Retratos de Família (Junebug, EUA, 2005) – Nota 7,5
Direção – Phil Morrison
Elenco – Embeth Davidtz, Alessandro Nivola, Ben
McKenzie, Amy Adams, Scott Wilson, Celia Weston, Frank Hoyt Taylor
Madeleine (Embeth Davidtz) é uma marchand de sucesso
que vive em Chicago e que se casou com George (Alessandra Nivola) uma semana
após conhecê-lo. Quando ela tem a missão de visitar um excêntrico pintor que
vive no sul do país, George aproveita para levá-la a Carolina do Norte para
conhecer sua família. O que a sofisticada Madeleine não esperava era encontrar
uma família disfuncional que a visse com desconfiança, além é claro da diferença
de costumes.
A mãe de George (Celia Weston) não faz questão alguma de agradar, o pai
(Scott Wilson) é um sujeito calado e distante, o irmão (Ben McKenzie) é um
jovem bruto que parece ter raiva de tudo, inclusive da namorada Ashley (Amy
Adams) que está grávida. A pobre Ashley é uma jovem carente ao extremo, que vê
em Madeleine a chance de ter uma amiga ou uma irmã mais velha.
O roteiro
mistura o choque de culturas com a dificuldade de relacionamentos, causando
situações constrangedoras por causa da falta de diálogo e da intolerância em
entender o outro. Todos os integrantes da família carregam frustrações. A própria Madeleine se mostra esnobe em algumas
situações e descobre da pior forma possível que não conhece seu marido, já que
o casamento ocorreu muito mais pelo sexo e a paixão do que por amor.
Como informação, a ótima interpretação da bela Amy Adams rendeu uma
indicação ao Oscar.
O resultado é um drama triste sobre ressentimentos e
dificuldade de comunicação.
Retratos de uma Realidade (Cross Creek, EUA, 1983) – Nota 7
Direção – Martin Ritt
Direção – Martin Ritt
Elenco – Mary Steenburgen,
Rip Torn, Peter Coyote, Dana Hill, Malcolm McDowell, Alfre Woodard, Joanna
Miles, Jay O. Sanders.
Nos anos trinta, a escritora
Marjorie Kinnan Rawlings (Mary Steenburgen) abandona a vida urbana de Nova York
para morar em uma área rural na Flórida chamada Cross Creek. Sendo uma mulher
independente e com pensamentos avançados para época, sua presença é
vista com surpresa pela população local, ainda mais quando faz amizade com uma
jovem negra (Alfre Woodard) e se envolve com um sujeito (Peter Coyote).
Baseado na vida real da escritora, este sensível longa toca em temas como preconceito e intolerância, além do inevitável choque cultural entre as ideias liberais da mulher independente e a sociedade machista do local.
Vale destacar também a ótima interpretação de Mary Steenburgen, que na era casada com Malcolm McDowell, que aqui tem um papel de coadjuvante. Hoje a atriz está casada com o astro de tv Ted Danson.
Hoje praticamente esquecido, o diretor Martin Ritt deixou uma bela
carreira com várias obras em que a crítica social era o ponto principal, fato
que o fez ser perseguido na época do Macartismo. Entre seus trabalhos se
destacam “Hombre”, longa sobre um mestiço entre branco e índio interpretado por
Paul Newman, “O Indomado”, novamente com Paul Newman interpretando um jovem
rebelde, “Conrack” que tinha Jon Voight como um professor branco que aceitava
lecionar numa comunidade de negros, “Testa-de-Ferro por Acaso” que era uma
paródia sobre a perseguição que ele mesmo sofreu em Hollywood e seu principal
sucesso, o drama “Norma Rae” em que Sallt Field interpreta uma personagem real
que se tornou sindicalista e lutou contra a indústria têxtil no Alabama. Martin
Ritt faleceu em 1990 e agora em 2014 faria cem anos se estivesse vivo.
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