Ontem o cinema perdeu o ator, diretor e roteirista Harold Ramis. Mesmo longe de ter feito uma carreira brilhante, Ramis será sempre lembrado pelo papel em "Os Caça-Fantasmas" e como diretor do divertido "Feitiço do Tempo".
Ramis fez parte de uma ótima geração de comediantes que surgiu nos anos setenta (Dan Aykroyd, John Belushi, Gilda Radner, John Candy, etc), mas teve em Bill Murray seu principal parceiro em vários trabalhos.
Como homenagem, comento duas comédias dirigidas por Ramis.
Máfia no Divã (Analyze This, EUA, 1999) – Nota 7
Direção – Harold Ramis
Elenco – Robert De Niro, Billy Crystal, Lisa Kudrow, Chazz
Palminteri, Leo Rossi, Joe Viterelli, Molly Shannon.
O chefão mafioso Paul Vitti (Robert De Niro) começa subitamente
a ter ataques de ansiedade e pela posição que ocupa no mundo do crime, seria
ridicularizado e provavelmente até assassinado se outros mafiosos descobrissem
o problema. Para tentar se curar rapidamente, já que uma reunião entre chefes
da Máfia está programada para ocorrer em Miami em pouco tempo, Vitti procura
ajuda com o psiquiatra Ben Sobel (Billy Crystal), que se sente pressionado por
ter de tratar alguém tão perigoso como Vitti, mas não pode descartar o
sujeito, tanto pela ética médica, como a provável reação do paciente.
Lançado
quase que simultaneamente com a série “The Sopranos”, que tinha uma premissa
semelhante, este longa teve um razoável sucesso um pouco por esta comparação e principalmente
pela química entre De Niro e Billy Crystal. O personagem de De Niro é uma sátira aos
mafiosos clássicos do cinema, alternando momentos depressivos e outros em que
aflora o lado violento, enquanto Crystal faz o papel do irônico médico de
origem judaica, que dispara piadas para esconder o medo.
O resultado é uma simpática comédia que tem
ainda Lisa Kudrow, que estava no auge de “Friends”, interpretando a noiva de
Billy Crystal e Chazz Palminteri como uma mafioso rival de De Niro.
A Máfia Volta ao Divã (Analyze That, EUA, 2002) – Nota 5,5
Direção – Harold Ramis
Elenco – Robert De Niro, Billy Crystal, Lisa Kudrow, Joe
Viterelli, Cathy Moriarty, Anthony LaPaglia, John Finn.
Após se preso no final do longa original, Paul Vitti (Robert
De Niro) começa a ter uma comportamento estranho na cadeia, fazendo com que o FBI
chame o dr. Ben Sobel (Billy Crystal) para examinar o antigo paciente. Sobel
diz que Vitti está estressado com a prisão e que pode enlouquecer, sem imaginar que
para resolver a situação a justiça solte o sujeito determinando que ele fique sob a guarda do psiquiatra. Obrigado a tomar conta do mafioso e fazer com que
ele encontre um emprego normal, Sobel vê sua vida com a esposa (Lisa Kudrow)
virar de ponta de cabeça.
Se o primeiro filme era engraçado e tinha uma trama
original, esta sequência peca por repetir as piadas e principalmente pela
história absurda. Uma sequência deve ser produzida quando se tem uma trama
verossímil que se casa com a história original e que traga algumas novidades, o
que infelizmente este longa não tem, resultando apenas num caça-níquel de luxo
que tem como destaque somente a química entre De Niro e Crystal.
2 comentários:
Sem dúvida, o primeiro dá uma goleada na continuação!
Gustavo - Continuação de comédia dificilmente resulta em bom filme.
Abraço
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