terça-feira, 6 de dezembro de 2016

O Filho de Saul

O Filho de Saul (Saul Fia, Hungria, 2015) – Nota 8
Direção – László Nemes
Elenco – Géza Rohrig, Levente Molnar, Urs Rechn, Todd Charmont.

No campo de concentração de Auschwtiz, Saul Auslander (Géza Rohrig) é um prisioneiro húngaro de origem judaica que faz parte de um grupo chamado Sonderkommando. 

O grupo é formado por prisioneiros que trabalham para os nazistas limpando o crematório e a câmara de gás. É uma espécie de elite de presos que sobrevive graças a este sinistro trabalho. 

Após uma “sessão” de assassinato coletivo na câmara de gás, Saul percebe que um garoto sobreviveu, porém em seguida, o menino é morto por um médico nazista. Criando um laço imaginário, Saul acredita que o jovem é seu filho e por isso inicia uma louca busca por um rabino e por um local para enterrar o garoto. Ao mesmo tempo, seus companheiros do Sonderkommando preparam uma rebelião. 

Indicado ao Oscar de Filme Estrangeiro, esta produção húngara é um daqueles longas que chamam a atenção por incomodar o espectador mostrando o Holocausto de forma crua. A câmera do diretor acompanha o protagonista em primeiro plano por todo o filme, muitas vezes focando de costas, de lado ou mostrando a sua visão dos acontecimentos, sempre de uma forma fechada, deixando os outros personagens e o espaço do campo de concentração como meros coadjuvantes. 

Em vários momentos o protagonista é praticamente jogado no meio da ação em sequências que são tensas e cruéis, como as cenas dos fuzilamentos nas valetas. A câmera na mão e os enquadramentos fechados criam uma sensação de angústia ainda maior para o espectador, o colocando praticamente como participante do horror naquele local. 

É mais um filme indicado para o cinéfilo que gosta de obras que fogem do lugar comum.

7 comentários:

Pedrita disse...

quero ver. não deve ser um filme fácil de assistir. beijos, pedrita

Hugo disse...

Pedrita - É um filme forte.

Bjos

Liliane de Paula disse...

Toda vez que ligo a TV, o filme já começou e não posso(ou não devo gravar).
Mas o pedaço que vi, me interessou.

Hugo disse...

Liliane - Vale assistir.

Marília Tasso disse...

O close constante no protagonista é sufocante, aliás o ator compôs um personagem que desperta muitos sentimentos. Baita filme!

Amanda Aouad disse...

Esse tá na minha lista há algum tempo, mas não consegui ver ainda. Seu texto me reanimou a resgatá-lo.

bjs

Hugo disse...

Marília - Sem dúvida, a escolha do diretor de filmar em close aumenta a tensão e a claustrofobia da história.

Amanda - Vale a pena, com certeza você irá gostar.

Bjos