sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Adeus Christopher Robin & Christopher Robin: Um Reencontro Inesquecível


Adeus Christopher Robin (Goodbye Christopher Robin, Inglaterra, 2017) – Nota 7
Direção – Simon Curtis
Elenco – Domhnall Gleeson, Margot Robbie, Will Tilston, Kelly Macdonald, Alex Lawther, Stephen Campbell Moore.

Após lutar na Primeira Guerra Mundial, o escritor Alan Milne (Domhnall Gleeson) volta para casa traumatizado. Ele perdeu a vontade de escrever peças e sofre por querer retratar em livro os horrores da guerra. O casamento com Daphne (Margot Robbie) e o nascimento do filho Christopher Robin (Will Tilston) não ajudam Alan, que decide se mudar com a família de Londres para uma casa no campo. 

Uma crise com Daphne que o abandona e volta para Londres e a viagem da babá (Kelly Macdonald) obrigam Alan a cuidar de Christopher por alguns dias. O relacionamento que era distante entre pai e filho se estreita e Alan tem a ideia de criar uma história infantil utilizando brinquedos do filho como personagens. 

Baseado na história real da criação da turma do Ursinho Pooh, este longa explora de forma sensível questões como o trauma de guerra e a relação entre pais e filhos na época, além de detalhar a difícil vida do verdadeiro Christopher Robin, que aqui é interpretado por dois atores. 

Na primeira parte o personagem tem oito anos de idade, sendo vivido de forma espontânea por Will Tilston. Apesar da narrativa ser um pouco irregular nesta fase, as relações dramáticas e também lúdicas, principalmente entre o garoto e sua babá são os pontos principais. 

A dramaticidade aumenta um pouco na parte final, porém ao mesmo tempo perde pontos pela fraca interpretação de Alex Lawther como o jovem Christopher Robin. Provavelmente por isso esta fase na vida do personagem é mostrada de forma rápida, acredito até mesmo que cenas do ator tenham sido cortadas. 

É um filme indicado para quem gosta de dramas e também quem quiser saber como o Ursinho Pooh foi criado.  

Christopher Robin: Um Reencontro Inesquecível (Christopher Robin, EUA, 2018) – Nota 6,5
Direção – Marc Forster
Elenco – Ewan McGregor, Hayley Atwell, Bronte Carmichael, Mark Gatiss, Jim Cummings, Brad Garrett, Peter Capaldi, Sophie Okonedo, Toby Jones.

Quando criança, Christopher Robin brincava na floresta com o Ursinho Pooh e seus amigos. Agora adulto, Christopher (Ewan McGregor) dedica quase todo seu tempo para o emprego, deixando sua esposa (Hayley Atwell) e filha (Bronte Carmichael) em segundo plano. 

No mesmo final de semana em que precisa analisar um corte de custos para evitar que seus funcionários sejam dispensados pelo dono da empresa, ele recebe a inesperada visita de Pooh, que pede ajuda para encontrar seus amigos que desapareceram. Mesmo a contragosto, Christopher decide ajudar o antigo amigo. 

Diferente da versão de 2017 que era voltada para o drama e focava no criador dos personagens que era o pai de Christopher Robin, este novo longa escolhe o caminho da fábula. O roteiro explora as mudanças de comportamento, arrependimento e crise familiar que será contornada com ajuda de um agente externo. 

Eu esperava algo mais complexo. São vários clichês em meio a situações infantis. Por mais que a produção seja caprichada e a interação entre humanos e os animais bem realistas, o longa acabará agradando mais as crianças e as pessoas que desejam algo inofensivo e esquecível. 

6 comentários:

Pedrita disse...

eu só vi o mais dramático. gostei que falou bastante da apropriação da infância de uma criança. de ganhar dinheiro explorando uma criança, o que hoje em dia está mais atual que nunca. fiquei com muita raiva desses pais que ficaram exageradamente vaidosos com o sucesso e voltaram a ignorar o filho. o que na verdade sempre o fizeram. se eu gostava do ursinho pooh passei a odiar depois da história. comentei aqui https://mataharie007.blogspot.com/2018/09/adeus-christopher-robin.html

Hugo disse...

Pedrita - O filme retrata bem essa questão dos pais explorarem a infância da criança para lucrar. Infelizmente isso é algo comum nos dias atuais.

Bjs

Liliane de Paula disse...

Adorei "Adeus, Christopher Robin".
Diferente de vc e de Pedrita não vi exploração de criança.
Aliás, tudo hoje em dia está sendo considerado exploração.
Esse "politicamente correto" é um saco.
O que vi foi um pai escritor atormentado pelas lembranças da guerra e uma mãe traumatizada com uma gravidez e parto super sofrido.
Vi uma criança feliz dentro do contexto daquela família.
E uma babá, como devem ser todas as babás.

"Christopher Robin: Um reencontro inesquecível" ainda não vi.

Hugo disse...

Liliane - O pai se deixa levar pelo sucesso e acaba expondo demais o filho, resultando em consequências psicológicas no garoto. Também considero o politicamente correto uma besteira, mas vejo nesse filme que houve falhas na forma como os pais trataram o filho.

Luli Ap. disse...

Ainda não assisti nenhum dos dois, mas fiquei curiosa como foi a criação do icônico Ursinho Pooh 😊😊

Hugo disse...

Luli - Esse é o que vale a pena conferir. O outro eu achei infantil.

Bjs