O Sétimo Continente (Der Siebente Kontinent, Áustria, 1989)
– Nota 6
Direção – Michael Haneke
Elenco – Birgit Doll, Dieter Berner, Leni Tanzer.
Georg (Dieter Berner) é engenheiro e sua esposa Anna (Birgit
Doll) oftalmologista. Junto com a filha pequena Evi (Leni Tanzer), eles
aparentam ser a família perfeita.
Os primeiros vinte minutos mostram a rotina
familiar. No que seria o segundo ato, o espectador começa a presenciar os
pequenos problemas e algumas atitudes estranhas de cada integrante da família.
Georg se aproveita de um problema do chefe idoso e acaba sendo promovido, mas
em momento algum demonstra felicidade. Anna também parece sofrer sem
especificar o porquê. A situação fica mais complicada quando Evi finge na
escola estar cega, como se enviasse uma mensagem para a falta de atenção dos
pais.
O terceiro ato foca na aparente decisão dos pais em se mudar para Austrália,
quando na realidade é o início da decadência final da família.
O diretor
austríaco Michael Haneke estreou nos cinemas com este longa perturbador. Vale
citar que ele tinha vários trabalhos anteriores para tv. Por mais que a crítica
adore o filme e história seja cruel, a narrativa extremamente lenta prejudica
bastante o resultado.
O roteiro de Haneke faz uma crítica à vida moderna, em
que muitas pessoas mesmo tendo um bom trabalho e uma família estruturada,
sofrem por um vazio existencial quase impossível de ser preenchido. A forma
como Haneke aborda a situação é
extremista.
Vale citar com certo destaque as cartas que o casal escreve para os
pais do marido tentando explicar como eles se sentem.
Mesmo entendendo e até
gostando do estilo cru do diretor, este primeiro trabalho por mais que seja
impactante como história, termina sendo arrastado como cinema.
3 comentários:
Haneke é um dos cineastas que mais admiro, minha meta é ver todos de sua filmografia, esse é um dos que não vi! Abraços!!
A história é interessante.
Uma história possível.
Assisti "Antes de dormir" com Nicole Kidman. Muito fraco.
Marília - Também estou assistindo todos os filmes de Haneke. Esse foi o que eu menos gostei.
Liliane - Uma história cruel também. Já comentei no blog este "Antes de Dormir".
Abraço
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