terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Máfia no Divã & A Máfia Volta do Divã


Ontem o cinema perdeu o ator, diretor e roteirista Harold Ramis. Mesmo longe de ter feito uma carreira brilhante, Ramis será sempre lembrado pelo papel em "Os Caça-Fantasmas" e como diretor do divertido "Feitiço do Tempo".

Ramis fez parte de uma ótima geração de comediantes que surgiu nos anos setenta (Dan Aykroyd, John Belushi, Gilda Radner, John Candy, etc), mas teve em Bill Murray seu principal parceiro em vários trabalhos.

Como homenagem, comento duas comédias dirigidas por Ramis.

Máfia no Divã (Analyze This, EUA, 1999) – Nota 7
Direção – Harold Ramis
Elenco – Robert De Niro, Billy Crystal, Lisa Kudrow, Chazz Palminteri, Leo Rossi, Joe Viterelli, Molly Shannon.

O chefão mafioso Paul Vitti (Robert De Niro) começa subitamente a ter ataques de ansiedade e pela posição que ocupa no mundo do crime, seria ridicularizado e provavelmente até assassinado se outros mafiosos descobrissem o problema. Para tentar se curar rapidamente, já que uma reunião entre chefes da Máfia está programada para ocorrer em Miami em pouco tempo, Vitti procura ajuda com o psiquiatra Ben Sobel (Billy Crystal), que se sente pressionado por ter de tratar alguém tão perigoso como Vitti, mas não pode descartar o sujeito, tanto pela ética médica, como a provável reação do paciente. 

Lançado quase que simultaneamente com a série “The Sopranos”, que tinha uma premissa semelhante, este longa teve um razoável sucesso um pouco por esta comparação e principalmente pela química entre De Niro e Billy Crystal. O personagem de De Niro é uma sátira aos mafiosos clássicos do cinema, alternando momentos depressivos e outros em que aflora o lado violento, enquanto Crystal faz o papel do irônico médico de origem judaica, que dispara  piadas para esconder o medo. 

O resultado é uma simpática comédia que tem ainda Lisa Kudrow, que estava no auge de “Friends”, interpretando a noiva de Billy Crystal e Chazz Palminteri como uma mafioso rival de De Niro. 

A Máfia Volta ao Divã (Analyze That, EUA, 2002) – Nota 5,5
Direção – Harold Ramis
Elenco – Robert De Niro, Billy Crystal, Lisa Kudrow, Joe Viterelli, Cathy Moriarty, Anthony LaPaglia, John Finn.

Após se preso no final do longa original, Paul Vitti (Robert De Niro) começa a ter uma comportamento estranho na cadeia, fazendo com que o FBI chame o dr. Ben Sobel (Billy Crystal) para examinar o antigo paciente. Sobel diz que Vitti está estressado com a prisão e que pode enlouquecer, sem imaginar que para resolver a situação a justiça solte o sujeito determinando que ele fique sob a guarda do psiquiatra. Obrigado a tomar conta do mafioso e fazer com que ele encontre um emprego normal, Sobel vê sua vida com a esposa (Lisa Kudrow) virar de ponta de cabeça. 

Se o primeiro filme era engraçado e tinha uma trama original, esta sequência peca por repetir as piadas e principalmente pela história absurda. Uma sequência deve ser produzida quando se tem uma trama verossímil que se casa com a história original e que traga algumas novidades, o que infelizmente este longa não tem, resultando apenas num caça-níquel de luxo que tem como destaque somente a química entre De Niro e Crystal.

2 comentários:

Gustavo disse...

Sem dúvida, o primeiro dá uma goleada na continuação!

Hugo disse...

Gustavo - Continuação de comédia dificilmente resulta em bom filme.

Abraço