quarta-feira, 29 de abril de 2020

O Poço

O Poço (El Hoyo, Espanha, 2019) – Nota 4
Direção – Galder Gaztelu Urrutia
Elenco – Ivan Massagué, Zorion Eguileor, Antonia San Juan, Emilio Buale, Alexandra Masangkay.

Goreng (Ivan Massangué) acorda em uma estranha prisão dividida por níveis. Ele está no mesmo local que o veterano Trimagasi (Zorion Eguileor). 

No andar que é quadrado existe um enorme buraco no meio, em que desce um estranho elevador com restos de comida. Trimagasi explica que a comida vai descendo pelos andares e que cada preso tem que se alimentar rapidamente, deixando as sobras para os que estão nos andares abaixo. Goreng se revolta e tenta mudar a situação. 

Este é um daqueles filmes difíceis de ver até o final. O ar de cult e a sensação de ser uma crítica social pesada esconde um filme pretensioso e produzido apenas para chocar.

O simbolismo de criticar a hierarquia social através dos níveis, em que os que estão nos postos mais altos aproveitam as melhoras coisas e conforme a escala desce as pessoas ficam com a sobras é verdadeira apenas em parte nos países capitalistas, que por sinal é o sistema criticado aqui. 

Enquanto nos países socialistas a fome e a falta de liberdade são comuns, o capitalismo é o único sistema em que existe a possibilidade das pessoas crescerem e mudarem de classe social. 

No filme o protagonista grita logo no início para as pessoas racionarem a comida, enquanto seu companheiro o acusa de ser comunista, ou seja, temos uma inversão de valores. No comunismo existem racionamentos comandados pelo governo, não porque as pessoas queiram fazer, mas porque são obrigadas. 

No mundo capitalista cada pessoa vai buscar “seu alimento” através do trabalho, enquanto o foco do socialismo (comunismo disfarçado) é dar migalhas para calar a população. 

As sequências nojentas dos restos de comida e a violência ao estilo gore são utilizadas aqui para manipular o espectador e demonizar o capitalismo. 

O resultado é um péssimo filme ideológico.

4 comentários:

Liliane de Paula disse...

Achei esse filme horrível.
Não entendi nada.
Sua resenha me fez lembrar o que vi.
Bjs,

Liliane de Paula disse...

Esse filme é horrível.
E não entendi nada.
Sua resenha me fez lembrar do que vi.
bjs,

Liliane de Paula disse...

Exatamente, Franco Nero que há muito andava desaparecido, para mim.
Boa sua resenha.
Quem sabe encontro no CineNina que ainda não consegui abrir.
Bjs,

Hugo disse...

Liliane - Tb achei péssimo o filme.

Bjs