sábado, 5 de agosto de 2017

O Sétimo Continente

O Sétimo Continente (Der Siebente Kontinent, Áustria, 1989) – Nota 6
Direção – Michael Haneke
Elenco – Birgit Doll, Dieter Berner, Leni Tanzer.

Georg (Dieter Berner) é engenheiro e sua esposa Anna (Birgit Doll) oftalmologista. Junto com a filha pequena Evi (Leni Tanzer), eles aparentam ser a família perfeita. 

Os primeiros vinte minutos mostram a rotina familiar. No que seria o segundo ato, o espectador começa a presenciar os pequenos problemas e algumas atitudes estranhas de cada integrante da família. 

Georg se aproveita de um problema do chefe idoso e acaba sendo promovido, mas em momento algum demonstra felicidade. Anna também parece sofrer sem especificar o porquê. A situação fica mais complicada quando Evi finge na escola estar cega, como se enviasse uma mensagem para a falta de atenção dos pais. 

O terceiro ato foca na aparente decisão dos pais em se mudar para Austrália, quando na realidade é o início da decadência final da família. 

O diretor austríaco Michael Haneke estreou nos cinemas com este longa perturbador. Vale citar que ele tinha vários trabalhos anteriores para tv. Por mais que a crítica adore o filme e história seja cruel, a narrativa extremamente lenta prejudica bastante o resultado. 

O roteiro de Haneke faz uma crítica à vida moderna, em que muitas pessoas mesmo tendo um bom trabalho e uma família estruturada, sofrem por um vazio existencial quase impossível de ser preenchido. A forma como Haneke  aborda a situação é extremista. 

Vale citar com certo destaque as cartas que o casal escreve para os pais do marido tentando explicar como eles se sentem. 

Mesmo entendendo e até gostando do estilo cru do diretor, este primeiro trabalho por mais que seja impactante como história, termina sendo arrastado como cinema. 

3 comentários:

Marília Tasso disse...

Haneke é um dos cineastas que mais admiro, minha meta é ver todos de sua filmografia, esse é um dos que não vi! Abraços!!

Liliane de Paula disse...

A história é interessante.
Uma história possível.


Assisti "Antes de dormir" com Nicole Kidman. Muito fraco.

Hugo disse...

Marília - Também estou assistindo todos os filmes de Haneke. Esse foi o que eu menos gostei.

Liliane - Uma história cruel também. Já comentei no blog este "Antes de Dormir".

Abraço