sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Monty Python


A morte recente do ator e diretor Terry Jones foi a segunda baixa do extinto grupo Monty Python. A primeira foi de Graham Chapman em 1989. Quando o Monty Python surgiu na tv inglesa com o programa humorístico “Monty Python’s Flying Circus” que foi ao ar de 1969 a 1974, a fase dos grupos de humor pastelão como “Os Três Patetas” e “Os Irmãos Marx” já havia ficado em um passado distante. 

O Monty Python chegou criando quadros explorando o típico humor inglês com uma grande pitada de anarquia e deboche. O foco principal era esculachar os padrões da época, tirando sarro da sociedade inglesa e de seus costumes. 

O sucesso na tv levou o grupo ao cinema, produzindo três filmes e dois especiais até 1983 quando eles se separaram seguindo carreiras individuais. Terry Jones e Terry Gilliam se tornaram diretores de destaque, principalmente Gilliam. John Cleese com certeza foi o que mais teve sucesso como ator, seguido por Michael Palin e Eric Idle que trabalharam em diversas comédias. Apenas Graham Chapman teve pouco tempo para mostrar seu trabalho fora do grupo.

Monthy Python - E Agora Para Algo Completamente Diferente (And Now for Something Completely Different, Inglaterra, 1971) – Nota 7,5
Direção – Ian McNaughton
Elenco – John Cleese, Michael Palin, Eric Idle, Terry Jones, Graham Chapman, Terry Gilliam.

O longa é uma coletânea dos melhores quadros apresentados no programa de tv “Monty Python's Flying Circus” em 1969. O novo estilo de humor chamou a atenção da crítica também fora da Inglaterra.

Monty Python em Busca do Cálice Sagrado (Monty Python and the Holy Grail, Inglaterra, 1975) – Nota 8
Direção – Terry Gilliam & Terry Jones
Elenco – John Cleese, Michael Palin, Eric Idle, Terry Jones, Graham Chapman, Terry Gilliam.

Este foi o primeiro filme do grupo produzido diretamente para o cinema. O resultado é uma divertida paródia sobre a Idade Média em que o Rei Arthur (Graham Chapman) e os Cavaleiros da Távola Redonda seguem uma jornada em busca do cálice sagrado enfrentando obstáculos surreais e personagens malucos. Como foi habitual em toda a carreira do grupo, cada ator interpreta diversos papéis, com diálogos absurdos e trocadilhos intraduzíveis. 

A Vida de Brian (Life of Brian, Inglaterra, 1979) – Nota 8,5
Direção – Terry Jones
Elenco – Graham Chapman, John Cleese, Terry Jones, Terry Gilliam, Eric Idle, Michael Palin.

Este é com certeza o filme mais polêmico do grupo. No mesmo dia em que nasce Jesus Cristo, em uma manjedoura ao lado nasce o pobre Brian (Graham Chapman), que pela vida inteira será confundido com o Salvador. A sucessão de piadas envolvendo religião e história, além dos personagens estranhos resultam no melhor filme do Monty Python. 

Monty Python ao Vivo no Hollywood Bowl (Monty Python Live at Hollywood Bowl, EUA, 1982) – Nota 8
Direção – Terry Hughes & Ian MacNaughton
Elenco – John Cleese, Graham Chapman, Eric Idle, Terry Jones, Michael Palin, Terry Gilliam, Neil Innes, Carol Cleveland.

Um ano antes do último filme no cinema, que seria “O Sentido da Vida”, o grupo Monty Python se reuniu para uma histórica apresentação ao vivo no Hollywood Bowl em Los Angeles. Neste show o grupo apresentou vários dos seus quadros famosos do programa de tv “Monty Python’s Flying Circus”, com destaque para a canção do lenhador, o programa de perguntas estrelado por comunistas famosos, os juízes gays e a canção do 69 que abre o espetáculo. Os quadros ainda são entrecortados por animações e sem a censura da tv, o grupo solta a língua sem pudor.

Monty Python - O Sentido da Vida (The Meaning of Life, Inglaterra, 1983) – Nota 7,5
Direção – Terry Jones
Elenco – John Cleese, Michael Palin, Graham Chapman, Eric Idle, Terry Jones, Terry Gilliam.

Neste último trabalho do grupo, o Monty Python volta seu estilo maluco para fazer piadas com situações da vida contemporânea. Algumas sequências se destacam, como a do parto e a explosão de vômitos no restaurante chique. A jornada do grupo chegava ao fim.

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