Moonlight: Sob a Luz do Luar (Moonlight, EUA, 2016) – Nota
7,5
Direção – Barry Jenkins
Elenco – Mahershala Ali, Naomi Harris, Alex R. Hibbert,
Ashton Sanders, Trevante Rhodes, Janelle Monae, André Holland.
Em um bairro negro de Miami, o roteiro acompanha Chiron em
três etapas de sua vida.
A primeira fase foca em Chiron ainda criança (Alex R.
Hibbert), quando foi apelidado de Little (Pequeno) pelos garotos da escola
que o perseguiam. Sofrendo também em casa com a mãe drogada (Naomi Harris),
Little termina por se apegar ao traficante Juan (Mahershala Ali) e sua namorada
Teresa (Janelle Monae).
A segunda parte segue Chiron adolescente (Ashton
Sanders). Ainda mostrando timidez e sendo intimidado pelos jovens da escola,
Chiron enfrenta uma fase decisiva na vida, onde precisará se impor. Internamente ele sofre com a dúvida sobre sua sexualidade. A fase final apresenta Chiron adulto
(Trevante Sanders), que ganha a vida com o tráfico de drogas, mas que não
consegue se desamarrar do passado.
Com um elenco totalmente negro, o diretor e
roteirista Barry Jenkins explora a difícil vida das pessoas que vivem em bairros
pobres onde o tráfico de drogas e a violência predominam. O personagem
principal é tudo o que uma pessoa não pode ser naquele local. Tímido e com bom
coração, Chiron é empurrado para decidir entre aceitar ser uma vítima da
sociedade ao seu redor ou enfrentar de peito aberto os inimigos e aceitar as
consequências.
Por mais que o longa seja sensível e ao mesmo tempo doloroso,
algumas situações não convencem, como a transformação física do protagonista no
terceiro ato a o reencontro que começa na lanchonete na parte final.
Por tocar
em temas polêmicos e atuais, com certeza a crítica especializada irá adorar.
Como opinião pessoal, considero um bom filme, mas que poderia ser melhor caso
tivesse se aprofundado na vida adulta do protagonista sem enfocar apenas na dúvida
sexual da parte final.
6 comentários:
Oi!
Quero dar os parabéns pelo aniversário do blog!
Até a próxima!
Léo - Obrigado pela lembrança, são nove anos de blog.
Abraço
Não gosto dessas histórias de vitimização de pessoas.
Ontem assisti um filme, louco total. O tal de A lagosta, com Colin Farrel.
Não entendi nada de nada.
Gostei muito desse filme, o silêncio do protagonista sinceramente me tocou, o longa tem uma sensibilidade bonita e também o visual é de encher os olhos.
Liliane - Li algumas críticas sobre este filme "O Lagosta", mas não tive interesse em assistir.
Marília - É um bom filme, mas acho que a parte final foca demais na questão sexual, além do terceiro ator ser bom, mas muito diferente fisicamente do ator que interpreta o personagem na adolescência.
concordo hugo, mais fama que conteúdo. e concordo completamente, o garoto era muito mignon para ficar tão grandão depois. e um homem que dá a entender q ficou no celibato desde a adolescência, celibato tanto de homem como de mulher, foi muito surreal. cheguei a achar até q era algum problema na legenda. q ele nao tivesse tido mais experiências homossexuais, ok. mas que ele não tivesse mais tido nenhum contato físico vivendo primeiro na prisão depois na criminalidade. surreal. o próprio trailer mostra q o marketing foi muito mais forte que o conteúdo. e achei a questão social e de abandono bem mais interessantes que a da diversidade que é muito superficial. beijos, pedrita
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