Direção – Jean Jacques Annaud
Elenco – Tahar Rahim, Antonio Banderas, Mark Strong, Freida
Pinto, Riz Ahmed, Liya Kebede, Corey Johnson, Akin Gazi, Eriq Ebouaney, Loft
Dziri, Jan Uddin.
Arábia Saudita, início do século XX. Uma guerra entre duas
tribos termina quando para selar um acordo de paz o Sultão Amar (Mark Strong) é
obrigado a entregar seus dois filhos adolescentes para o Emir Nesib (Antonio
Banderas). Em troca, uma região desértica conhecida como “Cinturão Amarelo”
será considerada área neutra.
Quinze anos depois, uma empresa americana
descobre que existe petróleo no local. Enquanto Nesib deseja lucrar com a venda
do petróleo e também ajudar seu povo, Amar não aceita negociar com
estrangeiros. A situação coloca os agora adultos Auda (Tahar Rahim) e seu irmão
Saleh (Akin Gazi) em meio ao conflito entre o pai e o tutor.
O diretor francês
Jean Jacques Annaud adaptou um livro de ficção que explora o fato real do início
da exploração de petróleo no Oriente Médio. O roteiro tem boas ideias, como a
questão do conflito entre a visão de quem desejava um futuro melhor, contra
aqueles que ainda estavam presos ao passado e principalmente as amarras da
religião muçulmana.
O ponto interessante é que os dois lados mostram erros e
acertos em sua visão do mundo, situação que ainda hoje continua igual naquela
região e em alguns locais com discussões até mais radicais.
Outros pontos altos
são as cenas de ação e principalmente a belíssima fotografia do deserto que
utiliza uma lente amarelada, dando uma ênfase ainda maior ao sol.
Por outro
lado, as atuações parecem um pouco teatrais, assim como o estilo da narrativa
de Annaud, que exagera nos cortes abruptos em algumas sequências. O ritmo da
narrativa também apresenta altos e baixos.
É uma obra que lembra bastante os
filmes clássicos de aventura dos anos cinquenta e sessenta como “Lawrence da Arábia” por exemplo, mas sem a mesma qualidade.
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