segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Acusados


Acusados (The Accused, Canadá / EUA, 1988) – Nota 7,5
Direção – Jonathan Kaplan
Elenco – Kelly McGillis, Jodie Foster, Bernie Coulson, Leo Rossi, Ann Hearn, Carmen Argenziano, Steve Antin.

Após beber e dançar alegremente em um decadente bar, a jovem Sarah Tobias (Jodie Foster) é violentada por alguns homens dentro do local. 

O caso vai para justiça e a promotora Kathryn Murphy (Kelly McGillis) aceita fazer um acordo para que os agressores cumpram uma pena mínima, pois ela acredita que por Sarah ter bebido e flertado com os sujeitos, o fato seria visto pelos jurados como culpa parcial da jovem. 

Pouco tempo depois, uma nova situação faz com que Sarah pressione Kathryn a rever o acordo e também acusar as pessoas que estavam no bar, que assistiram a violência e não fizeram nada para impedir. 

Baseado num fato real ocorrido no início dos anos oitenta, este longa tem como principal ponto mostrar a dificuldade em provar na justiça um crime de estupro. A história do filme é absurda por ter várias pessoas envolvidas no crime, outras como testemunhas e mesmo assim ocorrer a tentativa de desqualificar o depoimento da vítima. A cena do ataque é forte, daquelas que ficam na mente do espectador. O desempenho visceral de Jodie Foster rendeu o Globo de Ouro e o Oscar de Melhor Atriz. 

Silêncio Cruel (When He's Not a Stranger, EUA, 1989) – Nota 6,5
Direção – John Gray
Elenco – Annabeth Gish, Kevin Dillon, John Terlesky, Kim Myers, Nicole Mercurio, Paul Dooley.

Em uma universidade na Califórnia, a jovem Lyn (Annabeth Gish) está procurando sua amiga Melanie (Kim Dickens) quando encontra Ron (John Terlesky) nos corredores do local. Sendo namorado de Melanie, Lyn aceita o convite para esperar a amiga no quarto dele, sem imaginar a armadilha que está prestes a cair. Após ser atacada, Lyn a princípio tenta esquecer o acontecido, porém ao ser obrigada a ver o agressor levar uma vida normal a faz lutar contra a situação e enfrentar até mesmo contra a universidade. A bela Annabeth Gish tem como seu trabalho mais importante a participação na duas últimas temporadas da primeira fase de “Arquivo X”. Ela também é neta da estrela do cinema mudo Lilian Gish. 

Sem Permissão (Without Her Consent, EUA, 1990) – Nota 6
Direção – Sandor Stern
Elenco – Melissa Gilbert, Scott Valentine, Barry Tubb, Bebe Neuwirth, Richard Fancy.

Emily (Melissa Gilbert) conhece Jason (Scott Valentine), que a princípio parece um sujeito tranquilo, mas que logo se mostra violento. Após o ataque sexual, Emily procura a polícia mas é tratada com desconfiança. As autoridades acreditam que o ato pode ter sido consensual, pois eles se conheciam. Quando outra garota também decide prestar queixa contra Jason, Emily volta a pressionar a promotoria em busca de justiça. A atriz Melissa Gilbert era famosa pelo trabalho na série clássica “Os Pioneiros”, quando ainda era adolescente e interpretava uma das filhas do protagonista vivido pelo falecido Michael Landon, que também era famoso por outra série, a divertida e sensível “O Homem Que Veio do Céu”. 

Meu Filho, o Estuprador (A Family Divided, EUA, 1995) – Nota 6,5
Direção – Donald Wrye
Elenco – Faye Dunaway, Cameron Bancroft, Stephen Collins, Judson Mills.

Uma jovem garçonete é violentada por cinco jovens estudantes durante uma festa. Um dos garotos é Chad (Cameron Bancroft), um atleta que disputa campeonatos de natação e que pertence a uma família de classe alta. Quando o crime vem à tona, o pai de Chad que é advogado (Stephen Collins), pede para o filho ficar calado sobre o que ocorreu, que ele fará de tudo para ajudá-lo. Por outro, sua mãe (Faye Dunaway), que é uma dona de casa, fica horrorizada com o crime e dividida entre apoiar a ideia do marido ou obrigar o filho a contar a verdade para a justiça. É um drama pesado que coloca os pais numa encruzilhada. O que fazer com um filho que cometeu um crime cruel?

Pecados do Silêncio (Sins of Silence, EUA, 1996) – Nota 5,5
Direção – Sam Pillsbury
Elenco – Lindsay Wagner, Holly Marie Combs, Cynthia Sikes, Victor Argo, Brian Kerwin, Jason Cadieux, Sean McCann.

Sophie (Holly Marie Combs) é violentada por um sujeito que conheceu em um bar. No hospital, ela não quer fazer queixa do ataque, mas acaba sendo convencida por uma psicóloga (Lindsay Wagner) que trabalha auxiliando mulheres que sofreram abuso. Quando o caso vai a julgamento, as duas são pressionadas pelo advogado da acusação a divulgarem o teor das sessões onde a jovem conta seus segredos pessoais, situação que ele acredita que poderá utilizar para salvar seu cliente da condenação. O roteiro explora a questão do sigilo entre médico e paciente, além do sofrimento duplicado que as vítimas de abuso são obrigadas a enfrentar no julgamento. 


3 comentários:

Pedrita disse...

acusados é incrível e tenta mostrar a vulnerabilidade feminina frente a crimes de estupro. vi faz anos. beijos, pedrita

Liliane de Paula disse...

Desses só vi "Acusados".
Como filme, gostei.
Os outros não gostei.

Já vi mulheres (adolescente na maioria das vezes) que quase imploram para serem usadas sexualmente.
Claro que nada justifica um estupro.
Na nova série "O Nevoeiro", a mocinha quer dizer que foi abusada e o exame mostra que a relação foi consensual.
Acho que num julgamento tem que se pensar friamente e não condenar o homem.
Não sou feminista (Aliás, detesto)Sou "hominista".

Não consigo achar Jolene e nem o Christine, que vc comentou recentemente.

Hugo disse...

Pedrita - A história foca também no complexo processo jurídico para provar um caso de estupro.

Liliane - A série policial "Law & Order: SVU" tem vários episódios sobre o tema.

Bjos