Gosto de Cereja (Ta'm e guilass, Irã / França, 1997) – Nota 6
Direção – Abbas Kiarostami
Elenco – Homayoun Ershadi, Abdolrahman Bagheri, Afshin
Khorshid Bakhtiari, Safar Ali Moradi, Mir Hossein Noori.
Um sujeito de meia-idade (Homayoun Ershadi) vaga com seu
carro pelas ruas de uma cidade e por uma área rural em meio ao deserto, sempre à
procura de alguém que aceite fazer “um trabalho” que ele hesita em contar. O homem
puxa conversa com diversas pessoas e oferece carona para algumas que aceitam,
porém se assustam quando descobrem o que ele realmente deseja.
Para quem não
assistiu não contarei o desejo do protagonista, situação que não tem uma explicação profunda, provavelmente pela escolha do diretor iraniano Abbas
Kiarostami em fazer com que o público fique sem informações para julgar a
atitude do homem.
Nos anos noventa, o cinema iraniano se torna queridinho da crítica
mundial com filmes como “Através das Oliveiras” do próprio Kiarostami, “O Balão
do Branco” de Jafar Panahi e “Filhos do Paraíso” de Majid Majidi, porém são longas com temáticas diferentes das produções ocidentais e uma narrativa própria, algumas vezes lenta e
estranha.
Este “Gosto de Cereja” ao mesmo tempo em que faz pensar sobre a
vida, principalmente na sequência em que um velho homem cita a história do
sabor da cereja, por outro lado apresenta uma narrativa lenta tornando o filme cansativo deixando
a impressão de que nada acontece.
Mesmo tendo vencido a Palma de Ouro em
Cannes, ainda prefiro outras produções iranianas como o citado “Filhos do
Paraíso” e o recente “Procurando Elly”.
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