona Roche, Mary Holland, Tate Ellington, Derek Basco.

Um policial viúvo (Jon Hamm), o dono de uma lanchonete (Micah Stock), uma vizinha solitária (Tina Fey), um assassino (Happy Anderson), um contrabandista de alimentos vencidos (Derek Basco), entre outros personagens se envolvem de formas diferentes em dois assassinatos em uma pequena cidade. 

Esta divertida comédia policial bebe na fonte dos filmes dos irmãos Cohen, como “Fargo” por exemplo. Temos os personagens peculiares, os crimes absurdos, a violência e os diálogos incomuns. Lógico que a qualidade fica bem abaixo do talento dos irmãos Cohen, mas mesmo assim o filme é uma boa diversão para quem gosta do estilo.

Poder Sem Limites

 

Poder Sem Limites (Chronicle, EUA, 2012) – Nota 6,5
Direção – Josh Trank
Elenco – Dane DeHaan, Alex Russell, Michael B. Jordan, Michael Kelly, Ashley Hinshaw.

Três jovens (Dane DeHaan, Alex Russell e Michael B. Jordan) que estão no último ano do colégio descobrem uma estranha cratera em um bosque e terminam por encontrar um objeto luminoso não identificado. A surpresa fica ainda maior quando eles percebem que adquiriram força e poderes incomuns. A princípio eles aproveitam os poderes para diversão, até a situação começar a sair do controle. 

Esta ficção adolescente começa de forma interessante explorando uma premissa que lembra o superior “Sem Limites” produzido no ano anterior. A ideia enraizada no roteiro é mostrar como o poder altera a percepção das pessoas, que tendem muitas vezes a utilizá-lo para se impor, independente das consequências na vida de terceiros. O desenvolvimento da história é previsível até o explosivo clímax.

Violent

 

Violent (Violent, Canadá / Noruega, 2017) – Nota 7
Direção – Andrew Huculiak
Elenco – Dagny Backer Johnsen, Mari Sofie Andreassen, Karl Bird, Bryn Bowen, Tomine Mikkeline Elde, Tor Halvor Halvorsen, Yngve Seteras.

Dagny (Dagny Backer Johnsen) é uma jovem que buscando liberdade se muda para uma cidade um pouco maior que a sua na Noruega. Ela vai trabalhar em uma pequena loja de materiais de construção e morar em um quarto no primeiro andar do estabelecimento. 

O roteiro detalha a relação de Dagny com as pessoas que marcaram sua vida nesta transição da adolescência para o mundo dos adultos, através de uma narrativa contemplativa, sensorial e quase surreal em alguns momentos. 

Explorando pequenos detalhes e algumas frases que parecem perdidas na trama a princípio, o filme leva a uma explicação que mesmo não sendo direta, deixa nas entrelinhas o porquê da lembrança da importância destas pessoas na jornada da protagonista. 

É um filme que faz pensar sobre a vida, as amizades, o amor e a família.

Um Tira da Pesada I, II e III

 

Um Tira da Pesada (Beverly Hills Cop, EUA, 1984) – Nota 8
Direção – Martin Brest
Elenco – Eddie Murphy, Lisa Eilbacher, Judge Reinhold, John Ashton, Ronny Cox, Steven Berkoff, James Russo, Jonathan Banks, Bronson Pinchot, Paul Reiser, Frank Pesce.

O assassinato de um amigo leva o detetive Axel Foley (Eddie Murphy) a sair de Detroit e viajar até Los Angeles para investigar o caso. Seus métodos pouco ortodoxos batem de frente com a dupla de detetives Taggart e Rosewood (John Ashton e Judge Reinhold) que são responsáveis pelo caso, assim como a difícil relação com o tenente Bogomil (Ronny Cox). 

Clássico absoluto, este longa transformou Eddie Murphy em astro no papel que é a simbiose perfeita entre ator e personagem. Falastrão, cara de pau e manipulador, o personagem cria situações engraçadas que se casam perfeitamente com a boa trama policial. 

Esta mistura de drama e comédia foi repetida dezenas de vezes no cinema, mas quase sempre falhando em pelo menos um dos quesitos. Vale citar que vários dos divertidos diálogos entre Murphy e os policiais vividos por John Ashton e Judge Reinhold foram improvisados.

Um Tira da Pesada II (Beverly Hills Cop II, EUA, 1987) – Nota 7
Direção – Tony Scott
Elenco – Eddie Murphy, Judge Reinhold, Brigitte Nielsen, John Ashton, Jurgen Prochnow, Ronny Cox, Dean Stockwell, Allen Garfield, Paul Guilfoyle.

Três anos após os acontecimentos do primeiro filme, o detetive Axel Foley (Eddie Murphy) volta a Los Angeles para ajudar os detetives Rosewood (Judge Reinhold) e Taggart (John Ashton) a investigar a tentativa de assassinato sofrida pelo tenente Bogomil (Ronny Cox). 

Esta sequência ainda entrega os diálogos divertidos e as situações engraçadas, porém com um trama mais pesada, incluindo sequências de ação mais fortes com a cara do falecido diretor Tony Scott e criminosos perigosos, com destaque para a assassina vivida por Brigitte Nielsen. 

O filme não tem a mesma originalidade do primeiro, mas ainda é uma obra que agrada os fãs do gênero e de Eddie Murphy.

Um Tira da Pesada III (Beverly Hills Cop III, EUA, 1994) – Nota 6,5
Direção – John Landis
Elenco – Eddie Murphy, Judge Reinhold, Hector Elizondo, John Saxon, Thimothy Carhart, Teresa Randle, Bronson Pinchot, Jon Tenney, Stephen McHattie.

Após a morte do seu chefe durante uma batida policial em Detroit, as pistas levam novamente o detetive Axel Foley (Eddie Murphy) para Los Angeles. Desta vez ele reencontrará apenas o antigo amigo detetive Rosewood (Judge Reinhold), que tem um novo parceiro (Hector Elizondo) e juntos iniciarão uma investigação que levará até uma quadrilha de falsificadores de dinheiro. 

Este terceiro longa é o mais fraco da franquia, não por ser ruim, mas por ter uma história mais genérica e diálogos sem a mesma qualidade dos filmes anteriores. Algumas boas sequências de ação e a direção de John Landis que explora a habitual participação de diretores famosos em pontas são os destaques.

Fugindo do Inferno

 

Fugindo do Inferno (The Great Scape, EUA, 1963) – Nota 9
Direção – John Sturges
Elenco – Steve McQueen, James Garner, Richard Attenborough, Charles Bronson, James Coburn, Donald Pleasence, James Donald, Gordon Jackson, John Leyton, David MacCallum

Um grupo de oficiais e soldados aliados que são prisioneiros em um campo de concentração criam um minucioso plano de fuga em massa através de um túnel que eles cavam dentro de um dormitório. 

Baseado em uma história real, este é um dos grandes clássicos de guerra que ainda explora drama e pitadas de comédia. O longa duração e os muitos detalhes e situações dão a chance ao elenco recheado de astros se destacar. 

A rebeldia de Steve McQueen que tem a famosa sequência com a motocicleta, o espertalhão vivido por James Garner, o cérebro de Richard Attenborough, a criatividade de James Coburn para construir o carrinho que desliza pelo túnel, Donald Pleasence vivendo o oficial que está perdendo a visão e Charles Bronson como o escavador. 

Para quem gosta de filmes de guerra, é uma obra obrigatória.

A Era de Ouro

 

A Era de Ouro (Spinning Gold, EUA, 2023) – Nota 7
Direção – Timothy Scott Bogart
Elenco – Jeremy Jordan, Michelle Monaghan, Jay Pharoah, Lyndsy Fonseca, Dan Fogler, Peyton List, James Wolk, Jason Isaacs, Michael Ian Black, Sebastian Maniscalco, Tayla Parkx, Casey Likes, Sam Nelson Harris, Vincent Pastore, Nick Sandow, Chris Redd, Jason Derulo.

Em meados dos anos sessenta, o jovem Neil Bogart (Jeremy Jordan) que foi criado em uma família pobre no Brooklyn em Nova York sonha em fazer sucesso. Após algumas tentativas como cantor, dançarino e modelo, Neil funda uma gravadora independente ao lado de alguns amigos e inicia uma carreira que descobrirá talentos como a banda Kiss, Dona Summer, Isley Brothers e Village People. 

Este simpático longa biográfico dirigido pelo filho do verdadeiro Neil Bogart é uma homenagem tanto a coragem e a loucura do pai em arriscar tudo, quanto a uma época que pode ser chamada da “Era de Ouro da Música”, que foi até mais longa se estendendo entre os anos sessenta e os noventa. 

A narrativa é bastante agradável, principalmente para quem gosta das músicas dos anos sessenta e setenta que rendem uma ótima trilha sonora. 

Mesmo que o roteiro não se aprofunde nas questões financeiras e passe rapidamente pelo uso das drogas na vida do protagonista, o filme funciona como um retrato de um período da música que não voltará jamais e que rendeu clássicos que fazem sucesso até hoje, diferente do conteúdo efêmero e descartável das músicas atuais.

A Última Coisa Que Ele Me Falou

 

A Última Coisa Que Ele Me Falou (The Last Thing He Told Me, EUA, 2023) – Nota 6
Direção – Olivia Newman, Deniz Gamze Erguven, Lisa Neugebauer & Daisy von Scherler Mayer
Elenco – Jennifer Garner, Angourie Rice, Aisha Tyler, Augusto Aguilera, Nikolaj Coster Waldau, Geoff Stults, Josh Hamilton, David Morse, Victor Garber, Matt Craven.

Quando explode um escândalo de fraude financeira na empresa de tecnologia em que trabalha, Owen Michaels (Nikolaj Coster Waldau) desaparece, deixando sozinhas sua atual esposa Hannah (Jennifer Garner) e sua filha adolescente do primeiro casamento Bailey (Angourie Rice). Desesperadas e perdidas, madrasta e enteada são obrigadas a se acertar em busca de respostas. 

Esta minissérie em sete episódios começa de forma intrigante, deixando claro que além do problema atual, o sujeito desapareceu também para esconder segredos de seu passado. O roteiro basicamente segue dois caminhos interligados. Um deles é o desenvolvimento da relação entre as personagens que não eram ligadas e o outro as pistas que surgem aos poucos sobre o passado do desaparecido. 

Por mais que a produção seja caprichada e as atuações não comprometam, em momento algum a história decola de verdade, falta emoção e suspense, culminando com um verdadeiro anticlímax. O segredo também é basicamente um clichê que o cinéfilo mais atento vai descobrir rapidamente. No final fica claro que faltou algo.

Uma Linda Mulher & Noiva em Fuga

 

Uma Linda Mulher (Pretty Woman, EUA, 1990) – Nota 7
Direção – Garry Marshall
Elenco – Richard Gere, Julia Roberts, Ralph Bellamy, Jason Alexander, Laura San Giacomo, Hector Elizondo, Ralph Bellamy, Alex Hyde White, Amy Yasbeck.

Edward (Richard Gere) é um executivo que precisando levar uma acompanhante para jantares de negócios, contrata a jovem prostituta Vivian (Julia Roberts). O que começa como uma simples negociação, aos poucos se torna uma história de amor que precisará quebrar barreiras. 

O roteiro deste grande sucesso não tem surpresas, ele segue a fórmula habitual das comédias românticas em fazer a paixão nascer entre duas pessoas completamente diferentes. O sucesso do filme se deu por alguns detalhes, principalmente a química entre o galã Richard Gere e a jovialidade e beleza espontânea de uma então desconhecida Julia Roberts. 

Outro ponto que chamou a atenção foi a questão da profissão da protagonista, algo que em 1990 era muito mais polêmico do que nos dias atuais. O filme ainda reacendeu a carreira do cantor Roy Orbinson com o enorme sucesso da velha canção que dá título ao filme. 

Uma curiosidade é o papel de pequeno vilão interpretado por Jason Alexander, que ficaria famoso alguns depois ao ser um dos protagonistas da sitcom “Seinfeld”.

Noiva em Fuga (Runaway Bride, EUA, 1999) – Nota 5,5
Direção – Garry Marshall

Elenco – Richard Gere, Julia Roberts, Joan Cusack, Hector Elizondo, Rita Wilson, Paul Dooley, Christopher Meloni, Donal Logue, Yul Vazquez.

Por três vezes, Maggie (Julia Roberts) fugiu do casamento no dia da cerimônia. Ike (Richard Gere) é um colunista de revista que vê na notícia a chance de crescer na carreira. O encontro entre duas pessoas extremamente diferentes aos poucos mudará suas vida. 

O público esperou por nove anos o que seria uma espécie de sequência do sucesso de “Uma Linda Mulher”, porém o resultado é um filme que deixa bastante a desejar. O reencontro de Richard Gere e Julia Roberts, além do diretor Garry Marshall e do coadjuvante Hector Elizondo parte de uma premissa que parece de novela que se desenvolve neste formato. Tudo parece artificial, algo comum na carreira do diretor Garry Marshall.

Um Marido Fiel

 

Um Marido Fiel (Kaerlighed for Voksne, Dinamarca, 2022) – Nota 7
Direção – Barbara Topsoe Rothenborg
Elenco – Dar Salim, Sonja Richter, Sus Wilkins, Katina Laerke Petersen, Milo Campanale, Morten Burian.

Christian (Dar Salim) é um empresário dono de uma companhia de construção. Sua esposa Leonora (Sonja Richter) abandonou a carreira de violonista para cuidar do filho doente, que hoje é um adolescente praticamente sem problemas. Quando Sonja descobre que Christian tem uma amante e pretende abandoná-la, a vida do casal se transforma em um inferno de vinganças e manipulações. 

Este interessante drama explora a linha tênue entre o amor e o ódio, quando o casal coloca seus desejos a frente da relação sem imaginar o estrago que possa fazer na vida do outro. O roteiro explora este lado extremo de uma forma criativa, com pelo menos uma reviravolta interessante e um resultado que beira o cinismo. É um bom filme para quem gosta de dramas com pitadas de violência física e psicológica.

Sede Assassina

 

Sede Assassina (To Catch a Killer, EUA, 2023) – Nota 6,5
Direção – Damian Szifron
Elenco – Shailene Woodley, Ben Mendelsohn, Jovan Adepo, Ralph Ineson, Richard Zeman, Jason Cavalier, Dusan Dukic.

Baltimore, noite de Ano Novo. Um atirador mata diversas pessoas de forma aleatória e desaparece. A policial novata Eleanor (Shailene Woodley) demonstra perspicácia em suas atitudes chamando a atenção do agente do FBI Lammark (Ben Mendelsohn), que lidera a investigação e recruta a garota para fazer parte da equipe. 

Este longa policial começa de uma forma intrigante ao esconder a identidade do assassino, deixando em aberto um enorme leque para o desenvolvimento da trama. O problema surge conforme a história avança e o roteiro perde tempo em inserir questões ideológicas. 

A motivação do assassino também não convence, se revelando um clichê. Mesmo com a narrativa sendo correta, fica claro que os desvios de rota para encaixar temas paralelos atrapalharam bastante o resultado.

Nefarious

 

Nefarious (Nefarious, EUA, 2023) – Nota 7
Direção – Chuck Konzelman & Cary Solomon
Elenco – Sean Patrick Flanney, Jordan Belfi, Tom Ohmer.

Um determinado fato obriga um psiquiatra (Jordan Belfi) a analisar se um condenado (Sean Patrick Flannery) tem sanidade mental para ser executado, pois o sujeito alega ser o diabo encarnado. O médico tem poucas horas para conversar com o prisioneiro e dar seu parecer, antes de ocorrer a execução. 

O ponto principal deste longa são os diálogos em que o condenado questiona as colocações do psiquiatra, manipulando as emoções e criando uma enorme dúvida na cabeça do médico. Também são várias as discussões entre a racionalidade da ciência e o mundo dos espíritos. 

O filme tem algumas sequências mais tensas e uma sinistra e também canastrona interpretação de Sean Patrick Flannery.

O Último Pistoleiro, Jamais Foram Vencidos & Os Comancheros

 

O Último Pistoleiro (The Shootist, EUA, 1976) – Nota 7,5
Direção – Don Siegel
Elenco – John Wayne, Lauren Bacall, Ron Howard, James Stewart, Richard Boone, Hugh O’Brian, Bill McKinney, Harry Morgan, John Carradine, Sheree North, Scatman Crothers.

Carson City, 1901. J.B. Brooks (John Wayne) é um famoso pistoleiro que ao descobrir que está com câncer terminal decide abandonar a arma e viver tranquilamente seus últimos dias, o que não será nada fácil. 

Este western com uma trama mais voltada para o drama foi o último trabalho do astro John Wayne, que na época sofria da mesma doença de seu personagem, que o levaria à morte em 1979. O filme é repleto de simbolismos, como a triste da ligação entre ator e personagem e a época em que passa a história no início do século XX que marcava ao final da era do oeste sem lei, que estava sendo engolido aos poucos pela modernidade. 

Outro simbolismo é o próprio final da era de ouro do western no cinema, que em meados dos anos setenta já era considerado um gênero em decadência, que teve um novo alento somente nos anos noventa após “Os Imperdoáveis” de Clint Eastwood. 

No elenco destaque para nomes gigantes como Lauren Bacall e James Stewart, este segundo um ícone do gênero igual John Wayne.

Jamais Foram Vencidos (The Undefeated, EUA, 1969) – Nota 7
Direção – Andrew V. McLaglen
Elenco – John Wayne, Rock Hudson, Antonio Aguilar, Ben Johnson, Jan Michael Vincent, Harry Carey Jr, Bruce Cabot, Merlin Olsen, Royal Dano, Lee Meriwether, John Agar.

Pouco tempo após o final da Guerra da Secessão, um batalhão de soldados da União liderado pelo Coronel Thomas (John Wayne) e outro grupo do exército Confederado comandado pelo Coronel Langdon (Rock Hudson) são obrigados a juntar forças para transportar cavalos para o governo mexicano. A missão é ainda mais complicada porque o agora grupo unificado terá de enfrentar a fúria dos revolucionários mexicanos. 

Este western explora os conflitos nos EUA e no México no final do século XIX para criar uma história clássica em que a travessia do oeste americano se torna uma violenta saga. Destaque para a disputa entre os astros John Wayne e Rock Hudson e para as caprichadas sequências de ação.

Os Comancheros (The Comancheros, EUA, 1961) – Nota 7
Direção – Michael Curtiz
Elenco – John Wayne, Stuart Whitman, Lee Marvin, Ina Balin, Bruce Cabot, Nehemiah Persoff, Michael Ansara, Patrick Wayne, Jack Elam, Edgar Buchanan.

O Texas Ranger John Cutter (John Wayne) prende o jogador de pôquer Paul Regret (Stuart Whitman) que matou o filho de um juiz durante um conflito numa mesa de jogo. Ao transportar o sujeito para ser julgado, Cutter cruza o caminho de um violento bando de comancheros, que são criminosos que vendem armas para os índios, iniciando um novo conflito. 

Este western foi o último trabalho do grande diretor Michael Curtiz, que estava doente e dividiu de modo informal a direção com o astro John Wayne, que não foi creditado. Curtiz faleceria no ano seguinte. 

O filme está longe de ser um clássico e tem alguns tempos mortos que são compensados pelas boas sequências de tiroteio. Destaque para a pequena, porém marcante participação de Lee Marvin.

Império da Dor

 

Império da Dor (Painkiller, EUA, 2023) – Nota 7,5
Direção – Peter Berg
Elenco – Matthew Broderick, Uzo Aduba, Taylor Kitsch, Dina Shihabi, West Duchovny, John Rothman, Sam Anderson, Clark Gregg, Jack Mulhern, Carolina Bartczak, Brian Markinson, Ana Cruz Kayne, John Ales, Noah Harpster, Tyler Ritter.

Em 2006, após a morte de Arthur Sackler (Clark Gregg), fundador da Purdue Pharma, seu sobrinho Richard (Matthew Broderick) toma a frente da corporação e decide investir pesado em um medicamento para tratar a dor. 

Sua empresa cria o fortíssimo Oxycontin e utiliza uma campanha de marketing extremamente agressiva. As vendas explodem e em pouco tempo também crescem os casos de pessoas que se tornam dependentes do medicamento. 

A história real da chamada “crise dos opioides” que ainda hoje tem consequências nos EUA foi detalhada de uma forma mais completa na minissérie “Dopesick”. Esta nova versão da história em minissérie de seis episódios coloca em primeiro plano a visão da assistente de promotoria Edie Flowers (Uzo Aduba). 

O roteiro também explora os bastidores da empresa Purdue transformando seu CEO Richard Sackler em personagem excêntrico e solitário que conversa com o falecido tio em sua imaginação. 

Outros duas tramas paralelas seguem um mecânico (Taylor Kitsch) que se torna viciado após um acidente e a carreira de uma representante de vendas (West Duchovny) que aos poucos percebe o golpe que está sendo cúmplice. 

No final, quem tem interesse em saber mais sobre o tema, vale a pena conferir a duas minisséries.

Missão: Impossível - Acerto de Contas - Parte 1

 

Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte 1 (Mission: Impossible – Dead Reckoning Part One, EUA, 2023) – Nota 8
Direção – Christopher McQuarrie
Elenco – Tom Cruise, Hayley Atwell, Ving Rhames, Simon Pegg, Rebecca Ferguson, Vanessa Kirby, Esai Morales, Pom Klementieff, Henry Czerny, Cary Elwes, Shea Whigham, Greg Tarzan Davies, Frederick Schmidt, Mariela Garriga, Charles Parnell, Indira Varma, Mark Gattis, Rob Delaney.

Neste que muito provavelmente é o penúltimo filme da famosa franquia, o roteiro desenvolve a primeira parte de uma trama que coloca em debate o tema extremamente atual dos limites da inteligência artificial. 

A equipe de Ethan Hunt (Tom Cruise) recebe a missão de encontrar dois pedaços de uma chave que na teoria se encaixam para acessar o código fonte de uma “entidade” de inteligência artificial que começou a agir por contra própria. Vários personagens também estão em busca da mesma chave. 

O roteiro explora esta disputa através de sequências de ação espetaculares e traições das mais variadas. Em alguns momentos o filme lembra “Matrix’, principalmente na sequência da boate e no desenvolvimento do personagem do assassino vivido por Esai Morales. 

O resultado é um divertimento de primeira qualidade para quem gosta de ação. Vamos aguardar a finalização da história no próximo longa.

Os Três Mosqueteiros - 5 Filmes

 

Os Três Mosqueteiros: D’Artagnan (Les Trois Mousquetaires: D'Artagnan, França / Alemanha / Espanha / Bélgica, 2023) – Nota 5,5
Direção – Martin Bourboulon
Elenco – François Civil, Vincent Cassel, Romain Duris, Pio Marmai, Eva Green, Louis Garrel, Vicky Krieps. Lyna Khoudry, Eric Ruf, Marc Barbé.

O jovem D’Artagnan (François Civil) chega em Paris com o objetivo de se tornar mosqueteiro do rei. No primeiro dia ele participa de uma luta tentando salvar uma garota, quase morre e cruza o caminho dos mosqueteiros que são vistos como decadentes. Tão rapidamente quanto, D’Artagnan se envolve em uma rede de intrigas em que a corte e o clero desejam derrubar o rei. 

Esta nova versão do clássico de Alexandre Dumas acerta na ótima reconstituição de época, cria sequências estranhas de lutas de espada, como se o diretor quisesse dar um ar de modernidade e falha tanto na ideia de dividir a história em duas partes sem grande emoção, quanto no elenco que deixa a desejar. 

François Civil até tem uma boa atuação, contrastando com os mosqueteiros que não convencem e com um roteiro que ainda insere temas ideológicos que não se encaixam com a trama. Apesar de outros nomes conhecidos, as atuações são fracas e sem emoção. A segunda parte será lançada em breve para quem quiser conferir o restante da história.

Os Três Mosqueteiros (The Three Musketeers, Inglaterra / Áustria / EUA, 1993) – Nota 6,5
Direção – Stephen Herek
Elenco – Charlie Sheen, Kiefer Sutherland, Chris O'Donnell, Oliver Platt, Tim Curry, Rebecca DeMornay, Michael Wincott, Gabrielle Anwar, Hugh O'Connor, Julie Delpy, Paul McGann.

Este é a versão mais pop da história de Alexandre Dumas. O elenco recheado de na época jovens famosos garantem a diversão nas sequências de ação, mas com um roteiro que foca também na comédia e em personagens sem grande profundidade. Outro problema é o inexpressivo Chris O’Donnell como D’Artagnan, que inclusive estava abaixo de Charlie Sheen e Kiefer Sutherland nos créditos. Para quem ver hoje, fica também difícil acreditar em Charlie Sheen como mosqueteiro.

Os Três Mosqueteiros (The Three Musketeers, EUA / Espanha, 1973) – Nota 7
Direção – Richard Lester
Elenco – Michael York, Raquel Welch, Charlton Heston, Faye Dunaway, Richard Chamberlain, Oliver Reed, Frank Finlay, Christopher Lee, Simon Ward, Geraldine Chaplin, Jean Pierre Cassel, Joss Ackland.

A Vingança de Milady (The Four Musketeers, EUA / Espanha / Inglaterra, 1974) – Nota 7
Direção – Richard Lester
Elenco – Michael York, Raquel Welch, Charlton Heston, Faye Dunaway, Richard Chamberlain, Oliver Reed, Frank Finlay, Christopher Lee, Simon Ward, Geraldine Chaplin, Jean Pierre Cassel

Esta versão em duas partes que foram filmadas de simultaneamente, mesmo não sendo ótima como a de 1948, acerta ao detalhar a história de uma forma ampla intercalando ação, romance, drama e comédia com qualidade. O ótimo elenco é outro acerto, recheado de famosos como Charlton Heston, Faye Dunaway, Richard Chamberlain e Christopher Lee, além boa da química entre Michael York e a bela Raquel Welch.

Os Três Mosqueteiros (The Three Musketeers, EUA, 1948) – Nota 7,5
Direção – George Sidney
Elenco – Gene Kelly, Lana Turner, June Allyson, Frank Morgan, Van Heflin, Angela Lansbury, Vincent Price, Keenan Wynn, John Sutton, Gig Young, Patricia Medina.

Esta é com certeza a melhor versão da história com o ótimo Gene Kelly interpretando D’Artagnan, a beleza forte de Lana Turner como Milady de Winter e Vincent Price dando vida ao Cardeal Richelieu.