O Filho de Saul (Saul Fia, Hungria, 2015) – Nota 8
Direção – László Nemes
Elenco – Géza Rohrig, Levente Molnar, Urs Rechn, Todd
Charmont.
No campo de concentração de Auschwtiz, Saul Auslander (Géza
Rohrig) é um prisioneiro húngaro de origem judaica que faz parte de um grupo
chamado Sonderkommando.
O grupo é formado por prisioneiros que trabalham para
os nazistas limpando o crematório e a câmara de gás. É uma espécie de elite
de presos que sobrevive graças a este sinistro trabalho.
Após uma “sessão” de
assassinato coletivo na câmara de gás, Saul percebe que um garoto sobreviveu,
porém em seguida, o menino é morto por um médico nazista. Criando um laço
imaginário, Saul acredita que o jovem é seu filho e por isso inicia uma louca
busca por um rabino e por um local para enterrar o garoto. Ao mesmo tempo, seus
companheiros do Sonderkommando preparam uma rebelião.
Indicado ao Oscar de
Filme Estrangeiro, esta produção húngara é um daqueles longas que chamam a
atenção por incomodar o espectador mostrando o Holocausto de forma crua. A
câmera do diretor acompanha o protagonista em primeiro plano por todo o filme,
muitas vezes focando de costas, de lado ou mostrando a sua visão dos
acontecimentos, sempre de uma forma fechada, deixando os outros personagens e o
espaço do campo de concentração como meros coadjuvantes.
Em vários momentos o
protagonista é praticamente jogado no meio da ação em sequências que são tensas
e cruéis, como as cenas dos fuzilamentos nas valetas. A câmera na mão e os
enquadramentos fechados criam uma sensação de angústia ainda maior para o
espectador, o colocando praticamente como participante do horror naquele local.
É mais um filme indicado para o cinéfilo que gosta de obras que fogem do lugar
comum.
7 comentários:
quero ver. não deve ser um filme fácil de assistir. beijos, pedrita
Pedrita - É um filme forte.
Bjos
Toda vez que ligo a TV, o filme já começou e não posso(ou não devo gravar).
Mas o pedaço que vi, me interessou.
Liliane - Vale assistir.
O close constante no protagonista é sufocante, aliás o ator compôs um personagem que desperta muitos sentimentos. Baita filme!
Esse tá na minha lista há algum tempo, mas não consegui ver ainda. Seu texto me reanimou a resgatá-lo.
bjs
Marília - Sem dúvida, a escolha do diretor de filmar em close aumenta a tensão e a claustrofobia da história.
Amanda - Vale a pena, com certeza você irá gostar.
Bjos
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