Direção – Carol Reed
Elenco –
Joseph Cotten, Alida Valli, Orson Welles, Trevor Howard, Bernard Lee, Paul
Horbiger, Ernst Deutsch, Siegfried Breuer, Erich Ponto, Wilfrid Hyde White.
No pós-guerra em Viena na Áustria, o escritor americano
Holly Martins (Joseph Cotten) é convidado por um amigo para trabalhar na
cidade, porém chegando ao local, Holly descobre que o amigo morreu em um
suspeito atropelamento.
Logo, o escritor entra em conflito com o oficial inglês
Major Calloway (Trevor Howard) que acredita que o amigo de Holly estava
envolvido em um esquema de corrupção na cidade. Não acreditando na teoria de
Calloway, Holly resolve investigar e encontra a bela Anna (Alida Valli) que era
amante de seu amigo, além de cruzar com estranhas figuras que contam histórias
contraditórias sobre o acidente.
Este ótimo suspense dirigido pelo inglês Carol
Reed (“Trapézio”, “Nosso Homem em Havana”), acerta na utilização da cidade de
Viena como cenário, ela que ainda estava em parte destruída após a guerra e
também dividida por americanos, ingleses, russos e franceses, que discriminavam
os austríacos e transformavam a cidade num local apropriado para a corrupção.
O
roteiro do escritor Graham Greene cria com perfeição uma trama de mentiras e
interesses, repleta de personagens falsos, inclusive com um dupla de
homossexuais enrustidos, fato curioso em relação à época em que o filme foi produzido.
A melhor sequência é a perseguição final dentro dos esgotos de Viena, muito bem
filmada num local bem diferente, que revela uma sensacional fotografia.
O
elenco é indiscutível, Joseph Cotten e Orson Welles que trabalharam juntos em
nada menos que “Cidadão Kane”, novamente interpretam grandes papéis, tendo
ainda bela italiana Alida Valli como interesse romântico e figura
importantíssima na trama.
A única coisa que parece envelhecida é a trilha
sonora do maestro Anton Karas, que utiliza apenas uma cítara para pontuar o
filme, que na minha opinião se torna um pouco repetitiva e até irritante, mas
isso não tira a qualidade deste grande filme.
6 comentários:
Carol Reed é um diretor que trouxe bons filmes, deve ter feito algo interessante em O Terceiro Homem, vou anotar pra ver.
Equipe UOPM - O filme é tão bom, que existe um lenda que Orson Welles teria dirigido o filme, mas isso nunca foi confirmado.
Abraço
Eai Hugo, Blza?
Fantastico esse Post.
Esse filme é muito bom, atuações memoráveis,e trilha sonora pra lá de diferente, em alguns momentos lembra realmente os filmes de Hitchcock.
Grande Abraço
Jefferson - Ótima citação, realmente em alguns momentos lembra um filme de Hitchcock.
Abraço
Grande clássico do noir que merece respeito, com certeza. Mas não considero ser um dos melhores - digo a nível de um pequeno TOP. Momentos geniais são constantes.
Injeção Cinéfila
Victor - É um grande filme.
Abraço
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