Madadayo (Madadayo, Japão, 1993) – Nota 7,5
Direção – Akira Kurosawa
Elenco – Tatsuo Matsumura, Kyoko Kagawa, Hisashi Igawa, Joji
Tokoro, Masayuki Yui, Akira Terao.
No Japão, em 1943, o professor Uchida (Tasuo Matsumura)
anuncia para seus alunos que abandonará o magistério para seguir a carreira de
escritor. Em seguida, Uchida transforma sua casa num local de encontro com seus
ex-alunos, que o reverenciam como um mestre.
Quando Uchida comemora o
aniversário de sessenta anos com os alunos, seu bairro é bombardeado
pelos aliados e sua casa destruída. Ao lado da esposa (Kyoko Kagawa), o
professor passa a viver em um casebre, porém seus antigos alunos jamais o
abandonam. Eles ajudam a reconstruir sua casa e todo ano comemoram com grande
festa o aniversário do mestre.
Este sensível longa foi o último trabalho do
diretor Akira Kurosawa, que na época já estava com oitenta e três anos. O roteiro escrito pelo próprio diretor contempla pequenas
situações ligadas a difícil época do pós-guerra na Japão. Por quase todo o
filme vemos escombros das casas destruídas na guerra, em outra sequência um
sujeito rodeado de capangas tenta comprar um terreno vizinho à casa do
professor de uma forma agressiva, numa alusão a ação da Yakuza.
Apesar destes
pequenos detalhes negativos sobre o pós-guerra, o ponto principal é o respeito
com que os ex-alunos tratam seu professor, quase uma relação de pai e filhos, algo
que com certeza se perdeu no Japão atual.
O filme perde um pouco o ritmo na
arrastada e longa sequência do gato desaparecido, situação que tem até uma
explicação, mas que não deixa de ser uma falha.
Vale destacar também as festas
de aniversário e a brincadeira em que os alunos gritam “Madakai?” (“Pronto?”) e
o velho professor responde “Madadayo!” (“Ainda não?”), significando que ele
continua forte para mais um ano de vida.
Apesar dos críticos considerarem um filme menor em comparação com o restante da carreira de Kurosawa, o longa vale a sessão pela sensibilidade da relação entre professor e alunos,
2 comentários:
adoro o kurosawa, mas esse não vi. beijos, pedrita
Pedrita - É um filme sensível que vale a sessão.
Bjos
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