Deuses e Monstros (Gods and Monsters, EUA / Inglaterra,
1998) – Nota 7,5
Direção – Bill Condon
Elenco – Ian McKellen, Brendan Fraser, Lynn Redgrave, Lolita
Davidovich, David Dukes, Kevin J. O’Connor.
Em 1957, após sofrer um derrame, o aposentado diretor de
cinema James Whale (Ian McKellen) volta para sua bela casa onde tem apenas a
companhia da empregada Hanna (Lynn Redgrave).
Homossexual assumido, Whale
se interessa pelo jovem Clayton Boone (Brendan Fraser), que trabalha em sua
casa como jardineiro. Whale convence Boone a posar como modelo, para que ele
pinte um quadro do rapaz. Mesmo deixando claro que é hétero, Boone cria um
estranho laço de amizade com o velho cineasta, que por seu lado passa a sofrer
de alucinações sobre seu passado, como sequela do derrame.
Baseado em um livro
sobre os últimos dias da vida de James Whale, responsável pelo clássico
“Frankenstein” de 1931, este longa é uma história de amizade entre dois
personagens solitários. Whale nasceu em uma
família pobre, lutou na Primeira Guerra e sempre foi tratado como diferente,
enquanto Boone jamais conseguiu o respeito do próprio pai. É interessante que o
roteiro chega a fazer uma analogia entre a relação de Whale e Boone com a
história do Dr. Frankenstein e seu monstro.
Entre as atuações, até mesmo o
limitado Brendan Fraser se mostra perfeito no papel do jardineiro simples,
sendo que os destaques ficam para McKellen, sensacional como o atormentado
Whale e Lynn Redgrave como a empregada que trata o velho como se fosse um
filho.
Mesmo pesado em algumas sequências, o filme é uma verdadeira homenagem a
um diretor que deixou uma bela carreira, mas que foi totalmente esquecido pelo
público.
2 comentários:
Simplesmente um dos melhores filmes que já vi. Emoções, angústias e desejos intensos. McKellen fenomenal.
Cumps.
Gustavo - Gostei menos do que você, mas concordo que é um ótimo final e uma grande interpretação de McKellen.
Abraço
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