sexta-feira, 18 de outubro de 2024

A Última Onda & A Longa Caminhada


A Última Onda (The Last Wave, Austrália, 1977) – Nota 6,5
Direção – Peter Weir
Elenco – Richard Chamberlaind, Olivia Hamnettt, David Gulpilil, Nandjiwarra Amagula.

David Burton (Richard Chamberlaind) é um advogado tributarista que aceita atuar em um caso criminal. Cinco jovens aborígenes são acusados de assassinar outro rapaz após uma briga da bar. Além do complicado caso, David sofre com pesadelos em que vê um dos aborígenes (David Gulpilil) tentando passar uma mensagem importante. 

O diretor australiano Peter Weir fez uma bela carreira em Hollywood com sucessos como “A Testemunha”, “Sociedade dos Poetas Mortos” e “O Show de Truman”. Antes disso, Weir comandou ótimos filmes em seu pais natal, como “Piquenique na Montanha Misteriosa” e “Gallipoli”. 

Este “A Última Onda” apresenta uma trama jurídica policial misturando o misticismo e as tradições aborígenes com pitadas de ficção. Hoje o filme envelheceu um pouco na narrativa irregular e nos efeitos especiais rudimentares. Os avisos que o protagonista vivido por Richard Chamberlaind recebem são curiosos, porém a surpresa final é algo esperado.

A Longa Caminhada (Walkabout, Inglaterra / Austrália / EUA, 1971) – Nota 5,5
Direção – Nicolas Roeg
Elenco – Jenny Agutter, David Gulpilil, Luc Roeg, John Meillon.

Uma situação trágica leva uma adolescente (Jenny Agutter) e seu irmão menor (Luc Roeg) a ficarem perdidos no meio do deserto australiano. Eles cruzam o caminho de um jovem aborígene (David Gulpilil), que não fala inglês, mas conhece a vida e sabe como sobreviver no deserto. É o início de uma saga dos irmãos para voltarem à cidade. 

Este longa que é considerado cult tem como maior destaque a belíssima fotografia que explora a imensidão e os perigos do deserto na Austrália. Os primeiros vinte minutos são ótimos, até o momento em que as crianças ficam isoladas. A partir daí a narrativa se torna lenta, passando a impressão de que a ideia do diretor inglês Nicolas Roeg era criar uma experiência visual sem preocupações com a trama ou o ritmo. 

Vale citar que Jenny Agutter seguiu em carreira em alguns filmes ingleses nos anos oitenta e o garotinho Luc Roeg, que é filho do diretor, hoje trabalha atrás das câmeras. A curiosidade é a presença do aborígene verdadeiro David Gulpilil, então um adolescente, que depois fez longa carreira no cinema australiano, tendo trabalhado em em filmes famosos como “Crocodilo Dundee” e “Austrália”.

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