segunda-feira, 12 de março de 2012

Steve Martin & Carl Reiner

Entre 1979 e 1984, o ator Steve Martin e o diretor Carl Reiner fizeram em parceria quatro comédias que transformaram Martin em astro do gênero, mesmo não sendo grandes filmes.

Steve Martin era conhecido por sua participação no programa "Saturday Night Live", onde não era personagem fixo, mas participou de dezenas de programas nos anos setenta, no auge do show, quando dividia a cena com Eddie Murphy, Chevy Chase e John Belushi, entre outros craques da comédia.

Percebendo o potencial do comediante, o veterano (já na época) Carl Reiner o escalou para o papel principal da comédia "O Panaca", bancando a estréia do ator no cinema e dando início a parceira de sucesso.

Após estes filmes, Steve Martin se firmou numa carreira de sucesso, variando papéis entre comédias e dramas, demonstrando ser também um bom ator dramático. Enquanto isso, Reiner ainda dirigiu algumas simpáticas comédias como "Temporada de Verão" e "Curso de Férias" e hoje aos noventa anos ainda faz pequenas participações como ator, sendo a mais famosa na trilogia "Onze Homens e um Segredo".

Como curiosidade, Carl Reiner é pai do diretor Rob Reiner, responsável por grandes filmes como "Conta Comigo" e "Questão de Honra".

O Panaca (The Jerk, EUA, 1979) – Nota 5,5
Direção – Carl Reiner
Elenco – Steve Martin, Bernadette Peters, Catlin Adams, Mabel King, Richard Ward, Dick Anthony Wiliams, M. Emmett Walsh, Bill Macy, Dick O’Neill.

Navin (Steve Martin) é um sujeito completamente idiota, que as trinta e cinco anos descobre ter sido adotado por sua família, com um detalhe, o branquelo Navin vivia em uma família de negros no Mississipi. Empurrado pela família, Navin decide conhecer o mundo e se envolve em várias confusões até conseguir ficar milionário com uma invenção tão idiota quanto ele. 

Este trabalho foi a estréia de Steve Martin no cinema, porém o filme não é lá grande coisa, tirando uma ou outra piada engraçada, o restante é lento e até irritante. O longa pode ser considerado um precursor de filmes como “Débi & Lóide” e “Quanto Mais Idiota Melhor”.

Cliente Morto Não Paga (Dead Men Don’t Wear Plaid, EUA, 1982) – Nota 7,5
Direção – Carl Reiner
Elenco – Steve Martin, Rachel Ward, Reni Santoni, Carl Reiner, George Gaynes.

O detetive Rigby Reardon (Steve Martin) é contratado pela bela Juliet Forrest (Rachel Ward), uma jovem que faz o estilo mulher fatal e deseja que Reardon descubra a verdade sobre um suspeito acidente de automóvel que matou seu pai, um famoso cientista. Durante a investigação, Reardon cruzará com personagens famosos saídos diretamente de clássicos do cinema noir. 

Utilizando imagens de arquivo, Steve Martin contracena com Ava Gardner, Barbara Stanwyck, Burt Lancaster, Alan Ladd, Cary Grant, Bette Davis e diversos outros astros, num belíssimo trabalho de montagem de Bud Molin, que se casa perfeitamente com o inteligente roteiro do diretor Carl Reiner.

É o melhor filme da parceria entre Reiner e Martin.

O Homem Com Dois Cérebros (The Man With Two Brains, EUA, 1983) – Nota 6,5
Direção – Carl Reiner
Elenco – Steve Martin, Kathleen Turner, David Warner, Paul Benedict, James Cromwell, Richard Brestroff.

O dr. Michael Hfurhruhurr (Steve Martin) é um cientista que procura o amor após perder a esposa. Por um acaso ele salva a bela Dolores (Kathleen Turner), se apaixona e casa-se rapidamente, descobrindo depois que a bela mulher é na verdade fria e cruel. 

Tentando agradar a moça, Michael a leva para Europa em uma segunda lua-de-mel. Em Viena, Michael encontra outro cientista, o Dr. Alfred Necessiter (David Warner), que mostra sua coleção de cérebros. A história fica ainda mais maluca quando Michael começa a conversar com um dos cérebros por telepatia e se apaixona. Para consumar o amor, Michael precisará encontrar um corpo para o cérebro.

Esta história amalucada tem momentos engraçados a cargo de Martin, além de Kathleen Turner no auge da beleza. Na época, o filme foi lançado por aqui com o horrível título de “O Médico Erótico”.

Um Espírito Baixou em Mim (All of Me, EUA, 1984) – Nota 7
Direção – Carl Reiner
Elenco – Steve Martin, Lily Tomlin, Victoria Tennant, Madolyn Smith, Richard Libertini, Dana Elcar, Gailard Sartain.

O último filme da parceira entre Martin e Reiner foi o de maior sucesso e realmente tem sequências engraçadas, principalmente de comédia física quando Martin precisa dividir seu corpo com gestos de homem por um lado e de mulher pelo outro. 

O longa começa com a milionária Edwina (Lily Tomlin) em seu leito de morte recebendo um guru indiano (Richard Libertini) que promete manter o espírito dela na Terra e incorporar na bela Terry (Victoria Tennant) que é sua herdeira. Algo acontece de errado na sessão e o espírito de Edwina incorpora no lado direito de seu advogado Roger Cobb (Steve Martin), que fica apenas com seu lado esquerdo normal. 

A sucessão de gags físicas com Martin abusando dos trejeitos é impagável, mesmo que o filme não seja tão bom quanto promete. A curiosidade é a presença de duas atrizes que tiveram algum sucesso nos anos oitenta e hoje estão sumidas. A inglesa Victoria Tennant foi casada com Steve Martin com quem protagonizou a simpática comédia “L. A. Story” e hoje trabalha apenas em seriados ingleses. Já a bela Madolyn Smith que trabalhou em “2010 – O Ano em que Faremos Contatos” e na minissérie “Sadat”, se aposentou nos anos noventa.

5 comentários:

Rafael W. disse...

Gosto do Steve Martin, bom comediante.

http://cinelupinha.blogspot.com/

Alysson disse...

Ah eu amo os filmes com Steve Martin ele é ótimo curto por demais, ele fazendo comédia ele dá um show, seu último filme Simplesmente Complicado eu adorei! visite sempre meu blog abraços

Hugo disse...

Rafael - Ele é um bom ator, já demonstrou inclusive em dramas.

Alysson - Este último filme eu ainda não conferi.

Abraço

Amanda Aouad disse...

Adoro Cliente Morto Não Paga, acho uma ótima sacada. Mas, no geral, é isso, Steve Martin é um bom comediante com filmes nem tanto. hehe.

bjs

Hugo disse...

Amanda - Com certeza é o filme mais legal da lista. Pena que vários comediantes são desperdiçados em filmes fracos.

Bjos