A morte recente do ator e diretor Terry Jones foi a segunda
baixa do extinto grupo Monty Python. A primeira foi de Graham Chapman em 1989.
Quando o Monty Python surgiu na tv inglesa com o programa humorístico “Monty
Python’s Flying Circus” que foi ao ar de 1969 a 1974, a fase dos grupos de
humor pastelão como “Os Três Patetas” e “Os Irmãos Marx” já havia ficado em um
passado distante.
O Monty Python chegou criando quadros explorando o típico
humor inglês com uma grande pitada de anarquia e deboche. O foco principal era esculachar os padrões da época, tirando sarro da sociedade inglesa e de
seus costumes.
O sucesso na tv levou o grupo ao cinema, produzindo três filmes e dois especiais até 1983 quando eles se
separaram seguindo carreiras individuais. Terry Jones e Terry Gilliam se
tornaram diretores de destaque, principalmente Gilliam. John Cleese com certeza
foi o que mais teve sucesso como ator, seguido por Michael Palin e Eric Idle
que trabalharam em diversas comédias. Apenas Graham Chapman teve pouco tempo
para mostrar seu trabalho fora do grupo.
Monthy Python - E Agora Para Algo Completamente Diferente (And
Now for Something Completely Different, Inglaterra, 1971) – Nota 7,5
Direção –
Ian McNaughton
Elenco –
John Cleese, Michael Palin, Eric Idle,
Terry Jones, Graham Chapman, Terry Gilliam.
O longa é uma coletânea dos melhores quadros apresentados no
programa de tv “Monty Python's Flying Circus” em 1969. O novo estilo de humor
chamou a atenção da crítica também fora da Inglaterra.
Monty Python em Busca do Cálice Sagrado (Monty Python and
the Holy Grail, Inglaterra, 1975) – Nota 8
Direção – Terry Gilliam & Terry Jones
Elenco –
John Cleese, Michael Palin, Eric Idle,
Terry Jones, Graham Chapman, Terry Gilliam.
Este foi o primeiro filme do grupo produzido diretamente
para o cinema. O resultado é uma divertida paródia sobre a Idade Média em que o
Rei Arthur (Graham Chapman) e os Cavaleiros da Távola Redonda seguem uma
jornada em busca do cálice sagrado enfrentando obstáculos surreais e
personagens malucos. Como foi habitual em toda a carreira do grupo, cada ator
interpreta diversos papéis, com diálogos absurdos e trocadilhos intraduzíveis.
A Vida de Brian (Life of Brian, Inglaterra, 1979) – Nota 8,5
Direção – Terry Jones
Elenco – Graham Chapman, John Cleese, Terry Jones, Terry
Gilliam, Eric Idle, Michael Palin.
Este é com certeza o filme mais polêmico do grupo. No mesmo
dia em que nasce Jesus Cristo, em uma manjedoura ao lado nasce o pobre Brian
(Graham Chapman), que pela vida inteira será confundido com o Salvador. A
sucessão de piadas envolvendo religião e história, além dos personagens
estranhos resultam no melhor filme do Monty Python.
Monty Python ao Vivo no Hollywood Bowl (Monty
Python Live at Hollywood Bowl, EUA, 1982) – Nota 8
Direção –
Terry Hughes & Ian MacNaughton
Elenco –
John Cleese, Graham Chapman, Eric Idle, Terry Jones, Michael Palin, Terry
Gilliam, Neil Innes, Carol Cleveland.
Um ano antes do último filme no cinema, que seria “O Sentido
da Vida”, o grupo Monty Python se reuniu para uma histórica apresentação ao
vivo no Hollywood Bowl em Los Angeles. Neste show o grupo apresentou vários dos
seus quadros famosos do programa de tv “Monty Python’s Flying Circus”, com destaque para a canção do
lenhador, o programa de perguntas estrelado por comunistas famosos, os juízes
gays e a canção do 69 que abre o espetáculo. Os quadros ainda são entrecortados
por animações e sem a censura da tv, o grupo solta a língua sem pudor.
Monty Python - O Sentido da Vida (The Meaning of Life,
Inglaterra, 1983) – Nota 7,5
Direção –
Terry Jones
Elenco –
John Cleese, Michael Palin, Graham Chapman, Eric Idle, Terry Jones, Terry
Gilliam.
Neste último trabalho do grupo, o Monty Python volta seu
estilo maluco para fazer piadas com situações da vida contemporânea. Algumas
sequências se destacam, como a do parto e a explosão de vômitos no restaurante
chique. A jornada do grupo chegava ao fim.
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