quarta-feira, 24 de setembro de 2025

1992

 

1992 (1992, EUA, 2022) – Nota 5,5
Direção – Ariel Vromen
Elenco – Tyrese Gibson, Ray Liotta, Scott Eastwood, Christopher Ammanuel, Dylan Arnold, Oleg Taktarov, Ori Pfeffer, Clé Bennett.

Los Angeles, 29 de abril de 1992. No dia em que os policiais que espancaram Rodney King são considerados inocentes em um julgamento, parte da população de South Central inicia uma revolta destruindo carros e saqueando lojas. Nesse contexto, o ex-presidiário Mercer (Tyrese Gibson) procura o filho adolescente com quem se desentendeu naquele dia e uma quadrilha planeja colocar em prática um assalto. 

Esse longa tem uma premissa dramática ao utilizar como pano de fundo a história real do caos que se instalou em Los Angeles naquela noite, porém criando uma trama fictícia que foca basicamente nas sequências de ação. 

O roteiro ainda tenta explorar a questão familiar, tanto na relação do protagonista com o filho, quanto na quadrilha liderada pelo personagem de Ray Liotta que tem dois filhos entre os integrantes. 

As sequências da destruição na rua são poucas e focadas em espaços específicos, com a maior parte da ação acontecendo em um complexo de depósitos. 

Esse filme será mais lembrando por ter sido um dos últimos trabalhos de Ray Liotta, do que pela qualidade.

terça-feira, 23 de setembro de 2025

A Saudade que Fica

 

A Saudade que Fica (The Parades, Japão, 2024) – Nota 6,5
Direção – Michihito Fujii
Elenco – Masami Nagasawa, Kentaro Sakaguchi, Ryusei Yokohama, Lily Franky, Nana Mori, Morgan Bo.

Após uma catástrofe natural, Minako (Masami Nagasawa) acorda na praia e se desespera por não encontrar seu filho pequeno. A terrível situação fica ainda pior quando ela descobre estar morta e presa na Terra em uma espécie de limbo junto com diversas outras pessoas. 

Este interessante longa japonês mistura drama, fantasia e o tema da vida após a morte. A ideia principal é a crença de que uma pessoa ou sua alma somente se libertará totalmente da vida carnal quando resolver suas pendências neste mundo. 

Mesmo tendo Minako com protagonista, o roteiro detalha em sequências específicas os problemas que cada personagem precisa resolver para seguir em frente, inclusive levando a uma surpresa na parte final. Por outro lado, a narrativa é bastante irregular, com algumas situações que se alongam demais. 

O resultado é uma obra mediana que faz pensar sobre o além da vida terrena.

segunda-feira, 22 de setembro de 2025

Riff Raff: Um Crime em Família

 

Riff Raff: Crime em Família (Riff Raff, EUA / Inglaterra, 2024) – Nota 5,5
Direção – Dito Montiel
Elenco – Ed Harris, Jennifer Coolidge, Lewis Pullman, Miles J. Harvey, Gabrielle Union. Emanuela Postacchini, Bill Murray, Pete Davidson, Michael Angelo Covino, Scott Michael Campbell, Roger Guenveur Smith, P.J. Byrne.

Vincent (Ed Harris) vive tranquilamente em pequena cidade com a esposa (Gabrielle Union) e o enteado (Miles J. Harvey), até que seu filho do primeiro casamento (Lewis Pullman) reaparece com a namorada grávida (Emanuela Postacchini) e a mãe complicada (Jennifer Coolidge). Junto com as visitas inesperadas, Vincent terá de lidar com o passado que está enterrado. 

O diretor Dito Montiel estreou no cinema em 2006 com “Santos e Demônios”, que era uma história autobiográfica de sua juventude em um bairro de Nova York repleto de pequenos criminosos nos anos oitenta. 

O filme fez algum sucesso e deixou a impressão de que Montiel poderia ser tornar um bom diretor, algo que não aconteceu. Nesses vinte anos ele dirigiu outros sete filmes sempre com os mesmos defeitos. São roteiros repletos de clichês envolvendo diversos personagens com uma ambientação marginal e pitadas de violência. 

Esse “Riff Raff” é basicamente isso. Uma história de criminosos que já foi contada diversas vezes no cinema, incluindo a escolha de inserir diálogos engraçadinhos e o habitual acerto de contas sangrento com todos os personagens envolvidos. A curiosidade é que mesmo entregando filmes fracos, Montiel continua conseguindo atrair nomes famosos para compor o elenco.

domingo, 21 de setembro de 2025

Uma Prova de Coragem

 

Uma Prova de Coragem (Arthur the King. EUA / Canadá, 2024) – Nota 7
Direção – Simon Cellan Jones
Elenco – Mark Wahlberg, Simu Liu, Juliet Rylance, Nathalie Emmanuel, Ali Suliman, Bear Grylls, Paul Guilfoyle, Rob Collins.

Michael (Mark Wahlberg) é um participante de corrida de aventuras em equipe que ficou marcado após um fiasco em uma competição. Ao conseguir uma última chance de participar de uma corrida na República Dominicana, Michael é surpreendido pela atitude de um cachorro que passa a seguir sua equipe durante todo o percurso. 

Esse longa é baseado na história real do corredor sueco Mikael Lindnord, que contou sua sensacional experiência em um livro que se tornou best seller. O filme tem as habituais sequências de obstáculos em histórias de competição, tanto questões pessoais, como a ação da natureza. 

A participação do cachorro é uma verdadeira lição de vida sobre lealdade, amizade e gratidão. É basicamente um filme com estilo clássico da sessão da tarde, daqueles feitos para divertir e emocionar. 

Vale citar que o astro Mark Wahlberg e o diretor Simon Cellan Jones trabalharam juntos no ano anterior no também divertido “Plano em Família”.

sábado, 20 de setembro de 2025

Faça Ela Voltar

Faça Ela Voltar (Bring Her Back, Austrália, 2025) – Nota 7
Direção – Danny Philippou & Michael Philippou
Elenco – Sally Hawkins, Billy Barratt, Mischa Heywood, Jonah Wren Phillips, Stephen Phillips.

Após a morte repentina do pai, os meio-irmãos Andy (Billy Barrett) e Cathy (Mischa Heywood) são levados de forma temporária para a casa de Laura (Sally Hawkins), que cuidará dos adolescentes por três meses até Andy completar a maioridade. Não demora para eles perceberam que existe algo de errado com Sally, que cuida também de um garoto mais novo que não fala (Jonah Wren Phillips). 

Esse terror australiano dirigido pelos irmãos Philippou, do também assustador “Fale Comigo”, tem um narrativa sinistra com uma tensão crescente até a explosão de violência e sangue comum aos filmes atuais do gênero. 

As atuações do trio de adolescentes é bastante convincente, com um assustador Jonah Wren Phillips. A ótima atriz inglesa Sally Hawkins utiliza seu sorriso marcante de uma forma sinistra, criando uma personagem que dá arrepios desde a primeira cena em que aparece. 

Não chega a ser um grande filme, mas vai agradar quem gosta do estilo.

sexta-feira, 19 de setembro de 2025

Aqui Quem Fala é o Zodíaco

 

Aqui Quem Fala é o Zodíaco (This Is the Zodiac Speaking, EUA, 2024) – Nota 7
Direção – Phil Lott & Ai Mark
Documentário

Essa série documental em três episódios se destaca entre várias outras que focam na história do serial killer conhecido como Zodíaco por trazer depoimentos de dois irmãos e uma irmã da família Seawater que conviveram quando crianças com Arthur Leigh Allen, considerado o principal suspeito dos crimes.

O foco da série é mostrar que muitas das pistas que apontavam para Leigh são corroboradas por essa família. Eles eram adolescentes nos anos sessenta, chegaram a viajar a passeio com Leigh pelos locais onde os crimes foram cometidos posteriormente, além de várias outras situações que com o passar dos anos eles perceberam que foram provavelmente testemunhas involuntárias dos atos do assassino. 

Por mais que as pistas indiquem Leigh como culpado, dificilmente o caso será solucionado oficialmente. São mais de cinquenta anos de investigação sem uma resposta definitiva.

quinta-feira, 18 de setembro de 2025

Novocaine: À Prova de Dor

 

Novocaine: À Prova de Dor (Novocaine, EUA / Canadá / África do Sul, 2025) – Nota 6
Direção – Dan Berk & Robert Olsen
Elenco – Jack Quaid, Amber Midthunder, Ray Nicholson, Jacob Batalon, Betty Gabriel, Matt Walsh, Conrad Kemp, Evan Hengst, Craig Jackson, Lou Beatty Jr.

Nate (Jack Quaid) é um tímido gerente que sofre de uma estranha condição. Ele não sente dor alguma. Quando sua nova namorada (Amber Midthunder) é sequestrada durante um assalto, ele decide sair de forma tresloucada na caça aos criminosos. 

Este longa que mistura ação, comédia e muito sangue segue o estilo que se popularizou nos últimos anos com o sucesso da franquia “John Wick” e de diversos filmes de terror que abusam do gore. 

O protagonista vivido por Jack Quaid dá conta do recado nas diversas sequências de ação absurdas e até engraçadas. Por outro lado, o roteiro é um amontoado de clichês com personagens caricatos. É aquele tipo de filme despretensioso que vai agradar durante a sessão, mas que logo será esquecido.