O Verão de Sam (Summer of Sam, EUA, 1999) – Nota 7,5
Direção – Spike Lee
Elenco – John Leguizamo, Mira Sorvino, Adrien Brody, Jennifer Sposito, Michael Rispoli, Saverio Guerra, Brian Tarantina, Bebe Neuwirth, Patti LuPone, Mike Starr, Anthony LaPaglia, Roger Guenveur Smith, Ben Gazzara, Arhur J. Nascarella, John Savage, Michael Badalucco, Spike Lee, Michael Imperioli.
Este interessante longa que mistura um fato real com personagens fictícios foi dirigido por Spike Lee e se passa no verão de 1977 em Nova Iorque, quando a população estava aterrorizada com os crimes cometidos pelo assassino conhecido com “O Filho de Sam” (vivido por Michael Badalucco). O sujeito tinha como alvo casais que namoravam em carros, que eram assassinados com tiros à queima roupa.
No meio desta loucura, a história foca num grupo de pessoas que vive no Brooklin, principalmente o casal Vinny (John Leguizamo) e Dionna (Mira Sorvino). Ele é um cabelereiro que traí a jovem com várias mulheres, mas acredita ser pecado fazer sexo com a própria esposa, o que deixa a pobre Dionna sentindo-se culpada. O melhor amigo de Vinnie é Richie (Adrien Brody), jovem de origem italiana que aderiu ao movimento punk e por isso passa a ser deixado de lado por antigos amigos. Richie se envolve com a promíscua Ruby (Jennifer Sposito) e acaba aceito por ela mesmo trabalhando como michê em uma casa de shows gay.
O medo causado pelos crimes do “Filho de Sam” influenciará ainda mais a vida destes personagens, principalmente após uma dupla de policiais (Anthony LaPaglia e Roger Guenveur Smith) pedir ajuda ao mafioso local, Luigi (o veterano Ben Gazzara) para caçar o assassino. Luigi oferece uma recompensa pela captura, o que faz com o pequeno traficante Joey T (Michael Rispoli) e seus amigos criem uma lista de possíveis suspeitos e passem a vigiá-los, dando início a uma maluca caçada.
Todos os ingredientes que Spike Lee costuma inserir em seus filmes estão aqui, a questão do preconceito, com descendentes de italianos que vêem o punk de Adrien Brody como uma aberração e também contra as mulheres, tratadas como objeto. Temos ainda a locação em Nova Iorque, além de utilizar o calor da época como quase um personagem, assim como ele fez no ótimo “Faça a Coisa Certa”.
O filme é curioso ao mostrar duas famosas casas de show extremamente famosas na época e que recebiam públicos completamente opostos, o santuário punk de shows CBGB e o Estúdio 54, local onde os descolados fãs da Disco se reuniam para curtir a noite.