Alma Corsária (Brasil, 1993) – Nota 7
Direção – Carlos Reichenbach
Elenco – Bertrand Duarte, Jandir Ferrari, Andrea Richa,
Mariana de Moraes, Flor, Jorge Fernando, Emilio Di Biasi, Abrahão Farc.
Rivaldo (Bertrand Duarte) e Teodoro (Jandir Ferrari) são
amigos de infância que estão lançando juntos um livro de poesias que contam momentos
de suas vidas. Ao invés de um local comum como uma livraria, os amigos decidem
fazer a festa de lançamento em uma pastelaria na região central de SP. Enquanto
a festa acontece, em flashback o espectador conhecerá um pouco da vida dos
amigos, suas aventuras quando adolescentes, além das crises e os amores da
juventude, tudo isso passando por vários bairros de São Paulo, como Jabaquara,
Pompéia e Glicério.
O diretor, roteirista e fotógrafo gaúcho Carlos
Reichenbach, falecido em 2012, foi um dos muitos que se tornaram profissionais
de cinema na chamada “Boca do Lixo”, trabalhando em produções baratas e
criativas. Sua carreira como diretor, principalmente seus filmes a partir de “Anjos
do Arrabalde” de 1987, seguem um estilo que mistura crítica social com lembranças de sua vida pessoal, sempre com personagens próximos da realidade e muitas vezes vivendo
à margem da sociedade.
Neste filme específico, o roteiro foca principalmente na
vida do personagem de Bertrand Duarte, que é de família pobre, filho de uma
viúva, que faz amizade com o jovem burguês interpretado por Jandir Ferrari.
Dois personagens completamente diferentes, que cultivam uma amizade que hoje em
dia seria quase impossível.
O história começa no final dos anos cinquenta e
segue até os anos setenta, mostrando neste período situações da época como a
ditadura militar, a repressão da polícia e o fechamento dos cinemas de rua,
entre outros fatos.
Os personagens são baseados em várias pessoas que o diretor
Reichenbach conheceu e as situações em fatos que ele vivenciou, resultando numa
espécie de resumo da vida dos jovens nos anos sessenta.
O filme perde pontos em
algumas cenas dentro da pastelaria, principalmente pelos desempenhos caricatos
do diretor global Jorge Fernando como o relações públicas da editora e sua
namorada interpretada por Flor, conhecida como jurada do programa Silvio
Santos.
Por outro lado, vale destacar o ótimo desempenho de Bertrand Duarte, ator que eu não conhecia e que pesquisando descobri que tem pouquíssimos
trabalhos na carreira. Por este filme, a impressão é que o sujeito seria um
ótimo ator.
2 comentários:
Olá,
É aquela época do ano outra vez. E volto a te convidar para participar do Bolão do Oscar do “DVD, Sofá e Pipoca”. (http://goo.gl/pZrkOf)
Te esperamos lá, e boa sorte!
Fabiane, valeu pelo convite.
Abraço
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