sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

O Vídeo de Benny

O Vídeo de Benny (Benny’s Video, Áustria / Suíça, 1992) – Nota 7
Direção – Michael Haneke
Elenco – Arno Frisch, Angela Winkler, Ulrich Muhe, Ingrid Stassner, Stephanie Brehme, Stefan Polasek.

Benny (Arno Frisch) é um adolescente de classe média que tem como hobby filmar a cidade pela janela de seu quarto e também as pessoas que visitam seu apartamento. No tempo que fica em casa, ele dedica também a assistir vídeos estranhos e filmes B. 

Sua relação com a mãe (Angela Winkler) é distante e do pai (Ulrich Muhe) só recebe cobranças. Um determinado dia, Benny conhece uma garota na frente de uma locadora de vídeo (Ingrid Stassner) e a convida para conhecer seu apartamento. Seus pais estão trabalhando. A visita terminará da pior forma possível. 

Para quem já assistiu algum filme de Michael Haneke, sabe que o estilo do diretor é seco. Ele não utiliza trilha sonora, preferindo músicas incidentais, o ritmo é lento e seus personagens sempre carregam segredos ou agem de forma fora do comum. 

A crueldade é outro ponto comum em sua filmografia. O protagonista aqui é quase um versão mais jovem dos psicopatas que Haneke levaria as telas cinco anos depois no angustiante “ViolênciaGratuita”, onde por sinal, o garoto Arno Frisch é um dos malucos e Ulrich Muhe uma das vítimas. 

Como curiosidade, em uma sequência que mostra uma festa, os convidados discutem sobre uma “pirâmide financeira”, investimento picareta que estava em alta naquela época e que lesou muitas pessoas gananciosas que acreditavam que ganhariam dinheiro fácil com esta “ação entre amigos”. 

Este longa não chega a ser tão bom quanto seus trabalhos posteriores, apesar de deixar o espectador incomodado ao final da sessão. 

2 comentários:

Liliane de Paula disse...

Vc não fez spoiler mas já percebi que esse adolescente é um psicopata.
O filme deve ser bom e assustador.
Anotei na lista que faço de seu comentários.

Hugo disse...

Liliane - Os filmes do diretor Michael Haneke são incômodos e assustadores por mostrar o mal na pele de pessoas normais.