A Teoria de Tudo (The Theory of Everything, Inglaterra,
2014) – Nota 7,5
Direção – James Marsh
Elenco – Eddie Redmayne, Felicity Jones, Charlie Cox, David
Thewlis, Harry Lloyd. Emily Watson, Simon McBurney, Maxine Peake.
Biografias são sempre complicadas, primeiro porque
transportam para a tela uma versão da história e segundo porque esta versão muitas vezes não é a do biografado, mas de alguém que conviveu com ele ou mesmo
de algum escritor que colheu testemunhos diversos.
Esta biografia do físico
Stephen Hawking (Eddie Redmayne) é baseada no livro de sua ex-esposa Jane
Hawking (Felicity Jones), que conviveu com ele durante mais de vinte anos. Por
este motivo, fica a sensação de que as crises entre o casal foram amenizadas,
numa espécie de lembrança poética. Além disso, o foco principal no
relacionamento do casal deixa a carreira de Hawking com suas teorias
revolucionárias em segundo plano.
A trama começa em 1963, quando Hawking está
prestes a finalizar seu doutorado e durante uma festa conhece a jovem Jane. Os
dois começam a namorar, mas não demora para Hawking demonstrar os primeiros
sinais de uma doença degenerativa, diagnosticada por um médico que projeta
apenas mais dois anos de vida para o então estudante. Mesmo sabendo do terrível
problema que terão de enfrentar, Jane e Hawking se casam, com a esperança de
superar a doença.
O filme mostra apenas parte das dificuldades enfrentadas
pelo casal durante o tempo em que viveram juntos, emocionando em alguns
momentos, mas sem grandes exageros. Cenas como a do jantar onde Hawking não
consegue segurar os talheres ou a sequência em que tenta subir a escada se
arrastando, são exemplos das dificuldades que poderiam ter transformando o
físico em alguém revoltado com o mundo, porém vemos o contrário, ele prefere sempre seguir em frente.
A magnífica interpretação física de Eddie
Redmayne é um dos pontos altos do filme e rendeu merecidamente o Oscar de
Melhor Ator.
É basicamente uma história de superação.
4 comentários:
Fiquei com raiva de Redmayne por ter tirado o Oscar de Keaton, mas não há como negar que o filme é um bom trabalho e envereda pelo lado pessoal do doutor em vez de se ater ao seu trabalho científico.
Cumps.
Gustavo - A atuação de Keaton também foi ótima, mas ainda prefiro a de Redmayne.
O grande azar de Keaton é que dificilmente ele terá outra chance de ganhar o Oscar.
Abraço
O problema do filme filme é mesmo ser baseado no livro de Jane Hawking. Fica passional demais, e tende a glorificar a ela, seu esforço, sua superação. Não quero dizer que seu papel não seja digno e fundamental para a trajetória de Hawking, mas o filme exagera em tentar demonstrar isso a todo momento.
bjs
Amanda - É a vida de Hawking pelo olhar de Jane, por isso acredito que os conflitos entre o casal tenham sido amenizados mo filme.
Bjos
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