A Onda (The Wave, EUA, 1981) – Nota 6
Direção – Alex Grasshoff
Elenco – Bruce Davison, Lori Lethin, John Putch, Jonny Doran, Pasha Gray.
Um professor de história (Bruce Davison) durante um debate sobre nazismo em sala de aula, é questionado porque o povo alemão não se rebelou contra os nazistas. Curioso, ele inicia no dia seguinte uma experiência, onde cria algumas regras de convivência e rapidamente começa a domesticar os alunos, fazendo-os acreditar que estão participando de algo importante. O que começa como uma experiência, toma uma grande proporção quando os que pertencem ao movimento, batizado pelo professor de “A Onda”, passam a discriminar quem não participa e começam a acreditar que fazem parte de uma elite.
O interessante tema é explorado rapidamente neste curtíssimo filme (44 minutos) feito para tv, mas perde o impacto para quem assistiu a refilmagem alemã, este sim um longa completo que explora várias situações e detalhes que no original estão extremamente resumidos. Além disso, apesar do protagonista Bruce Davison ser um bom ator, o restante do elenco é fraco e fica bem abaixo do elenco alemão da nova versão.
Eu indicaria que assistissem primeiro a refilmagem e se possível depois o original, pois a história é a mesma, apenas com um pequena mudança no final. Acredito que a versão americana mostra o final verdadeiro da história, em virtude destes filmes serem baseados numa história real ocorrida num colégio americano nos anos sessenta.
6 comentários:
Sabia que o caso era baseado em fatos reais, mas não conhecia esse filme. Não me interessou muito também. Acho que basta a versão alemã, que por sinal achei bem interessante.
Eu discordo da ordem, Hugo, vi primeiro o de 1981 e depois a versão alemã. O foco dos dois filmes é diferente, no americano a pergunta é como a sociedade alemã não percebeu o que acontecia. No alemão é se seria possível outro movimento nazista sugir na Alemanha.
Em termos cinematográficos, realmente, o primeiro é muito inferior, pois é um filme para televisão, um média-metragem, então, é complicado mesmo comparar. Mas, acho que a história original é melhor resolvida. O professor sabe o que está fazendo o tempo todo, e finaliza de forma genial. Está bem que tudo acontece dentro do colégio, o controle é maior. Mas, por ser uma aula de história, é mais crível que os alunos não tenham consciência do que está acontecendo e percebam o que fizeram.
No filme alemão, o professor começa jogando a experiência levianamente e perde o controle total da situação, por isso aquele final. Os tempos são outros e a experiência sai dos muros da escola, indo até para internet, mas o que mais impressiona é que a aula era de autoarquia, o professor fala claramente o que é aquilo que eles estão vivenciando. Não tem ninguém enganado, então, a ficha não tinha como simplesmente cair no final.
Eu gostei do filme alemão como conjunto da obra, mas fiquei nervosa com aquele final e como o professor bateu cabeça para terminá-lo.
Assisti no Festival do Rio. Muito bom filme.
Ibertson - O filme alemão é bem melhor, com certeza.
Amanda - Eu citei esta ordem porque gosto da supresa e como a refilmagem alemã é melhor como cinema, acredito que seria o ideal assistir primeiro.
O final do filme alemão tenta ser mais contundente, com certeza foi uma escolha do diretor.
Alexandre - É um bom filme.
Abraço a todos
o correto é "autocracia"... no filme alemão há a explicação do por que do nome...
Não acho o filme alemçao mal resolvido, mas sim que faltou um pouco mais de aprofundamento nas aulas e no relacionamento do professor, pois o que mostra de ambos, não da ideia alguma do que realmente aconteceu em sala de aula e nem na casa do casal! Lógico que fica tudo subentendido, porém podia e devia ter explorado um pouco mais esses dois pontos! Mas o filme alemão é muito melhor, por se tratar de alunos do ensino médio de verdade e não um monte de adultos se fazendo de ator da malhação(o mania americana de colocar adultos pra interpretar adolescentes)! O filme americano, no desenrolar, mostra melhor tanto a situação em sala de aula e na vida pessoal do professor! Mas tirando isso, o alemão ganha de lavada! Cinco pra este e sete pro alemão!
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