O Vídeo de Benny (Benny’s Video, Áustria / Suíça, 1992) –
Nota 7
Direção – Michael Haneke
Elenco – Arno Frisch, Angela Winkler, Ulrich Muhe, Ingrid
Stassner, Stephanie Brehme, Stefan Polasek.
Benny (Arno Frisch) é um adolescente de classe média que tem
como hobby filmar a cidade pela janela de seu quarto e também as pessoas que
visitam seu apartamento. No tempo que fica em casa, ele dedica também a assistir
vídeos estranhos e filmes B.
Sua relação com a mãe (Angela Winkler) é distante
e do pai (Ulrich Muhe) só recebe cobranças. Um determinado dia, Benny conhece
uma garota na frente de uma locadora de vídeo (Ingrid Stassner) e a convida
para conhecer seu apartamento. Seus pais estão trabalhando. A visita terminará
da pior forma possível.
Para quem já assistiu algum filme de Michael Haneke,
sabe que o estilo do diretor é seco. Ele não utiliza trilha sonora, preferindo
músicas incidentais, o ritmo é lento e seus personagens sempre carregam
segredos ou agem de forma fora do comum.
A crueldade é outro ponto comum em sua
filmografia. O protagonista aqui é quase um versão mais jovem dos psicopatas
que Haneke levaria as telas cinco anos depois no angustiante “ViolênciaGratuita”, onde por sinal, o garoto Arno Frisch é um dos malucos e Ulrich Muhe
uma das vítimas.
Como curiosidade, em uma sequência que mostra uma festa, os
convidados discutem sobre uma “pirâmide financeira”, investimento picareta que
estava em alta naquela época e que lesou muitas pessoas gananciosas que
acreditavam que ganhariam dinheiro fácil com esta “ação entre amigos”.
Este
longa não chega a ser tão bom quanto seus trabalhos posteriores, apesar de
deixar o espectador incomodado ao final da sessão.
2 comentários:
Vc não fez spoiler mas já percebi que esse adolescente é um psicopata.
O filme deve ser bom e assustador.
Anotei na lista que faço de seu comentários.
Liliane - Os filmes do diretor Michael Haneke são incômodos e assustadores por mostrar o mal na pele de pessoas normais.
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