À Espera de Turistas (Am Ende Kommen Touristen, Alemanha,
2007) – Nota 7
Direção – Robert Thalheim
Elenco – Alexander Fehling, Ryszard Ronczewski, Barbara
Wysocka, Piotr Rogucki, Rainer Sellien.
O jovem alemão Sven (Alexander Fehling) troca a
obrigatoriedade do serviço militar, por um trabalho voluntário no memorial de
Auschwitz na Polônia.
A principal
obrigação de Sven é cuidar de Krzeminski (Ryszard Ronczewski), um senhor de
oitenta anos que foi detido pelos nazistas no campo de concentração durante a Segunda
Guerra e que até hoje continua vivendo no local, sendo uma espécie de memória viva
do Holocausto.
Não demora para Sven perceber a dificuldade de um alemão ser
aceito na Polônia. Por mais que ele tente ajudar aos pessoas ao seu redor e até
crie um laço com uma jovem guia (Barbara Wysocka), ele é sempre visto como um
intruso, alguém que não deveria estar naquele local.
O foco principal do roteiro
é mostrar que as feridas da Segunda Guerra talvez nunca cicatrizem. Por mais
que as gerações atuais não tenham ligação alguma com o que ocorreu, a relação
entre povos que se enfrentaram jamais será plena.
É interessante e também
triste, ver que a geração atual olha para um sobrevivente como o veterano
Krzeminsnki como se fosse uma peça de museu, sem imaginar o sofrimento que ele
passou ou entender porque ele continua contando sua história de vida.
É um
filme curto e que não chega a se aprofundar no tema, mas que vale pela
sensibilidade de mostrar com delicadeza talvez o lugar mais triste do mundo, o
campo de Auschwitz.
2 comentários:
Parece que a história me interessa.
Anotei.
Não sei se esses traumas de guerra não saem da vida das pessoas porque é cômodo, se esconder no trauma. Não sei.
Quando puder assista A lagosta com Colin Farrell.
Certamente, vc vai entender.
Liliane - É algo relativo. Algumas pessoas conseguem superar um trauma com menos dificuldade do que outras. Quem sobreviveu a um campo de concentração, com certeza a superação foi algo quase impossível.
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