O Dia do Chacal (The Day of the Jackal, França / Inglaterra, 1973) – Nota 8,5
Direção – Fred Zinnemann
Elenco – Edward Fox, Michael Lonsdale, Derek Jacobi, Alan Badel, Cyril Cusack.
No início dos anos sessenta, alguns oficiais do exército francês que lutaram na Argélia, se voltam contra o premier francês General De Gaulle, em virtude deste ter assinado a independência do país. Para este grupo de oficiais, o ato do General foi uma traição. Com isso começaram a praticar atos contra governo e após falhar na tentativa de assassinato contra o premier, resolvem contratar um estrangeiro para realizar o serviço. O escolhido é um sujeito de origem inglesa conhecido apenas como “O Chacal” (Edward Fox), que exige um grande quantia de dinheiro e a organização rebelde acaba chamando a atenção do serviço secreto francês quando começa a arrecadar a grana com roubos a bancos. O governo francês percebendo que algo grande pode acontecer, indica o Comissário Leber (Michael Lonsdale) para cuidar do caso e descobrir o que os rebeldes estão tramando. Este é o início de um sensacional jogo de gato e rato entre o Comissário e o Chacal.
Acredito que hoje o filme está ainda mais interessante do que na época, pelo fato de estarmos acostumados com a velocidade da informação, porém quando o filme foi feito o grande meio de comunicação era o telefone e as informações estavam todas em papel. Esta é a grande sacada do longa, que se transforma numa corrida contra o tempo, enquanto o Comissário Leber e sua equipe tentam seguir o rastro do assassino e sempre chegam um pouco atrasados, em virtude da demora em levantar as informações, o Chacal se esquiva de forma inteligente de cada situação, criando um jogo de xadrez, onde os dois personagens tentam descobrir o próximo movimento do oponente. A dupla de protagonistas está perfeita, Fox faz um assassino inteligente e extremamente frio, enquanto Lonsdale é o sujeito atento aos detalhes.
Este é um dos melhores filmes do grande diretor austríaco Fred Zinnemann, hoje um pouco esquecido pelo tempo, mas que fez belos filmes em Hollywood, como o drama de guerra “A Um Passo da Eternidade” e o clássico faroeste “Matar ou Morrer”.
O longa foi refilmado nos anos noventa com Bruce Willis, Richard Gere e Sidney Poitier, porém o resultado ficou abaixo do original.
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