sexta-feira, 11 de abril de 2025

Oficina do Diabo

 

Oficina do Diabo (Brasil, 2025) – Nota 8
Direção – Filipe Valerim
Elenco – Sergio Barreto, Felipe de Barros, Roberto Mallet, Elizângela, Felipe Folgosi, Rafael Senatore, Ari Willians, Jessica Vasconcelos.

Em 1969, Pedro (Sergio Barreto) é um músico que após se perder na vida e na carreira, volta para a casa da mãe (Elizângela) em uma pequena vila no interior do Paraná. Frustrado e sem perspectivas, Pedro é atormentado em sua mente pelo jovem demônio Davi (Felipe de Barros), que tem com tutor o velho diabo Fausto (Robert Mallet). Enquanto Pedro tenta reencontrar seu caminho, os demônios agem para possuir sua alma. 

Este longa produzido pelo Brasil Paralelo tem como ponto principal a luta que todas as pessoas travam diariamente contra seus próprios demônios. O roteiro parte da ideia de que as pessoas tem a livre escolha de como enfrentar a vida, seja ultrapassando obstáculos sem deixar com que eles influenciem em seus relacionamentos ou se entregar a frustração, ao medo e ao ódio, pagando caro por isso. 

Mesmo para quem não acredita em vida após a morte ou espiritualidade, o filme é simbólico ao mostrar que a pessoa pode escolher viver na Terra como se fosse seu paraíso ou transformar sua existência em um inferno. 

A parte técnica é extremamente caprichada, mesmo ficando claro que não é um filme de grande orçamento. Os destaques do elenco ficam para da dupla de demônios interpretados por um cínico Roberto Mallet e um ambicioso Felipe de Barros, além de ter sido o último papel da atriz Elizângela. Conhecida por diversos trabalhos na tv durante mais de quarenta anos, ela faleceu em 2023, antes do filme ter sido montado. 

Vale citar que as locações foram na Vila de Paranapiacaba, famoso local turístico no Estado de São Paulo.

Um comentário:

Liliane de Paula disse...

Tenho a Brasil Paralelo e não consegui assistir por conta do personagem do diabo velho. Achei tão feio, tão asqueroso. Mas com sua avaliação vou assistir.
Elisângela era linda quando moça. Mas a velhice é uma fábrica de monstros.