Sem Evidências (Devil’s Knot, EUA, 2013) – Nota 7
Direção – Atom Egoyan
Elenco – Colin Firth, Reese Whiterspoon, Alessandro Nivola,
James Hamrick, Dane DeHaan, Seth Meriwether, Kristopher Higgins, Kevin Durand, Amy
Ryan, Rex Linn, Robert Baker, Bruce Greenwood, Mireille Enos, Elias Koteas, Matt
Letscher, Julie Ivey.
Em 1993, numa pequena cidade do Arkansas, três garotos
desparecem e depois de alguns dias seus corpos são encontrados num local
conhecido como “Devil’s Not”, uma espécie de pântano no meio da floresta.
A
polícia pressionada para solucionar o caso, deixa várias pistas de lado e
baseando-se na duvidosa confissão de um jovem com problemas mentais, decide que
ele e outros dois adolescentes são os culpados. Um dos garotos (James Hamrick)
é arredio, se veste de preto e diz gostar de estudar bruxaria, o que faz com
que a polícia acredite que a mortes das crianças estejam ligadas a um ritual de
magia negra.
Vendo que a situação poderia levar três jovens possivelmente inocentes
para o corredor da morte, o investigado particular Ron Lax (Colin Firth) se une
aos advogados de defesa e passa a investigar o caso por contra própria,
descobrindo fatos que foram omitidos pela polícia.
O diretor canadense Atom
Egoyan se baseou no famoso caso real dos “Três Garotos de West Memphis”, para
contar os bastidores do processo, o péssimo trabalho da polícia e o pré-julgamento da mídia
que influenciou diretamente o juri e até o mesmo juiz.
Eu ainda não tive
oportunidade de conferir o documento que a HBO produziu sobre o caso real. É um
doc chamado “Paradise Lost”, que foi dividido em três partes e tem um total de
seis horas e meia de duração.
As duas horas de filme tentam condensar a grande
quantidade de informações que vieram à tona durante o julgamento, como a faca
com sangue encontrada com um dos pais das crianças mortas e que nunca fui periciada,
o jovem perturbado que fugiu da cidade após o desaparecimento das crianças, a
estelionatária que forjou um depoimento falso do filho pequeno para não ter que
cumprir pena e várias outras situações que contaminaram o processo, mas que
foram ignoradas pela justiça.
No filme, vale destacar a atuação contida de
Colin Firth como o decidido investigador e a surpreendente Reese Whiterspoon como
a sofrida mãe de uma das crianças mortas.
É bom citar que o estilo de Egoyan é
até certo ponto frio, a narrativa chega a ser lenta em alguns momentos e seus personagens
geralmente são pessoas sofridas ou que escondem segredos.
Longe de ser um
grande filme, vale a sessão para quem deseja saber um pouco mais sobre uma
sinistra história real.
4 comentários:
Em pleno acordo. O filme não é tão horrível quanto os críticos disseram.
Gustavo - O estilo de Egoyan não agrada ao grande público e a parte da crítica.
Abraço
A mim não agradou mesmo. Acho a história forte, com grande potencial, mas mal desenvolvida.
bjs
Amanda - Nas mãos de um diretor melhor poderia render um ótimo drama policial.
Bjos
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