Tim Maia (Brasil, 2014) – Nota 7,5
Direção – Mauro Lima
Elenco – Robson Nunes, Babu Santana, Alinne Moraes, Cauã
Reymond, Laila Zaid, George Sauma, Luis Lobianco, Valdineia Soriano, Denise
Dumont, John Ventimiglia.
A biografia do polêmico cantor Tim Maia resultou num bom
filme, que chamou a atenção também pelas críticas de seus filhos, de amigos do
cantor e até do diretor em relação as cenas modificadas na versão montada pela
rede Globo para amenizar as atitudes do “rei” Roberto Carlos. Por tudo que foi
falado, fica claro que o filme e a biografia escrita por Nelson Motta são
fragmentos da vida do cantor e nada mais.
Deixando de lado estes fatos e
analisando apenas como cinema, o longa começa mostrando rapidamente a infância, seguindo para
a adolescência quando Tim (Robson Nunes), que ainda era chamado de Tião Marmita por entregar a quentinhas feitas por sua mãe, descobre a música ao frequentar um bar ao lado de amigos
como Roberto e Erasmo Carlos.
A história passa por sua tentativa de início de carreira com a participação no programa de Carlos Imperial, sua aventura maluca nos Estados Unidos, os anos de luta por uma chance em São Paulo, a chegada da fama (agora interpretado por Babu Santana), as loucuras com os amigos e a amada Janaina (Alinne Moraes), a conversão para a picareta seita “Racional”, até sua morte após passar mal em um show.
A narração
fica por conta de Fabio (Cauã Reymond), músico que conviveu por muitos anos com
Tim Maia e conhecia como poucos o amigo maluco.
A história do sujeito renderia
um filme de muitas horas, por isso entendo a dificuldade do diretor em escolher
as situações a serem mostradas.
Na primeira parte com Robson Nunes vemos a luta
para chegar à fama e as atitudes intempestivas de um jovem determinado. A segunda
parte foca nos anos malucos da fama e da decadência por causa da bebida, das
drogas e do dinheiro desperdiçado com a seita. É bom citar que dois atores
estão muito bem no papel de Tim, suas atuações se completam.
É necessário
destacar também a trilha sonora, recheada com sucessos do cantor que são tocados durante
o filme.
Um ponto estranho é o ator George Sauma interpretando Roberto Carlos,
exagerando nos trejeitos do cantor. É provável que a interpretação caricata tenha sido uma escolha do diretor para cutucar “o rei”.
Como curiosidade, vale
destacar a pequena e engraçada participação de John Ventimiglia de “A Família
Soprano” como um taxista na sequência em que o jovem Tim chega aos Estados
Unidos.
No geral temos um bom filme, indicado para quem gosta das músicas de
Tim Maia e que não se importa com as críticas quanto a veracidade dos
fatos mostrados aqui.
4 comentários:
Ainda não vi! Ainda bem que li seu texto! Assim, coloco esse em minha listinha de filmes para 2015.
M - É um bom filme, principalmente para quem gosta das músicas de Tim Maia,
Eu não era chegada em Roberto Carlos, agora fiquei mais antipática a ele ainda.
O filme mesmo, não esse que passou na Globo,não tem os comentários, e deixa mais claro que Roberto era mais arrogante e não era muito amável com Tim.
O filme tbm nos deixa claro que a fama de chato e briguento de Tim era verdadeira.
Enfim, legal, gosto de filmes biografias qdo nos mostram bem as atitudes do personagem.
Abraços
Silvia - O ponto principal é que o filme não poupou os personagens de mostrar seu lado ruim.
Também não gosto do Roberto Carlos, eu até brinco de que deram o titulo de rei e ele realmente acreditou que é uma majestade.
Abraço
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