sábado, 18 de fevereiro de 2017

Círculo

Círculo (Circle, EUA, 2015) – Nota 7,5
Direção – Aaron Hann & Mario Miscione
Elenco – Michael Nardelli, Allegra Masters, Molly Jackson, Jordi Vilasuso, Rene Heger, Julie Benz, Kaiwi Lyman, Lisa Pelikan, Matt Corboy.

Cinquenta pessoas despertam de pé em uma espécie de câmara futurista. Cada pessoa está em um pequeno espaço no chão demarcado pela cor vermelha. Quem tenta sair ou encostar na pessoa ao lado é morta por um raio disparado por um estranho objeto que está no meio do círculo. 

Para deixar a situação ainda mais absurda, a cada dois minutos um sinal sonoro avisa que alguém será morto. Desesperados, eles tentam descobrir o que está acontecendo e como as pessoas são escolhidas para serem sacrificadas. 

A dupla de diretores estreantes pegou a premissa da ficção “Cubo”, em que seis pessoas desconhecidas acordavam presas em um quarto e potencializou a história dando ênfase a luta do ser humano pela sobrevivência a qualquer custo através de diálogos que desmascaram preconceitos, ódio, caráter e valores de cada pessoa. 

Por mais que possa parecer clichê, são muito interessantes os diálogos entre o heterogêneo grupo de personagens. Temos o militar, o executivo, a mulher doente, a grávida, a criança, o negro rebelde, o ateu, o manipulador, o calado, entre vários outros. 

Quando pensamos que determinado personagem pode se tornar o protagonista, o mesmo é eliminado daqui dois minutos. Estes dois minutos de intervalo entre cada execução ajuda em acelerar os diálogos e variar os temas, sempre com algum personagem utilizando argumentos para tentar salvar a própria pele. 

O final pode desagradar alguns por não trazer uma explicação definitiva. Isso pode ser entendido como uma escolha dos diretores em criar uma discussão entre os espectadores ou também um gancho para uma sequência com uma história mais ampla. 

É uma ótima opção para o cinéfilo que gosta de filmes diferentes.    

2 comentários:

Liliane de Paula disse...

Não, não gostaria.
Ontem consegui assistir "Um conto chinês" e gostei demais.
Ricardo Darin é sempre muito bom
E a história é legal.

Hugo disse...

Liliane - É um belo filme, assim como a maioria dos trabalhos de Darin.