O Filme da Minha Vida (Brasil, 2017) – Nota 7
Direção – Selton Mello
Elenco – Johnny Massaro, Vincent Cassel, Selton Mello, Bruna
Linzmeyer, Ondina Clais, Bia Arantes, Rolando Boldrin, Martha Nowill, João
Prates, Antonio Skármeta.
Remanso, interior do Rio Grande do Sul, 1963. Após se formar
professor, Tony (Johnny Massaro) volta para sua cidade e se surpreende ao ver
seu pai (Vincent Cassel) partir de volta para França.
Enquanto sonha com a
volta do pai, ele se envolve com a jovem Luna (Bruna Linzmeyer) e convive com a
tristeza da mãe (Ondina Clais). Sua amizade com Paco (Selton Mello) e com o
garoto Augusto (João Prates), o levam também a visitar um prostíbulo na cidade
vizinha.
Esta terceira incursão do ator Selton Mello na direção pode ser
analisada de formas diferentes. A parte técnica é belíssima, tanto nos
enquadramentos da paisagem natural da região, como na reconstituição de época e
no figurino.
O elenco tem altos e baixos. Os destaques ficam para Selton Mello
interpretando o rude Paco e o sempre competente Vincent Cassel com seu português quase perfeito. Por outro lado, o protagonista Johnny Massaro parece
muito frágil para o papel, inclusive com um mudança de comportamento um pouco
forçada na sequência final da festa. A participação de Rolando Boldrin é mais
uma homenagem ao veterano ator, cantor e apresentador. A importância de seu
personagem na história é zero.
A história que é baseada em livro de Antonio
Skármeta, que faz uma ponta como o dono do bordel, também é clichê, lembra uma
novela de época. Até mesmo a revelação da parte final está longe de ser
surpreendente.
Selton Mello novamente mostra talento como diretor, mesmo com
uma história apenas razoável.
5 comentários:
A história é frágil mesmo, algumas questões me incomodam até, mas a direção é muito boa. Acho que Selton Mello só evolui em técnica e ainda pode se tornar um dos grandes diretores brasileiros de todos os tempos. Mas O Palhaço ainda é seu melhor filme.
bjs
Amanda - Sim, Selton Mello tem talento para direção. Vamos esperar seus próximos trabalhos.
Bjos
Filme nacional, por que não gosto?
Liliane - Alguns filmes brasileiros são bons, mas infelizmente ainda em uma quantidade menor do que deveria ser.
é muito delicado esse filme. lindo demais. o protagonista é muito sensível e esse é o grande trunfo do filme. foge do esteriótipo machista dos filmes. ah, o maquinista é fundamental na trama. é o maquinista que muda o destino daquelas famílias. o bordel é lindo demais. impecável filme. beijos, pedrita
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