segunda-feira, 10 de março de 2025

The Sicilian Connection, Lepke & Marche ou Morra

 

The Sicilian Connection (Afyon Oppio, Itália / França, 1972) – Nota 6,5
Direção – Ferdinando Baldo
Elenco – Ben Gazzara, Silvia Monti, Fausto Tozzi, Steffen Zacharias, Luciano Catenacci.

Joe Coppola (Ben Gazzara) é um americano de origem italiana que viaja para a Turquia e posteriormente para a Sicília na Itália com o objetivo de negociar com traficantes locais a compra de um carregamento de heroína que ele pretende vender em Nova York. 

Nos anos sessenta e setenta, o cinema italiano produziu dezenas de filmes copiando o estilo americano, principalmente westerns e policiais. A receita era contratar pelo menos um astro americano para ser o protagonista em meio a um elenco de italianos e dublar o o filme em inglês para o lançamento internacional. 

Mesmo sendo cópias, alguns destes filmes são bem interessantes, como esse “The Sicilian Connection”. A produção passa por Istambul, Roma, Palermo e termina em Nova York com direito a um sequência de perseguição de automóveis e uma reviravolta no final. 

Lógico que a narrativa envelheceu e falta mais ação, porém a história sobre o fluxo do tráfico de drogas é bem amarrada e o protagonista vivido pelo americano Ben Gazzara dá conta do recado.

Lepke (Lepke, Israel / EUA, 1975) – Nota 6
Direção – Menahem Golan
Elenco – Tony Curtis, Anjanette Comer, Michael Callan, Warren Berlinger, Gianni Russo, Vic Tayback, Milton Berle.

Louis “Lepke” Buchalter (Tony Curtis) entrou para o crime ainda adolescente, passou alguns anos na prisão e ao ganhar a liberdade se envolveu com uma quadrilha, crescendo na hierarquia até se tornar o chefão e ao lado de mafiosos famosos como Lucky Luciano, criou o Sindicato do Crime. 

Durante os anos setenta, os produtores Menahem Golan e Yoram Globus, que eram primos e faziam filmes em Israel desde os anos sessenta, começaram a se arriscar em produções americanas. Em parceria com a produtora Cannon, que eles se tornariam donos em 1980, a dupla tentou aproveitar o sucesso de filmes sobre a Máfia com esse longa que detalhava a vida real do gângster Lepke. 

A narrativa irregular, a trama bastante previsível e o elenco de canastrões não ajudaram, mesmo com algumas boas sequências de violência. O astro Tony Curtis que já estava com o carreira na descendente, ainda entrega uma boa atuação como o protagonista. 

É um filme que vale apenas como curiosidade.

Marche ou Morra (March or Die, Inglaterra, 1977) – Nota 5,5
Direção – Dick Richards
Elenco – Gene Hackman, Terence Hill, Catherine Deneuve, Max von Sydow, Ian Holm, Jack O’Halloran, Rufus, Paul Sherman.

Na década de 1920, um batalhão da Legião Estrangeira liderado pelo Major Foster (Gene Hackman) recebe a missão de proteger uma escavação arqueológica no deserto do Marrocos. Uma tribo árabe ameaça atacar por considerar o local da escavação um cemitério sagrado. 

A premissa desse longa é bastante interessante ao colocar visões diferentes em conflito. O grande problema é que o filme é arrastado. Durante uma hora e meia a narrativa foca em diálogos sobre pequenos conflitos, no flerte entre os personagens de Terence Hill e Catherine Deneuve, além das algumas pitadas engraçadas. Apenas nos quinze minutos finais explode uma violenta sequência de ação, ou seja, é pouco para um filme que tinha potencial para ser muito melhor desenvolvido.

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